Sim fomos aos Açores. A Neolisipo levou o sonho até à terra das sete cidades. Para trás, nas sete colinas, deixou as desavenças, os desabafos e as incompatibilidades. E vestiu de branco e negro a paisagem verde da ilha de bruma. Cantou e encantou com o som subtil da amizade e união. Ouso dizer que foi isto mesmo que nos fez ganhar o que chamaram de tuna mais tuna. Sim, ganhámos pela criação de uma só voz e pela força das emoções à flor da pele. Cantámos ao estudante, ao sonhador, ao vinho, ao amor, ao povo, ao feitiço e ao amante. À rapariga, ao encontro, a Lisboa, às travessas e vielas desta cidade encantada que nos viu nascer e renascer, tantas e tantas vezes. Creio que desta vez renascemos para ficar e connosco a magia de podermos fazer mais e melhor. O orgulho de tuna mais tuna não nos cabe na alma. E talvez por isso todos nós trouxemos um sorriso no rosto. Aquele sorriso atravessado nos lábios cor de vinho e nos olhos cor de esperança. Porque fomos uma tuna a sério. Porque fomos grandes.
Iniciação, de Manuel Alegre.
Gostava de aprender a linguagem do peixe.
O recado do golfinho para o golfinho.
A fala da baleia.
Ou o grito da gaivota para a gaivita.
O som inarticulado de qualquer latido.
Ou o simples zumbido.
Ou o silêncio carregado de sinais.
Talvez então o sentido primordial.
O ritmo inicial e iniciático do poema.
A batida do mar.
A batida do vento.
A batida da terra.
Iniciação, de Manuel Alegre.
Gostava de aprender a linguagem do peixe.
O recado do golfinho para o golfinho.
A fala da baleia.
Ou o grito da gaivota para a gaivita.
O som inarticulado de qualquer latido.
Ou o simples zumbido.
Ou o silêncio carregado de sinais.
Talvez então o sentido primordial.
O ritmo inicial e iniciático do poema.
A batida do mar.
A batida do vento.
A batida da terra.
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