quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A fonte secou


Nunca pensei ficar assim, depois de ler um livro. Estou triste. Encontrei um escritor que adoro, com um estilo perfeito, com que me identifico e que me dá vontade de sugar o mundo pelas suas páginas, que degustei como um bom vinho. A questão é que, de Carlos Ruiz Zafón, só pude ler a Sombra do Vento. Ele tem mais três ou quatro livros anteriores, mas de literatura fantástica - e não traduzidos para português - que julgo não ter nada a ver com as palavras pelas quais me apaixonei de A Sombra e o Vento. Isto nunca de me tinha acontecido: desejar veemente ler mais do mesmo e simplesmente não haver. É angustiante, posso dizer.

Já pensei em enviar-lhe um email a pedir para escrever mais, mais daquela forma que toca na alma do leitor, mais daquelas improváveis associações de palavras que provocam mil e uma sensações, mais daquele estilo (que parece) tão meu.

Ainda não consegui pegar em mais nenhum livro. Sei que o que vou encontrar ficará aquém das expectativas que, com Zafón, ousei criar.

Alguém me quer desafiar?

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