segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

As noites dos dias (atenção aos pormenores!)

Há aqueles dias cinzentos que nos entristecem a alma e molham os olhos. Há aqueles outros que empobrecem o espírito e nos roubam o sorriso. Ainda existem os dias nublados, em que o sol não brilha, nem lá fora, nem cá dentro. Ou os escuros, onde a única luz que vemos entrar é a do pensamento refrescante, mas obscuro ao mesmo tempo. E depois existem aqueles dias incolores: sem brilho, mas com sol; tranquilos, mas cabisbaixos; enquadrados na felicidade, mas atormentados por fantasmas; com sorrisos contidos e olhares húmidos...São dias esquisitos, no mínimo.
Nestes dias o caminho-a-percorrer personifica-se numa estrada com nevoeiro baixinho, que não deixa ver além dos pés que dão os passos. Já o caminho-percorrido aparece em flashes que encandeiam, minando o pensamento e cegando o espírito. E é assim que deixa de haver espaço para os "agoras" do hoje e o mundo nos passa ao lado a uma velocidade estonteante. Zás...passou a semana, o mês, o semestre...e nem nos lembramos quantas vezes o sol brilhou a sério (cá dentro e lá fora).
É urgente camuflar estes dias dentro de nós e bombardeá-los de energias positivas, revigorantes (uma ida ao HP, por exemplo, faz milagres). E não esquecer de redobrar as atenções para o mundo que nos envolve, que nos acolhe e que está ali para nós... para nós o vivermos, absorvermos, experimentarmos. E das noites destas jornadas se podem fazer manhãs, dias em devir...o segredo está nos pormenores (tantas vezes escondidos por entre os olhares pouco atentos). Tenho de lhes prestar mais atenção!

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