Depois de mais uma despedida, desta vez a Barbara com rumo a Berlim, surge o hábito. Um dizer adeus não automático, mas habitual. Com uma pontinha de tristeza lhe acenámos para a janela do autocarro, mas com um grande sorriso nos abraçamos com a promessa de nos reencontrarmos em Berlim, daqui a pouco mais de 3 meses.
É tempo de descontrair para mim. Relaxar a mente, deixar-me ir ao sabor do vento destas pequenas férias antes de voltar a Portugal e de recomeçar a faculdade. Depois de um grande esforço a estudar durante os dias todos e dos nervos apanhados, sinto que mereço descansar. Descansar o corpo, antes contraído pela ansiedade, e a alma, atrofiada pela confusão de matérias, essências, sentimentos.
Inscrição em sete cadeiras. Sete cadeiras feitas. Nem em Portugal fiz tantas disciplinas num semestre, por isso, sinto-me contente pelo facto de ter conseguido trabalhar o suficiente para passar a todas aqui, mesmo que as notas não sejam as melhores (que não vão ser, com certeza).
É o fim dos exames, é o alívio que me faz respirar melhor, sem tanta angústia no peito.
Visita a Aachen
Saímos por volta da uma da tarde, eu, a Maria, o Pascal e o Patrick que levava o carro. Destino: Aachen, a cidade alemã próxima da fronteira com a Bélgica. Lá, esperava-nos a mãe da Maria, que aproveitou o fim-de-semana para vir até à Alemanha. Bem dispostos, fizemos a viagem sempre a falar e a rir, não mais do que uma hora e meia. É assim quando estamos na bélgica: andamos umas poucas horinhas e estamos nas fronteiras...
Umas voltas até encontrar a estação de comboio, local de encontro, e finalmente estacionámos num parque mesmo ao lado do lindo edífio. A mãe da Maria esperava-nos num cafézinho, estavamos atrasados uma meia hora. Foi giro ver as duas, são tão parecidas! E além disso, é espectacular ouvi-las falar búlgaro, uma mistura de sons conhecidos do português, com sons que parecem provenientes da rússia...língua claramente de leste. E não só: havia alemão, muito francês e algum inglês (para eu falar com a mãe da Maria). Soube bem aquele encontro de línguas, fez-nos sentir como uns verdadeiros poliglotas!
Passeamos a tarde toda, entre as ruelas e as grande avenidas da cidade. Reconheci um pouco da arquitectura que encontro na região flamenga da Bélgica e adorei. Tem uma capela linda, onde supostamente repousam os ossos do conhecido Carlos Magno - O Grande. O tecto, as pinturas, as vitrines, a cadeira de trono branca...um pedaço de história ali representado que imagino incrível!
Mesmo com o frio dos 6º, foi super agradável passear e descobrir as originais estátuas que estão espalhadas pelo centro da cidade. A multidão de turistas ou simples residentes seguia na maré virada para os monumentos principais e outros, para as imensas lojas que se estendiam pelas ruas.
O Patrick estava feliz, afinal de contas estava em casa, com os pés no seu país, onde podia falar à vontade a sua língua. E nós deixámo-nos contagiar pela sua boa disposição.
Foi uma saída que gostei muito, apesar dos pequenos olhares de nostalgia para os lugares agora vazios no café, no carro, no grupo.
Voltámos um pouco cansados e deixámo-nos deitados os quatro no sofá a ver um filme.
É assim que vou continuar a aproveitar os meus últimos dias aqui: a passear com quem ainda cá está, nunca me esquecendo de quem já partiu.
2 comentários:
Sempre soube que ias conseguir amiga! N só nas aulas, nos exames, mas em tudo aí... è impossível n adorar te e essas pessoas a quem te ligaste nestes meses tb se aperceberam disso... Cm já te disse tens em ti uma energia contagiant e é assim que gosto de me lembrar de ti enquanto n estou ctigo. muahhhhh
Desculpa ainda não te ter dado os PARABÉNS, mas tenho estado um pouco atrapalhada.
É obvio que ias conseguir , nem sequer tinha outra ideia de ti, porque quando nos dedicamos, no final somos sempre recompensados, embora por vezes não seja de imediato.
Agora "curte" os momentos de lazer.
Bjos
AC
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