segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ideias soltas


- Ainda estamos a dia 19 e já gastei mais do que devia ter gasto no mês inteiro;
- Já estamos a dia 19 de Janeiro e ainda não tive coragem para desfazer a árvore de Natal.


Bahhh

AMIGAS!!!

A N. falou do M.! Ela escreveu namorado?! AMIGAS ainda bem que temos almoço no dia 31! Precisamos de falar sobre isto!!!
...confesso que também tenho coisas para vos contar! Mas adianto desde já que entre a revelação da N. e o momento especial que vamos ter no dia 31...hummm... são coisas sem importância! Mua.

domingo, 18 de janeiro de 2009

2009

Já estamos em 2009... Tenho a sensação que o ano que passou passou a correr...
Olho para trás e penso que queria ter feito mais. Mais domingos de família, mais jantares das amigas, mais fds de ronha e mimalhice com o M., mais saídas com a malta, ter organizado melhor o meu trabalho, decorado mais a minha casa... Mais, queria mais.
Mas não me posso queixar do que tive, do que o ano de 2008 me deu ou que eu conquistei.
Se pensar bem, esforcei-me, por e sempre com gosto, para estar em família, para termos os gatherings das amigas, para cimentar o meu namoro, para ver os amigos, para fazer um bom trabalho.
E o balanço é positivo, não foi perfeito, mas foi bom.
O ano de 2009 começou assim mesmo, com a sensação que podia ter sido melhor mas mto bom. Apesar da discussão que ouvi no meio daquela que considero a melhor família do mundo, a minha, e de ter estreado o ano a desiludir, quero acreditar que entrei em 2009 com o pé direito.
Entrei com a família, vi os amigos, vim para o Porto estar o M., já pude estar com a A. (falta a C. e a L. mas está para breve), voltei ao trabalho que terei pelo menos por mais um ano, à cidade que me acolheu numa nova fase da vida, à casa alugada que à boca cheia chamo de minha.
Comecei o trabalho com a resolução de arrumar a papelada no trabalho e já o comecei a fazer. Voltei a casa e já lhe comprei umas coisas para se pôr mais bonita. Olhei para mim e pensei que tenho de me dedicar mais a mim. Por mim e para mim e porque faz bem à alma, fui aos saldos e já comprei algumas coisas que queria para mim. Voltei ao Porto e ao namorado com vontade de fazer para as coisas correrem ainda melhor. Entrei em Janeiro ansiosa para mais um fds de amigas. Está marcado. E vamos estar juntas num momento muito especial.
O ano de 2009 também começou com "aquela que sempre vem" a levar alguém de forma inesperada. Um amigo dos pais, um "filho da terra". E mais uma vez pude ver que a vida se escapa das mãos sem pedir licença e muitas vezes sem avisar. As miudezas dos aborrecimentos são cilindradas e do outro lado só quero ouvir que está tudo bem. Por isso quero mto não deixar de ver as pessoas de quem gosto o mais possível, estar com elas, sentir o seu cheiro e o seu abraço, sentir que o laço não há-de quebrar por falta de empenho. Porque tudo se constrói e mesmo o que está erguido em paredes de cimento pode ruir se não for preservado.
Não comi passas nem enumerei desejos específicos. (Apenas) quero mto um ano de 2009 cheio de coisas boas.



sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Elogio ao Cinismo


Confesso que detesto um sorriso cínico, o tal amarelo com que nos deparamos quando passamos à frente na fila de espera. Aquele que sentimos do outro lado do telefone, quando ouvimos "pode aguardar só um bocadinho?". Existe também aquele tipo, entre o sim e o não, que substitui na perfeição o "não sei" ou o silêncio forçado. Há até quem consiga sorrir cinicamente entre amigos, quando alguém rouba o último pedaço de bolo em cima da mesa. Entre as pessoas cínicas, existem, como no teatro, os bons e os maus actores. Sabe sempre mal quando conhecemos as pessoas, quando conhecemos tão bem os seus gestos e demais, que rapidamente descortinamos a história por detrás daquele sorriso a meias. Estes são claramente os maus actores. Que deixam passar pelo olhar as incertezas da mente.
Existem então os bons actores. Vivo rodeada deles, com certeza. Há os por todo o lado. Confesso que não suporto uma boa performance de cinismo. Deixa-me uma certa vontade de perguntar "está alguém aí?" por detrás daquela máscara tão singela e disfarçada ao toque. São os vilões. Aqueles que odeio, por detrás deste sorriso cínico. Que sim também o tenho, mas que raramente sei usar. Isto porque prefiro matar com as palavras sinceras. E sim, o cinismo mata. Mata as amizades, as relações e os laços. Aos poucos sufoca o desdém e fortalece a descrença. Depressa cria ratoeiras e labirintos, cruza papéis e dá de novo. Nunca esta expressão foi tão perfeita - baralha e dá de novo. É assim que se criam os cínicos e as coisas cínicas. Quando não há mais nada a fazer reciclam-se as palavras e dá-se de novo aquele sorriso cínico. Baralha e dá novo...todos os dias.
E subitamente começo a ficar cansada deste ritmo alucinante da hipocrisia.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Futilidade das relações.


Parece-me que muitos já escreveram sobre isto. Serei mais uma certamente. Talvez porque de tempos a tempos me assalta a dúvida - de que vale esta relação? É fácil desenhar futuros, pintar sonhos e fazer um ou outro rascunho de como vai ser o amanhã. O meu amanhã. O amanhã a dois.

Isto quando é uma meia-relação. Quando não sabemos se o telefone vai tocar ou se a janela vai saltar no ecrã. Isto quando falamos da relação a meias, entre o sexo e o não sei o quê. Confesso que tudo é mais fácil, quando a palavra compromisso não vem no dicionário. Quando não tenho relógio. nem agenda, nem datas para assinalar, nem momentos para celebrar. Mas talvez aí não possa falar em relação. Talvez valha a pena pensar no que define "relação". Amor, uma mensagem de manhã, uma mensagem à noite, as mãos dadas, o "querido" e "amor" no final de cada frase, o " tenho saudades tuas" quando já passam dois dias sem nos vermos, o jantar romântico, as compras de supermercado a dois, o chocolate no bolso do casaco, a mensagem debaixo da almofada, o
post it no frigorífico e até o telefonema a meio da manhã, só para dizer "gosto de ti". Pois, longe das relações! Porque depois disso vêm os "onde foste?", "quando vens?", as birras, os vou jás, a almofada fora do sitio, a cama por fazer, as histórias mal contadas, a conta do telefone, as prendas porque sim, os chinelos no corredor, o sofá para dois, os porquês, os pais, o futuro e o "nós.

Custa entender onde estamos. Porque amanhã pode ser mais uma página virada. Porque o amor facilmente dá lugar a outros sentimentos, quando não existe relação. E tudo isto num flash tão repentino como quem diz "amo-te". Expressão amarga esta. Que há muito não tem lugar no meu dicionário de bolso. Porque não tenho sede de amar, apenas de (des)amar. E talvez por isso possa falar sobre esta futilidade das relações com a leveza própria de quem não tem uma alguém do outro lado do coração.

Visão demasiado minimalista desta realidade das paixões a dois, é certo. DAQUELA relação. De meio "eu" e meio "tu".

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Recordar é viver.

Adoro pegar na memória, fintá-la e descobrir coisas que nem sabia que lá estavam. Fechar os olhos e relembrar instantes como se de um quadro expressionista se tratasse, descrevendo os mais ínfimos pormenores. Pegar numa fotografia antiga e olhá-la durante uma eternidade até ter reconstruído o momento, a história e os sons que a câmara não captou.

Dizem-me que por vezes sou demasiado apegada ao passado. Por isto. Por gostar de voltar atrás e recuperar velhas ideias e imaginar outros tempos. Esta semana tive um encontro com o passado muito especial. Um jantar descontraído em casa de uma prima levou-me até à época dos pais. Quando os avós eram altos e fortes e as avós se aperaltavam todas, sem ruguinhas e de ouro ao pescoço. As mães eram adolescentes, de vestidos ultra curtos bem ao estilo dos 60's, de cabelos longos e sempre muito divertidas. Nos bailes, na praia, nos jardins do Palácio de Queluz...

As fotografias mostraram isto. E as histórias que ouvi mostraram-me ainda mais. Fico fascinada. Quero saber tudo. Como viviam, se eram bons na escola e a que disciplinas; o que faziam nos tempos livres, como namoravam e se escondiam e que desportos praticavam; o que vestiam, onde compravam e que segredos partilhavam; quantos amigos tinham, para onde iam e que memórias carregavam; saber os seus sonhos, aspirações, objectivos e tentações; o que esperavam da vida, do mundo, dos filhos e dos netos...saber quem foram.

Recordar é bom. É dar vida aos que já foram, aos que dizem que estão quase a ir, e aos que acabaram de nascer. É prolongar a existência das gerações que não conhecemos, visitar ícones da tradição familiar, perceber no fundo de que somos feitos.
Sim, tens razão mamã. Recordar é viver.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Momentos antes 2009 e depois de 2008











Antes de 2009













Cinderela 2008











Princesas 2009











Amigos 2008, 2009 e de sempre.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Love Actually

...Acabei de entrar em casa. Rodei a chave e no mesmo instante fechei o pensamento. É certo que ainda há pouco largava o sofá aquando o final do Big Fish. Mais uma vez revi todos os diálogos com a intensidade da primeira vez. Nada escapou à atenção desta fiel espectadora. Talvez esta tenha sido a 8º vez. Mas o telefone tocou para me relembrar que o Big Fish não é o favorito. Que existe outro ainda. Love Actually. E sem querer estou de novo numas das minhas cenas favoritas (porque é Natal e no Natal dizemos sempre a verdade):


Odiamos (in Time Out)

Odiamos desmontar a árvore de Natal. E é por isso que a maior parte das vezes não o fazemos... até Março. Desmontar a árvore de Natal é deprimente. E é deprimente por muitas razões. Primeiro, se estamos a tirar a bonecada do pinheiro é porque o Natal acabou. Acabaram-se os presentes, a mesa dos doces sempre posta, o feriado e a ponte e o fim-de-semana prolongado. Depois, ninguém gosta de pensar que ainda falta um ano para viver aquilo tudo outra vez. E sejamos francos: ninguém com vida, amigos, coisas para fazer gosta realmente de ficar em casa a arrumar os despojos da festa. E nos dias após o Natal é só isso que o pinheiro é: o sinal do fim de festa. Há ainda, claro, o lado sentimentalão da coisa. Fazer a árvore é preparar, antecipar, celebrar a chegada daquela noite em que se estica as pernas em frente à lareira e se espera ansiosamente pela meia-noite e pela troca de presentes. Quando em vez de tirar o presépio da caixa o estamos a embrulhar peça por peça em papel de jornal, o gozo desaparece. Para piorar tudo ainda há o canto da casa que fica vazio. Arredamos mesas e cadeiras para criar um espacinho para a árvore e de repente esse espaço fica nu. Já não há lá nada, nem uma luzinha a piscar. E o Natal ainda vem tão longe.
Ângela Marques, Time Out


Já desmontei a minha primeira árvore de natal a solo :(