quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Balanço.

Maior desafio: amar
Maior devaneio: 27 Abril 2010
Maior Revelação: L.
Maior embaraço: 24 Junho 2010
Maior decisão: para Março 2011
Melhor momento: 19 Junho 2010
Melhor música: O amor é mágico, Expensive Soul
Melhor Concerto: Muse, RiR
Melhor amigo: Quovadis
Melhor Compra: o móvel
Grande orgulho: RTAN - TM
Grande surpresa: casamento da Mkn.
Melhores férias: Gerês
Melhor Viagem: Road Trip - BCN
Momento Especial: Casamento da J&N
Lugar especial: Aldeia Velha
Bom momento: Natal 2010
Uma loucura: 20 Janeiro 2010
Um lugar: Porto
Uma emoção: nascimento do R.
Um sentimento: Paixão
Dia não: 6 Janeiro 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Natal 2010.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Porque conheço este sentimento.

[Just The Way You Are - Bruno Mars]

Oh her eyes, her eyes

Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hairFalls perfectly without her trying
She's so beautifulAnd I tell her every day
Yeah I know, I know

When I compliment her
She wont believe me
And its so, its so
Sad to think she don't see what I see

But every time she asks me "Do I look okay?"I say
When I see your faceT

here's not a thing that I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for a while
Cause girl you're amazing
Just the way you are

Her lips, her lips

I could kiss them all day if she'd let me
Her laugh, her laugh
She hates but I think it's so sexy
She's so beautiful

And I tell her every day
Oh you know, you know, you know

I'd never ask you to change
If perfect is what you're searching for
Then just stay the same
So don't even bother asking

If you look okay
You know I say

(…)

Feliz Natal. Festas Felizes.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pedra no caminho.

O sentimento foi diferente, confesso. Não consegui desenhar quaquer reacção ou ponderação. A verdade é que fiquei vazia. Rapidamente recuei no tempo e regressei à torre velha. Às notas desafinadas e aos olhares cruzados. Aos sentimentos mal definidos e aos "não sei o quê". Regressei ao sabor guardado na caixinha dos segredos e ao miradouro de São Pedro de Alcântara. Estava uma noite amena e desconcertante, depois do Jardim dos Sentidos. O susurro das estrelas não me deixou, dessa vez, escutar a voz da razão com a devida certeza. Não foi um erro. Antes uma teimosia conquistada. As palavras foram fortes, o abraço também, é certo. Mas depressa se foram as promessas e o mito caiu. Não guardámos, creio, rancor ou mágoa. Tinha de acontecer, já o sabíamos. Foi fácil mexer no tempo.
O sentimento foi diferente. Nem bom nem mau. Talvez de estranheza, por não saber onde acontecemos. Melhor assim. Sem pedras no caminho. Cresci ao saber que houve um porquê antigo. Melhor assim. E mais feliz.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Amigas em Londres.

Quando chegámos a Gatwick apercebemo-nos que já era tarde. As pessoas e os lugares corriam de um lado para o outro num frenezim que já nos tinham descrito. Apressámo-nos a apanhar o último comboio para Victoria Station, depois de carregar o tão badalado Oyster. Na carruagem, o british accent depressa nos chegou aos ouvidos, tapados pelos gorros e tapa-orelhas, tal não era o frio. Começámos desde cedo a fazer planos para o dia seguinte. Camden. No hotel, depois de entrada atribulada na recepção, com tantas malas e sacos, como se já estivéssemos de partida, rendemo-nos aos lençois, cada uma com as suas galochas junto à cama. Sim, todas, comprámos galochas para vir até Londres. O domingo acordou cinzento. Fizémo-nos à estrada com a certeza de que nos íamos perder no metro.E perdemos, como tinha de ser. Rimos à gargalhada. O dia passou a voar. - Entre punks, cores, roupas travestidas e chocolate quente. Ao longe a N. já se arrastava enquanto a C. rumava contra a multidão. A tarde foi Tate. Tate Museum. Depois de ter percorrido este e aquele parque com as nossas novas galochas. Rendemo-nos ao cansaço quando saímos de Picadilly. As maquinas fotográficas não pararam de disparar contra a luz dos neons. Tínhamos mais 2 dias em Londres. E não sabíamos quando iríamos voltar - Westminster Abbey - London Bridge - Big Ben - Convent Garden - Soho - Buckingham Palace - Hyde Park. No Madame Tussauds quase que perdíamos a N. no meio de tanta candura. Voltei a repetir a foto com o Brad Pitt e com o Bill Clinton. A L. e a C. juntaram-se à lady Gaga e a S. ao Bono.

Aos poucos fomos criando personagens e transformando esta nossa primeira viagem no nosso primeiro filme. Foi fácil gostar de Londres e esquecer o frio.

Foi fácil imaginar tudo isto. Não fossem os controladores espanhóis terem feito greve e cancelado a nossa first trip.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Massagem.

A semana passada usufruí da segunda surpresa que o meu namorado me ofereceu.
Uma esfoliação de pele, seguida de banho, aplicação de creme e massagem.
Hum... soube tão bem...


(sim, podes continuar com estas coisas. Eu gosto:)).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O meu amor de Inverno.

O meu amor de Inverno gosta de chocolate e tem o gosto a bombons de Natal. Gosta de cores garridas e de vestir fato-de-treino ao fim-de-semana. Gosto quando nos entregamos ao sofá ao final da tarde, entre um cappucino e uma torrada. Gosto de ouvi-lo dizer "por hoje já chega" e sentir os pés quentes quando o relógio marca a hora de deitar. O meu amor de Inverno gosta de acordar sem despertador e a mim sabe bem olhá-lo enquanto sonha. Facilmente me perco entre as linhas do seu rosto definido e nos susurros com a almofada. Gosto de enchê-lo de beijinhos quando acorda e repetir vezes sem conta que gosto dele e que gosto dele ali. Com o meu amor de Inverno tenho aprendido muitas lições. Ouvir, medir e sorrir. Por isso gostamos de conversar e desenhar castelos na areia com os pés assentes na nossa terra. O meu amor de Inverno não gosta de escrever mensagens. E eu não gosto quando não me escreve. Talvez porque não gosto do sentimento do silêncio nem da ausência de palavras. Nisto somos diferentes. Mas quando penso em que é que somos "coincidentes" depressa me esqueço do aperto que me trouxe a falta de notícias. Gosto dele sem "mas". Gosto dele todos os dias. Hoje, amanhã e depois. Quando estivermos em Paris ou na Escócia. É para lá que vamos. Para a viagem dos sonhos. Vou pedir-lhe que fique comigo. E que seja o meu amor do ano que aí vem.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

First TRIP H5

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Be strong now because things will get better.
It might be stormy now
, But it can't rain forever*


* inteiramente para ti, para nós :)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Olá? Adeus?

O estranho modo de vida de um homem que escolheu acenar a toda a gente.

“Bye-bye” é o nome por que é conhecido João Manuel Serra, o velho que todas as noites alegra a Praça do Saldanha. Nascido a 24 de Outubro de 1930, em Lisboa, João, como gosta de ser chamado, há cinco anos que resume a sua vida a um só objectivo: saudar com um “adeus” ou até com um beijinho aqueles que circulam na Av. Fontes Pereira de Mello, da meia-noite até às 3 da manhã. “Sinto-me sozinho e é por isso que procuro esta forma de comunicação”.

João vive sozinho em Sete Rios desde a morte da mãe. “Os meus pais morreram há imenso tempo, desde aí sinto-me muito desapoiado”, explica. Considera-se “uma pessoa banalíssima”, embora passe os dias a chamar a atenção de quem passa. Nascido em berço de ouro e criado numa redoma de vidro, “Bye Bye” nunca teve necessidade de trabalhar, vivendo apenas da herança da família. “O meu avô era muito rico, o meu pai era rico mas eu não sou rico, vivo do que me deixaram”, acrescenta com alguma vergonha.

Quando não está de serviço, este amante da arte divide o seu tempo entre uma ida ao cinema ou ao teatro ou visitas aos amigos, utilizando sempre os transportes públicos da cidade. “Não tenho carta, mas adoro andar de automóvel”, alude João. Agora sem a companhia da sua mãe, com quem conheceu toda a Europa, menos a Grécia, rendeu-se a uma vida mais pacata.

João não gosta de cozinhar, odeia cumprir horários, detesta ler e ver televisão e a mudança para o horário de Inverno irrita-o imenso. “Sou muito preguiçoso”, admite este jovem de 74 anos com um sorriso. Habituado a viver rodeado de luxo, “numa casa com 50 assoalhadas no Restelo”, este “bon vivant” foi sempre um menino mimado.

“No primeiro dia de aulas berrei tanto que a minha mãe teve de me ir buscar à escola”, refere com uma gargalhada. Fez a instrução primária em casa, frequentou os melhores colégios e chegou a ingressar no curso de Direito, por vontade do pai.

Cabelo grisalho, óculos de massa pretos, gabardina de cor clara e um saco de compras na mão é a sua imagem de marca. Bombons Godiva e queijo suíço são alguns dos prazeres que não dispensa e por isso todas as noites, antes de ir para o Saldanha, onde se mantém até de madrugada, abastece-se destes pequenos prazeres no supermercado mais próximo.

Foi junto a um semáforo que “Bye Bye” diz ter encontrado a sua vocação: fazer nascer um sorriso e um pouco de felicidade naqueles com quem se cruza todas as noites no mesmo local. Dali, João apanha um táxi para casa, porque tem medo de ser assaltado na sua zona residencial. “Todos os meses gasto 150 euros de táxi, mas é uma questão de segurança”, afirma enquanto ajeita a gola do casaco que o agasalha do frio.

Depois de uma vida agitada mas banal, este homem realiza agora o seu grande sonho: ser actor num dos maiores palcos da cidade de Lisboa, a praça do Saldanha, onde diariamente passam centenas de pessoas que já conhecem de cor o seu papel.

João lamenta hoje não ter nenhum descendente para poder contar a sua história bizarra às gerações vindouras. Foram precisos 70 anos para este amante do ócio transformar a sua vida naquilo que agora acredita ser “um verdadeiro milagre.

Texto de Ana Assunção, Carolina Almeida e Laura Perdigão, FCSH, 2005

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Conversas

"és uma trenga..."
"buuuu"
"buuu?"
"sim, tou a vaiar-te"
(...)
"tenho saudades tuas"
"eu também :)"



terça-feira, 26 de outubro de 2010

just your favorite part.

*completamente usurpado do blog I am from Lx*

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

.

"Frouxos", "pouca cor", "falta de paciência", "embirrância", "triste", "medo", "sentir-me mal", "mossa", "ar pesado", "mole", "triste", "pesadelos", "medos"... parece que aos fins-de-semana das amigas também faz falta palavras duras e melancólicas. Sim, porque a vida não é só sorrisos e alegrias, cores vivas e momentos felizes.
Isso mostra o quão imperfeitas somos. E é bom saber isso, não é? A imperfeição faz parte das entrelinhas das nossas vidas e os fins-de-semana das amigas por vezes não têm de ser excepção. Há lugar para todos estes recantos mais escuros e que nos deixam desconfortáveis. Não há algo de genuíno em tudo isto? É que estamos mesmo crescidas. E os contos de fadas e finais (só) felizes são coisas de outras realidades. Paralelas, para estarem à mão de semear (e de sonhar)...

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Tantas vezes penso "estou farta de julgar os outros"... se por um lado dizem que os verdadeiros amigos são aqueles que dizem as verdadeiras e (muitas vezes) as mais duras verdades, há também quem defenda que o apoio é o que mais conta nestas lides da amizade.
Às vezes penso que o balanço do meu papel como amiga nestes 26 anos não é lá muito positivo. Costumo dizer que é trauma. Ou estigma, como diria o RR. Acho que estou cheia de estigmas. Alguém sabe como se superam os estigmas?
Poucas vezes me defraudaram as expectativas nisto das amizades. Talvez porque nunca fui de elevar a fasquia. Talvez porque elevando a fasquia, sou obrigada a colocar-me, também a mim, num outro nível.
Se há dias em que adoro os lugares-comuns da amizade, ele há outros que não os suporto. E ainda há aqueles que nem quero nem afasto. São indiferentes. Mas nestas linhas da amizade não deveriam haver muito espaços para a indiferença. Estou certa?
Sou complicada. E é como dizem: "estás a ficar pior". Estou. E a tendência parece que é só para piorar. Talvez seja por isso que a escrita seja rara. Não me acompanha. E eu não tenho ritmo para organizar os pensamentos. Complicados, ora bem. Nem ritmo nem tempo. Mais estigmas, diria o outro.
Um dia ainda hei-de tirar tudo a limpo. (Voltar a) escrever para me organizar e organizar-me para escrever. Isso e entender o que tenho deixado pelo caminho nos trilhos da amizade. A viagem não tem ar de ser curta...ou é apenas mais um dos meus estigmas??? ai...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pormenores nossos.


Sempre gostei de experimentar novos sítios com as amigas. Geralmente são onde fazemos as nossas confidências e contamos as novidades. Desta vez, o chá "Festa" ironicamente contribuiu para a nossa disposição bem ao jeito de Sintra. Serena e lânguida mesmo, polvilhada pelo sossego e pela decoração deste espaço que, um pouco como nós, mistura as linhas rectas e modernas com o romantismo e a tradição.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Fim-de-semana das amigas.

Este talvez tenha sido uns dos fim-de-semana das amigas mais "frouxos". Talvez a chuva inesperada e o vento a soprar pela lareira da L. tenham tornado estes dois dias mais cinzentos. O local foi unânime, todas queríamos conhecer a nova Lua e aproveitaríamos para conhecer os cantos à casa e à nova vida. A data no calendário foi quase um achado. E mais uma vez a N. veio do Porto para estar connosco (e nós com ela e com os croissants de massa doce). O fim-de-semana teve pouca cor. As gargalhadas ficaram à porta e as histórias mirabolantes à espreita na janela. Os planos para Londres foram levados pela falta de paciência e os planos para a tarde de sábado cobertos pelo burburinho das ruas da vila de Sintra. Não comemos uma queijada nem fomos ao "Saudade". Sentadas a beber chá "Festa" na Raposa, o momento foi de calmaria. A L. tinha sono e eu pouca fome. Foi fácil desanimar quando chegámos a casa sem planos para a noite. Jantar no Bianconero. Consegui fazer o senhor do restaurante voltar cinco vezes à mesa tal não era o grau de imbirrância. Não gosto de Nestea, os Canelones estão frios e não quis sobremesa. A K. estava triste porque não ia ao aniversário do costume. Talvez, no meio disto tudo, a N. fosse a única sobrevivente. Terminámos o sábado, como de costume, com a N. agarrada à manicure. A L. adormeceu sobre o cansaço. E eu deixei-me cair na almofada, pronto para sofrer um ataque de hipotermia à pala dos calores da K.
Domingo chuvoso com roupas de verão penduradas no armário. Talvez tomar o pequeno almoço juntas seja sempre o momento alto destes encontros. Conseguimos guardar todas as coisas boas para partilhar entre um cappucino e uma torrada. Chegamos sempre à conclusão de que "fomos feitas umas para as outras". A L. há-de beber sempre com as duas mãos na caneca, a N. há-de ficar sempre cheia antes da última migalha, a K. há-de sempre fazer misturas de sabores e eu hei-de sempre ser a última a acabar, por comer demais.
O fim-de-semana terminou no meio da multidão de "domingo à tarde". Passeámos as nossas carteiras vazias e as mentes cheias de vontade de comprar tudo pelo Oeiras Parque até chegar a hora de ir embora.
Talvez o próximo fim-de-semana das amigas só aconteça em Dezembro, na cidade de Sua Majestade. Deixa-me triste pensar que ainda falta muito. Que apesar de frouxo, como o tempo, elas serão sempre o meu arco-iris.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

5 anos de B.A.B.A

domingo, 26 de setembro de 2010

Cogumelo.

O meu namorado ofereceu-me duas surpresas e eu adorei.
Hoje fui à primeira. Um tratamento capilar e aconselhamento e corte de acordo com a estrutura do rosto. Ok, vamos a isso.
Mais uma teoria para juntar à lista sobre a minha "estimada" descamação e veredícto: um peeling capilar para limpar e oxigenar o couro cabeludo.
E o corte? "Ora a sua estrutura é fina na testa e olhos e mais cheia nas maçãs do rosto. É o que chamamos formato pêra." "Hum, ok." "Para a sua estrutura tem de ter uma franja forte, que venha de trás." "Pois, mas eu tenho trauma com franjas. Tive durante muitos anos e não me sinto com muita vontade em ter novamente." "Mas vai ficar bem. Vamos fazer uma franja forte e depois escadear o cabelo a partir daí para acompanhar o rosto. Vai ver que vai gostar."
Pois bem, não sei porquê mas fui na conversa. Pois é meus amigos. E agora tenho uma franja que nunca mais acaba e a parte em que disse muito acima dos ombros não foi suficientemente explícito, dado que o escadeado vem mesmo desde o tamanho da franja, o que me faz parecer um cogumelo.
Bom, não vamos falar mais sobre a conjugação desta franja com este escadeado para ver se não me desmancho a chorar, como fiz assim que saí do cabeleireiro e entrei na carrinha.

P.S.: Eu adorei mesmo a surpresa e adoro muito o meu namorado (podes continuar com surpresas, boa? Nada de desmoralizar). Vamos esperar que me habitue e consiga trabalhar com este cabelo e gostar deste corte. Isso, ou andar com ganchos enquanto o cabelo não cresce... Posso escolher? Quero muito a primeira opção, ok?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

34.

Ia sendo.
"Maia Luz", soa bem. Nr. 34, "podíamos morar aqui".
Entrámos. Entrámos e apaixonei-me pela sala. "A cozinha tem aqui alguns pormenores que precisam de afinação", dizia o senhor da imobiliária vestido de preto e gravata branca. "Pois, mas nada de grave", dizíamos nós. "Os quartos são rectangulares, gosto mais deles quadrados", dizia eu. "Pois, mas não são nada maus mesmo assim", disse logo de seguida.
"Gostas das casa de banho assim?", perguntou-me o M. "Não me chocam", respondi. "Pois, nada que não se contorne, concordou.
"Mas o apartamento é virado a norte não é?" "Sim, é". Pois, e isso já não conseguimos contornar.
Podia mesmo ser aquela. Mas não é. Ainda não.
"Ele há-de aparecer", diz M. confiante. E eu confio. Nele pelo menos.

Das amizades.

Foi com um sorriso nos lábios e muitas gargalhadas que recordámos momentos da infância e da adolescência, que quase parecem que foram ontem.
O E. é um amigo desde que me conheço como gente. Um dos melhores amigos do meu irmão, acabou, naturalmente, a fazer parte da minha vida. As traquinices todas, as brincadeiras que a avó não queria permitir e que eu encobria sempre que podia. Como que um primo mais velho onde gosto de me aninhar cada vez que perguntamos se está tudo bem.
O A., como quem cresci. Sempre com uma carantonha ou uma piada na ponta da língua. Uma espécie de irmão mais novo (apesar de mais velho), de quem é difícil não gostar.
O V. foi sendo, sem esforço, outra das minhas pessoas desde os primórdios tempos do CEF. Aquele que me queimou umas calças no autocarro do Sr. Abílio (única cara muito feia que lhe fiz). É difícil animá-lo quando está chateado mas é impossível não rir quando está bem disposto.
O P., outro amigo dos bons. Uma das pessoas mais bom coração que conheço. Não gosta cá de intrigas, com ele é ver "onde e que é bom hoje".

E eu, que gosto deles. Já não é fácil estar com todos mas gosto deles, assim de ir à lua e voltar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Obrigada pela boleia.

(Bcn)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

E vamos.

E parece que vamos todas.
Wiiii :)

A minha primeira vez.

Pegou à primeira. Só foi abaixo uma vez.
Para a frente e para trás. E voltas. E parar cada vez que vinha um carro a panicar sem razão nenhuma.

A minha primeira vez num carro a gasolina. Até não correu mal. :)

Destination: London!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Coisas à mão. Paço de Arcos.








Mais detalhes em:
joiasdarita.blogspot.com
boomerangcrafts.blogspot.com
bordadosecompanhia.blogspot.com

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O meu amor de Verão.

O meu amor de Verão tem os olhos verdes e calça havaianas. Deixa-me um frio na barriga e um aperto no coração quando fecha a porta e quando não atende o telefone. O meu amor de Verão tem sempre calor e gosta de correr na praia. Gosto de dar-lhe a mão e sentar-me no colo. Gosto de dividir com ele um gelado e um "boa noite". Gosto de escrever-lhe mensagens e de vê-lo preparar o pequeno almoço. Deixa-me os pensamentos longe quando me segura nos olhos e me conquista com o sorriso. Não gosta quando lhe trocam os horários nem quando lhe batem na porta do carro. Gosto de passear com ele, viajar e trocar palavras quentes. Quando diz 'até já' aparecem as borboletas e as mensagens debaixo da almofada. Gostamos de fazer planos e escrever "um dia" na agenda. Temos promessas. Daquelas que se podem cumprir. Gosto de dar-lhe beijinhos e dizer a toda a gente que gosto dele. Gostamos do cheiro da lucia-lima e da terra molhada. Sonhamos com as águas amenas e com o sussurar dos grilos. O meu amor de Verão não gasta nem muitas palavras nem muitos sonhos. No meu aro-iris brilham as suas ideias de preto no branco e no meio no meu pouco jeito cabe a sua sensatez. Gosto de o ver a beber café e de sentir o gosto nos lábios. Gosto de sentir-lhe o perfume. De passar-lhe a mão no rosto. E juntar os meus pés aos dele. Vou pedir-lhe que fique comigo. E que seja o meu amor de Inverno.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Voltei a pegar no carro.
Apeteceu-me partilhar.
Notas principais: os senhores da limpeza do centro de saúde deviam achar que eu e a minha mãe estavamos ali para roubar qualquer coisa (eram 21h30 e nós às voltas no parque de estacionamento...); ainda tenho mto treino em parque de estacionamento e ruas sem gente antes de ir aí po mundo; não posso deixar de fazer estas incursões sob pena de não me passar o medo desses bichos; não gosto de ter pessoas atrás de mim e ainda só consigo fazer uma coisa de cada vez (o melhor que consegui foi abrir o vidro e fechá-lo enquanto conduzia, ou tentava); acho que para me meter em rotundas e afins só com alguém ao lado que também tenha os pedais.
Mas, o balanço foi positivo. Quanto mais não seja porque lhe peguei por vontade própria e, estranhe-se, tenho vontade de lhe pegar mais vezes.
A ver se é desta.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Redes sociais e coisas dessas.

Nunca fui pioneira nas redes sociais.
Nunca estive em chats, só tive hi5 depois de toda a gente ter e de me perguntar 500 vezes "mas como é que ainda não te registaste?". E com o Facebook foi a mesma coisa.
"Por enquanto não me meto nisso." dizia eu sempre que me falavam em facebook e twitter. Olhada de lado sempre que renegava essa maravilha da actualidade, até quando me pediram morangos. "Desculpa, morangos?" "Sim, no facebook. Se tiveres trocas comigo?" "Err... Não tenho facebook..." "Não quê?"
Pois, é verdade. Mas esse dias chegaram ao fim. Rendi-me às evidências. A custo, que isto se fosse fácil também não tinha graça nenhuma.
E um dia e 30 e-mails depois ainda não me arrependi. Mas não me venham pedir morangos. Ou pelo menos, ainda não...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Porto.Braga.Gerês.Ponte de Lima.Valença.Caminha.Viana do Castelo.


Planos.
Braga.
Gerês.
Valença.
Viana do Castelo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

As pessoas importantes.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A terra do nunca.

Não sou muito de usar o B.A.BA para desabafos do quotidiano, mas desta vez acho que o tema merece: Fátima. Sim, Fátima, ali a 15Km de Minde.
Fátima, depois de três anos a caminhar para lá todos os dias no autocarro do Sr. Jorge, sempre foi a terra que me separava dos amigos do Arrabal e a terra do dentista. Só isto. Longe estão as crenças nos milagres e nas pétalas de rosa a cair pelo caminho. Afinal, de milagre aquela terra tem pouco. O único milagre que ali existe é as pessoas voltarem lá depois de uma primeira vez. Quando se chega a Fátima, quer de um lado, quer de outro, a vista é, e sempre foi, te-ne-bro-sa. Uma rotunda banhada a musgo e relva mal cortada dá as boas-vindas a quem faz quilómetros a pé por causa das "crenças" (isto dito com todo o respeito que possa haver pela Fé). Depois da rotunda, existe uma série de prédios descaracterizados e meia dúzia de cafés com os toldos a cair de podre. Se o turista perguntar onde se pode lanchar, mais vale dizer - "em Leiria, amigo". Isto porque ali, a qualidade é abaixo da média. Os bolos por norma são de ontem e sumos frescos, só de lata. A oferta da restauração é, de facto, péssima (à excepção do Tia Alice e do Sabores do Museu, claro). Aqueles menus escritos a giz à porta do Santuário tiram a fome a qualquer um. Da restauração -1 à hotelaria breja vai um pulinho. Em Fátima, talvez a única coisinha decente que existe é a Estalagem D. Gonçalo que conseguiu resistir à decadência e agora até tem Spa. Depois do "bom" só existe o péssimo: estalagens, residenciais e casinhas de freiras. Tudo com um aspecto medonho, a puxar mesmo ao espirito do sacrifício. Hotel com estacionamento decente, jardim e sem cheiro a mofo é mentira. Ora não se come bem, não se dorme bem. Ir às compras em Fátima também é um verdadeiro desafio. Entre um terço de 10 euros e um santo ferrugento de 15, venha o D. e escolha! Pois a verdade é que dali só sai de bolsos vazios quem quer (a não ser que tenha netinhos muito altos e tenha gasto os euros todos nas velas das promessas!). Lojas com uma montra decente...uuiii...é preciso procurar muito bem. Lojas decentes resumem-se à esquina da Rua de Santo Agostinho - Ponto Negro, Mano e a Loja do mano da Carolina (que agora não me lembro o nome). De resto, todos os euros podem ser mal gastos em santos, santinhos, estátuas, bíblias, terços, porta-chaves que brilham no escuro, bonés de pala gigante ou até em água benta da torneira. A oferta varia no cheiro a mofo e no preço. Tudo é sempre do melhor e sagrado. Bem...então se vale a pena fazer tantos quilómetros até Fátima é porque as estradas são boas...? desenganem-se os mais crentes. A estrada até Fátima é um verdadeiro calvário. Estrada boa é aquela que vai desde santuário até à capelinha para os que vão de joelhos a pagar promessas. De Minde até lá já existiram múltiplas versões: ora com muitos buracos nas bermas, capazes de engolir o comboio dos turistas; ora com muitos buracos a meio, capazes de destruir um Hummer; ora com buracos cobertos de água, capazes de dar um banho a uma peregrinação inteira. A última versão, a propósito da vinda do Papa, foi talvez a melhorzinha - lombas gigantes, autênticas rampas de lançamento, ideais para a marcha de emergência das ambulâncias de apoio aos peregrinos. Não me ocorre outra ideia. Isto porquê? Porque até lá está tudo escuro. Ora, um peregrino levanta-se às 4h00 da manhã para estar em Fátima às 9h00 (para poder assistir à missa) e o que é vai encontrar? o que dizem as escrituras - a luz ao fundo do túnel. Isto depois de 10 quilometros sem luz, assistência ou bermas. O ideal para quem vai em espirito de missão. Aos que se aventuram a prestar assistência aos que vêm de longe, o melhor mesmo é pedir apoio à farmácia local, porque dali assistência médica e medicamentos é coisa que escasseia. "O quê alergia ao sol? bolhas nos pés? Contusões?" "Isso é para meninos!". Do outro lado, para quem vem de Leiria o cenário é um bocadinho mais animador não fosse a Loureira completar 400 anos e haver flores de papel em tudo quanto é jardim!
"Então se eu vou a Fátima e não tenho sitio para lanchar, nem para dormir, nem estrada para andar, sempre posso ir ao supermercado e fazer um piquenique?!" Arrisque, quem quiser. Supermercados ali é o que não falta. Há o pingo doce e fechou a loja. Minde que é Minde, terra de nenhures, até vai ter um Ecomarché. Fátima, que não recebe ninguém durante o ano, tem o pingo doce (isto, não tirando a consideração que tenho por esta cadeia). Para quem consegue chegar até ao pingo doce pelo cheiro (porque sinaléctica naquela terra é mentira) o próximo desafio é encontrar um sitio para piquenicar. Pois que não há. Ou se come sandes de presunto e pó ou então não há nada para ninguém. E não vale a pena perguntar no posto de turismo, porque neste momento serve de rotunda para os carros que não conseguem estacionar na berma da rua principal. Parques verdes para as familias crentes, só se for em milagres, porque para além do parque das merendas na A1, a oferta não é muito. Talvez o melhor mesmo seja para aí antes de pagar a portagem. Ou então deixar lá o carro, porque estacionamento naquela terra também é coisa que não se esbanja. Ou está ocupado por autocarros de turistas que ainda-não-sabem-para o que- vêm ou então por viaturas dos locais que acham que podem tudo. Mas também não há grande hipotese! que tal distruirem os 50 "pseudo shoppings" e fazer um estacionamento digno?! E por falar em autocarro, todo este desabafo foi despoletado pela cena mais caricata que vivi ali nos últimos tempos - no terminal da rede Expresso. "Mas há um terminal da rede Expressos, em Fátima?", perguntam os mais atentos. Eu diria que a designação "Terminal" é a mais adequado sim porque com aquilo Fátima bateu mesmo no fundo! Mais uma vez aqui sinaléctica é mentira! Turistas, familiares e amigos que venham de Expresso - desenrasquem-se!!! Talvez o melhor é perguntar onde é a sapataria Mano e descer a rua. Ah esperem, mas a passadeira é do lado contrário, têm de dar mais uma voltinha. Ah! mas trazem muita bagagem? Não faz mal que a estrada nem sequer tem berma! Depois de conseguirem chegar àquele edificio que parece uma casa de alterne com um restaurante abandonado podem comprar o bilhete para outro destino bem longe dali! Comprar qualquer coisa para comer, lá no café, esqueçam, ainda se arriscam a apanhar uma virose e dúvido que tenham kit de primeiros socorros. O melhor mesmo é ficarem no vosso canto à espera do bus! Ah esperem, mas agora já existe uma sala de espera!? é verdade, é tão fria e cinzenta que se não soubesse dizia que a Nossa Senhora não tinha passado por ali! Tem cerca de 30 lugares e dá acesso directo às casas de banho (de há dois anos a esta parte já não são daquelas com um buraco no chão, já têm sanita e tudo, um luxo divino!). Mas lamentamos a quem venho depois das 20h00...
Tudo aconteceu no sábado, quando pus as minhas convicções de lado e comprei o bilhete para Lisboa em Fátima. A espera para a chegada do autocarro pareceu-me eterna, quase que dormia quando o Sr. da bilheteira expulsou toda a gente da sala de espera, na sua maioria turistas e crianças com idades inferiores a 5 anos. na rua esperava-nos "no sits" e um frio de bater o dente, o que para as crianças não era mau de todo! constipação sagrada! Nos 40 minutos que esperámos pelo autocarro que chegou atrasado, à boa maneira tuga, várias foram as pessoas (do sexo masculino) que puderam fazer xixi ali no canto! Ora o terminal já tinha fechado, WC esqueçam! Agora aguentas até Bragança se for esse o destino! Há cá maneira melhor de receber um turista apertado para fazer xixi? "Ah então se não aqui vou ao café ali do lado!", pensam os mais crédulos! Qual café, homem?! Deve ter sido uma miragem!
De miragem é que a nova Basílica não tem nada, aquela masmarracho ali no meio da cidade (sim porque Fátima é cidade não é? Não passa despercebida. também as horas que se perdem ali naquela passadeira junto à entrada da masmorra dão para reparar em todos os pormenores, menos no Santuário propriamente dito que ficou completamente tapado por aquele monstro de cimento. Queriam imitar Lourdes? Ainda têm muito que palmilhar! Para quem não gosta de Museus Extra-Large, pode sempre dar um saltinho ao museu de cera (esquecam lá o Madame Tussauds) ou ao museu da vida de cristo. Interessantissimo, principalmente se quiserem comprar um santinho acima do preço normal! Ah não sabem onde fica? Não percam tempo à procura de indicações, mais vale perguntar a esse senhor que vos está a tentar impingir um cozido a portuguesa enquanto vocês tentam rezar uma Avé Maria!
Bem...sem cafés, sem supermercados, sem lojas, sem estradas, sem autocarros...a única coisa que nos vale é a fé. A fé de que algum dia vão fazer uma passagem aérea entre o Santuário e o Recinto, que vão construir um parque de estacionamento e um jardim, que vão pelo menos por uma placa a indicar qual a direcção da Basílica à saída do Terminal de Expressos e de que talvez possam deitar tudo a baixo, realojar as pessoas e mudar o nome de Fátima para Terra do Nunca.
Porque nunca vi nada assim!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Para a frente.

A L. dizia há pouco em tom perdido "deve haver, de certeza, uma maneira de contornar o futuro", enquanto recordava um episódio da série Flashfoward. Fiquei a pensar nesta e em tantas outras ideias soltas que me têm assaltado esta semana. Na verdade, nunca quis contrariar o futuro. Apenas me tenho agarrado demasiado ao passado. Histórias antigas e resistência à mudança têm andado lado a lado. De quando em quando, vou recuperar personagens de outrora e volto a escrever-lhes uma história. Facilmente lhes (re)atribuio um papel e sem dar conta lá está de novo aquela personagem a viver na minha vida. Tem sido sempre assim. Com este jeito desajeitado, tenho caminhado para o futuro. Entre histórias mal contadas, mal acabadas e até por acontecer. Uma espécie de carrossel. Cheio de personagens diferentes, mas sempre com a mesma volta. Não tenho feito grande esforço para que isto mude, é verdade. Sempre que a mudança espreita - não lhe falo. E com isto vou adiando, adiando.
Porque é que não vais viver para Barcelona já? Porque quero aproveitar a minha casa, ainda. Porque é que não mudas de trabalho agora? Porque agora não é o timing certo. Porque é que não esqueces isso de uma vez por todas? Porque ainda não é altura de esquecer. Porque é que não começas a treinar já? Porque ainda é cedo.

A verdade, é que tenho adiado muitas vezes as decisões de agora, do já e do amanhã. Sempre com receio de que o ontem não tenha terminado ainda. Não tenho dado lugar às coisas e às histórias. E oiço pouco as vozes sábias e visionárias.

Desta vez saí do carrossel. E deixei que uma história de ontem me empurrasse para a frente. Afinal este é meio caminho andado para que o carrossel pare.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Porque sim.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Frase do dia

O futuro, se de facto já estiver escrito, ainda não está contado. Podemos sempre contá-lo à nossa maneira e termos a palavra final.


* Há dias em que gosto de pensar que "o que tiver que ser vai ser". Mas há outros em que gosto de pensar que somos bem mais do que meros espectadores do filme em que os protagonistas somos nós.

domingo, 4 de julho de 2010

Obrigada.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Os silêncios são incómodos.

Deixei de ver o brilho nos olhos quando o silêncio incómodo se apoderou daquele momento. Que existe e dói. As justificações mal elaboradas cruzaram-se com os gestos menos perfeitos. Ora cruza a perna, ora alinha os talheres, ora olha para o telemóvel, ora fixa o olhar na minha mente. Parece que me lê os pensamentos e traduz em palavras duras – “és adulta, tens de tomar uma decisão e levá-la até ao fim”. Tão verdade que dói. Mas o ser adulta não é desculpa para o maior dos pecados. Custa perder quando não se começou. Custa ver o castelo a ruir antes de atravessar a ponte.
Entendi. Os silêncios são incómodos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nova fase

Aos 26 já pinto o cabelo para disfarçar as brancas e já penso em tratamentos para a celulite...
M-E-D-O.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Hibernar.

Não é a solução. O turbilhão das emoções chega quando menos espero e não sei qual a melhor maneira para despir esta máscara. Oiço as vozes sábias de quem vive grandes histórias de amor, sem certeza de ser capaz de voltar a fazer o mesmo. Não estou segura de poder voltar a amar com a mesma força com que me roubaram o sorriso. Estou cansada de paixões fortuitas, capazes de atravessar este mundo e o outro de tão leves que são. Estou cansada de largar o coração em alto mar, sem saber onde brilha o farol. Estou cansada de contar histórias, sem saber quem me escuta. Não quero mais arrastar a sombra daquela página que não acabei de ler. Mas a força com que o vento sopra não me deixa fechar o livro. Insiste em soprar-me ao ouvido o nome daquela história que já ouvi vezes sem conta. Gostava de parar esta coisa que gira por nós e começar a ler de novo aquele conto. Gostava de tanta coisa, aqui e agora. E tento fazer com que o mundo gire por si. Sem pensar demais. Pensar não valia a pena, até aqui. Jogar com o coração é arriscado. E o medo de voltar a falhar a carta do baralho, faz-me retirar a aposta. Brinco com as emoções como quem lança um dado sem retorno. Não tenho receio de ser a primeira a jogar. Arrisquei sempre a ser feliz, com os meus trunfos. O xeque-mate está longe de ser o perfeito. O gato e o rato vão deixar-se apanhar. E o jogo termina aí. Já sei o final da história antes que a avó "destino" me conte. Não me deixo enganar pelas suas promessas profanas. Sei que aquele dia está a chegar. O meu calendário não tem dias, nem meses, nem anos. O tempo parou. E com ele chegou a vontade de hibernar.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O sol.

O sol traz-me saudades. Não consigo explicar com palavras leves o porquê do sol me trazer à memória o teu cheiro e o teu jeito desajeitado. A cor dourada dos campos secos lembra-me a cor da tua pele e o cair do final de tarde o teu gosto pelo Verão. O sol traz-me saudades de ti e das tuas coisas. Das tuas idas à praia, das tuas tardes na piscina e dos passeios de fim-de-semana. O sol traz-me ao coração o aperto da distância dos outros tempos e a angústia do Setembro antigo. O sol traz-me o teu calor no sofá e as tardes de esplanada com os amigos. As gargalhadas entre um copo fresco e as mãos dadas debaixo da mesa. O sol arrepia-me quando penso em quantos verões já passaram. Traz a paixão arrebatadora e a cumplicidade das noites quentes de Verão. E as saudades de ontem que nunca passam e nunca deixam espaço para os amores de Verão. Aguardo com os pés e a cabeça enterrados na areia. Passeio as memórias por entre as dunas de histórias e mais uma vez acabo a molhar a ponta dos dedos na água fria do mar para acordar e esquecer-me deste sonho. Nestes dias prefiro as noites. Porque já não há sol a essa hora. Porque o sol me traz dor e muita luz. Faz-me ver coisas onde não existem e seca-me os castelos molhados na areia da praia.
O sol traz-me saudades. De ti. Mais uma vez.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Interfriendship.

O fim-de-semana das amigas foi....delicioso. Esta é a palavra certa. Desta vez os planos não foram muito precisos, até porque o São Pedro nos roubou o calor e o dia de praia. O comboio levou-me até à Kikas que já esperava em Santos empoleirada nos seus sapatos de verniz. A seguir a Nês. "Nas portagens" - dizia a sms. Esperámos um quase nada até ela chegar. Sem agenda muito definida, num abrir e fechar de olhos delineámos o programa - compras, cinema e Santos. E cumprimos à risca. Comprámos bikinis (para contrariar a vontade superior), encontrámos o look Pussy Cat Dolls, experimentámos vestidos como se não houvesse amanhã e disfarçamo-nos de Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha! Cinema. De repente, estávamos no ecrã a rever a nossa história. E de que maneira. A Samantha a apaixonar-se a cada minuto, a Carrie a trocar de vestido a todo o instante, a Charlotte com a paciência de sempre e a Miranda com a doçura do costume. Somos nós. Por mais piroso que possa parecer. Saímos do cinema quase quase quase a chorar e a pedir que fosse sempre assim. Dali saltámos para os Santos. No ano passado, por aquela hora estávamos à beira de um ataque de nervos!Este ano seguimos a força. E deu tudo certo. Acabámos a rir às gargalhadas, entre as almofadas. Despertámos com calor e muito sol a entrar pela janela. O dia estava feito para nós. Na praia molhámos os pés na areia e bebemos morangoskas para brindar ao fim-de-semana delicioso. Tirámos fotos para não esquecer este dia, mas mais uma vez voltámos a não marcar a próxima data. Coisa de crescidas.
Aposto que não tardarei a escrever na agenda [Julho-Interfriendship].

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em Bar-sur-Aube_1

:)

sábado, 29 de maio de 2010

30-4!!

Não se vê bem, mas as velas diziam "26"!!!!!
(a 15 de Maio)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

De volta de Paris de França

E foi bom, foi mesmo muito bom.
O mano não estava à espera. Gostou muito. Cantámos muitas vezes os parabéns. Conhecemos melhor o cantinho deles. Tirando o trânsito caótico Paris é lindo. A Disney continua mágica. Estava um calor que não se podia. Levámos o sol e deixámos a chuva.
Fotos em breve.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O filho da baiana.

O filho da baiana nasceu no Brasil, numa casinha pequena. Nasceu numa tela, pintada pelas mãos de um artista sem poiso e de uma amante da vida. O filho da baiana fala português até hoje. E nos entretantos, aprendeu a falar a língua do mundo. No país do guaraná, brincava entre as dunas e deixava o sol dourar-lhe a pele. Nunca ganhou raízes. Deixou as tias cantarem-lhe a despedida e voou até à Holanda, quando tinha doze anos. Pequeno, é certo. Mas de ideias fixas. Levou consigo o artista que herdou do pai e a felicidade no rosto que lhe deu a mãe baiana. Ali aprendeu a gostar do frio e do cinzento, a andar de bicicleta e de barco nos canais. Resolveu o que restou da infância, entre quadros, pinturas e cartas por escrever. Apaixonou-se pela vida. Fez amigos. Brincava com o pai holandês e aprendeu bem a lição. Ouviu aquela história de amor vezes sem conta e desejou um dia poder voltar ao sítio onde tudo aconteceu. Cresceu. Cresceu na civilização. Na faculdade, estudou marketing. Não por gostar de números, mas por gostar de gente. E de sentimentos. E de imprevistos. Jogou sempre com os imprevisto. Quantas vezes não pegou na mochila sem destino? Sabia que de uma maneira ou de outra "tudo ia dar certo".

E foi numa dessas viagens que o conheci. Estava no meio da multidão a gritar "Juanes". Era 24 de Setembro de 2005 e estávamos em Barcelona. A nossa cidade. Apaixonamo-nos de verdade. E desde então o "te amo" assinava todos os mails e telefonemas. A despedida não foi fácil, é certo. Mas senti que não era a última vez que nos encontraríamos. A minha paixão por ele era outra. Era como se sempre tivesse crescido com ele, num laço bem forte.

Na nossa cidade ela morava na Gràcia. Na Holanda, em Amesterdão. Em mim, no meu coração. Soube, no dia em que pintou o prato do almoço com mel, que ele era meu amigo de verdade. Para a vida. Não tive dúvidas. E que ia cuidar de mim. E cuidou como ninguém. A última vez que nos despedimos foi em Itália. Depois de eu ter visitado Amesterdão no banco de trás da sua bicicleta. Depois de ele ter visitado Lisboa. Depois de termos ido visitar os meus pais. Depois de termos feito um churrasco no Alentejo. De termos batido com o carro em Palma de Maiorca e de ter dormido num Hotel Gay. Depois de revisitar Milão e perdido 50 euros numa caixa MB em Florença. Depois de eu ter gritado " 'Cause we are your friends, you will never be alone again, so come on".

Dizia eu que ele era filho da baiana e de um artista. Pois é. Do Cambodja trouxe o elixir da juventude e da ponta do lápis um relógio Fromanteel. Um dia acordou a achar que podia desenhar relógios. E pode. E ter a sua marca de relógios. E tem.

E é por isso que gosto dele. Porque não desiste das coisas nunca. Porque é um lutador e um apaixonado. Porque vê sempre o lado bom do escuro. E com ele não tenho medo de nada. Porque acredito nele.


Tanto mais havia por contar. O filho da baiana é um livro histórias. E eu trago-o sempre comigo.

Fim-de-semana TOP

Amigos, Aniversário, Festa, Vela, Sol, Tiago Bettencourt
e uma lasanha para fechar o final do dia no sofá.