Não sei muito bem o que fazer quando o perfume se acaba. Com o tempo habituamo-nos àquele cheiro e ao aroma na pele. O meu perfume cheira a primavera. A flores do campo e a felicidade. Cheira ao voar das borboletas e ao verde dos malmequeres. Cheira a nuvens. E a sol. E é com ele que começo o dia. A cheirar a sol e a luz. Mas já estou nas últimas gotas desta poção mágica. A força da fragância já não é tão forte e com ela desaparecem as imagens a cores.
Talvez até seja bom mudar de perfume agora. Corta-se pela raiz o aroma que plantou os sonhos em mim. E por detrás da cor de colónia pode haver um arco iris de quimeras. Talvez agora seja a altura certa para mudar de rumo. Talvez seja o momento indicado para trocar as voltas ao olfacto e assumir um novo perfume.
Mas escolher um novo perfume não me parece tarefa fácil. O aroma do anterior permanece entranhado. E com ele as memórias escondidas entre a nuca e o interior do pulso. E no cabelo.
1 comentário:
Adoraria poder oferecer-te um perfume...uma fragancia que te fizesse brilhar. Assim mesmo. Como brilhas em ti mesma...
Gosto muito de ti Madrinha linda:)
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tua princeeesa
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