Estudar: aquilo que não parece, mas é!
Estudar é aquele acto díficil de começar. É aquele conceito que nos acompanha desde há muito e que rejeitamos logo que ouvimos a sua primeira sílaba. Até consegue provocar calafrios e expressões faciais desagradáveis. Ás vezes chega a dar voltas ao estômago e úlceras nervosas. Isto para não falar das noites mal/não dormidas, das olheiras, das unhas roídas, dos quilos perdidos, da má disposição permanente (e em casos extremos, depressões). Estudar faz mal à saúde do estudante, parece-me. É a base da sua razão de ser e, ao mesmo tempo, o fantasma dos seus dias. Há quem estude muito, há quem estude pouco, mas estuda-se sempre...nem que seja uma noite, uma tarde, ou umas horas!
Todos entendemos quando os mais-velhos-e-já-responsáveis nos dizem que estudar é o melhor que se pode fazer na vida. Quererão eles dizer "estudar mesmo" ou "não trabalhar" simplesmente? Hummm... Posso dizer que na minha vida, até ao momento, já estudei muito. Não demais, não de menos, mas o suficiente para os meus objectivos. Sinto-me "estudiosamente" realizada, diguemos assim. Mas acho que (ainda) não superei os meus limites, nem nunca fui/serei uma daquelas estudiosas arrojadas e arriscadas. Enfim, o normal.
Mesmo depois de tudo isto, arrisco-me a dizer que é realmente bom quando antingimos aquela fase de "estudar e aprender", ou seja, quando tudo o que tentamos assimilar, parece já meio assimilado na mente, à espera de um cimento para solidificar conhecimentos. Hoje percebo verdadeiramente o que se ganha com estudar. Ganha-se conhecimento concreto, libertação de linhas de pensamento (e não pedaços de matérias, frases feitas ou ideias desconjunturadas). Ridículo não é? Tardio, talvez.
Afinal, estudar é algo de extremamente enriquecedor na evolução de um estudante. Não parece, mas é!
O Primeiro!
Hoje tive o meu primeiro exame oral a sério, de toda a minha vida de estudante. É um marco (rídiculo, mas um marco!). Uma "primeira vez" em condições especiais: em erasmus, logo, numa língua diferente, com um sistema universitário desconhecido. Fora do ambiente "familiar" do aconchego tradicional de uma casa, um quarto, um habitat já completamente explorado. Poderei dizer que era uma etapa que receava, sem caír de novo no rídiculo? Ao ponto de tomar pela primeira vez um calmante para estudar e outro antes do exame? ...
Lá fui. Receosa, nervosa, ansiosa e preocupadíssima. Enfrentei o professor. Simpático, mas um professor. Pergunta 1: "humm...acho que sei. Deixa ver...pois...acho que é isto." Foram os sinais não verbais permitidos por um exame assim tão personalizado que me fez conseguir envergar pelo bom caminho da resposta. Uma das vantagens deste tipo de exame. Pergunta 2: "Merda...não compreendi o texto. Merda, não fui à aula onde ele mostrou este filme. Pânico: acho que nem sequer consigo ir lá por mim própria...eh...vou tentar". Assim foi. Não muito bem, mais acabei. "Ça va aller!". Palavras mágicas, sem nada quererem dizer.
O meu medo foi sempre mais o de enfrentar o professor, pondo a descoberto as fragilidades do meu estudo e menos o de chumbar (por causa do escudo que achamos que nos protege sempre, nós os erasmus, pelo simples facto de sermos "erasmus". Humm...precipitação/optimismo de erasmus???).
Senti-me como uma doente que aprendeu a lidar e até a ultrapassar a sua fobia. Ridículo uma vez mais
Um desabafo pouco interessante, ridículo até. Mas quand même, um desabafo de erasmus e de uma estudante-finalista que tem pela frente o fabuloso, maravilhoso, espectacular e super agradável: mercado de trabalho (ironia...pura!).
1 comentário:
Lolololololololol
É o comentário que tenho pa este teu texto... tá no ponto miga...;P
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