segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Novo (e oficial)

É oficial.
Os papéis estão assinados.
Uma nova vida avizinha-se, cheia de novas cores, desafios, caminhos. Novos cheiros, obstáculos, hábitos e rituais. Na minha casa. Nova.
As mudançãs estão para breve...!

Ao ritmo do beat

foto:DR

Um convite inesperado, que caiu em muito boa hora. A porta de entrada para uma noite diferente e, ao mesmo tempo, tão igual a mim. Como é possível nunca me ter procurado ali, ali onde o bit coincide com as batidas do coração e o ambiente é uma espécie CO2 sem o qual não consigo viver? Porque é que nunca segui, com muito força, os caminhos que me levam mesmo a mim, ao que me faz vibrar verdadeiramente?...onde estão os "alguéns" que comigo partilham esta frequência? Eu descobri-te nina!

Um nome sugestivo - Urban Routes, num cantinho tão interessante quanto apelativo - MusicBox. Candeeiros fashion, com gente muito boa onda, uma companhia excelente e um som do relax ao mais potentíssimo ragga. Onde é que eu andei nestes últimos anos? Parece que muito longe do pulsar que me dá energia, boas vibrações e sorrisos exagerados...que saudades daquelas aulas onde o Ricardo arrasava e eu, encantada, seguia os seus passos mas no meu trilho, sempre em alta, sempre em transe, sempre mergulhada no que de melhor extraio da vida: a dança!

No sábado, acalentei esse brilho. Em cada piscar de olhos, as luzes brilhavam mais forte. O som ia e vinha como que a fazer ricochete. O movimento apoderava-se dos corpos sedentos daquele combustível, intenso e caloroso. Lá fora, Lisboa também não dormia. As ruas, carregadas de animação, deixavam antever uma madrugada agitada. O frio congelava as mãos, mas a mim derretia-me as ideias para planos impulsivos, que partilhei contigo: a minha casa nova, sons imperdíveis, noitadas doces e à nossa à medida...num futuro próximo, certo nina?

Se esta noite fosse guardada num CD e se, como tu fazes, lhe desse um nome que só eu compreenderia, seria ELO.

Neste nó cabe um devir que quero apertar :)


Good vibes

terça-feira, 23 de outubro de 2007

As luzes apagaram-se..e..o pano desceu.


É este o desfecho da história. Por um caminho estreito fui delineando um final menos bom para esta fábula, para este conto de fadas que parecia a minha vida nos últimos dias do calendário. Afinal de contas, tudo parecia caminhar adiante, em direcção àquilo que oiço chamar de 'felicidade'. A casa, das paredes roxas pintada quase para mim...à minha medida, naquele terceiro andar com vista para a Arrábida. Num terceiro andar escolhido a dedo, o meu, que tinha quase tudo para ser 'minha'. O trabalho que aparentava melhoras com a chegada de um braço direito, com um toque tão especial. O desafio falhado, ao qual todos questionaram "'tás a gozar?!" e o sentimento forte de fracasso e humilhação por ter desiludido quem outrora viu em mim a "senhora fala tudo". A derrota confessada e assumida e o desconforto. Um 'não' seguido de um 'não acredito'. O brilhozinho nos olhos que deu lugar a um piscar de olhos involuntário e atemporal, como quem diz, de tempos a tempos. Não é para mim. Bastaram-me anos. A experiência já tem lugar cativo na bancada da verdade. Os amigos e as palavras de conforto, não mais que palavras. E o desmoronar do castelo. Afinal o sol nem chegou a brilhar para mim. Eram luzes, luzes que se apagaram. No final, ninguém bateu palmas a uma vida de contrasensos. O pano desceu e só fiquei eu. Só.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Buddha night


Uma das melhores noite que já passei no Buddha. Mais uma vez fui a primeira a dar o toque pa irmos embora mas pq estava msm em "sofrimento".

Não tinha sono, não tava cansada de estar ali nem da música. Foi simplesmente muito bom.

Os meninos que cantaram pa nós no trânsito, o novo dj que se encantou pela Ana, o cromo que não parava de saltar (mas pelo menos arranjou um espaço de segurança à volta dele que não nada fácil de conseguir naquela noite), o menino giro que ficou a conversar com a Carolina, o Gemma a dar o seu show e a revelar-se com as amigas, o "Rise Up" do Yves Larock e nós... a dançar, a rir e a brilhar.

Nós e o Buddha no seu melhor.

Sex and the City "in da house"

É verdade... Desta vez ficámos em casa...

Jantar combinado à pressa, muito devido à minha ida para o Porto e da incerteza dos próximos fds. "amanhã jantar na Laura", "que vamos comer?", "o que é preciso levar?". Nestes jantares nunca precisámos levar nada, apenas vontade de comer e as últimas novidades para partilhar numa amizade que existe há muito. E desta vez a diferença foi mesmo e somente essa, comemos em casa. A Laura fez um banquete, para nos desforrarmos das vezes que ficámos a aguar por algo que era demasiado caro para o nosso bolso nos muitos restaurantes que temos percorrido desde que iniciámos o nosso roteiro gastronómico. Comidinha caseira para o jantar do mês. Contámos peripécias, brindámos às boas-novas para o futuro, registámos os nossos "tesourinhos deprimentes" para que daqui a 20 anos possamos relembrar expressões e momentos - a pose de bailarina, a cara estranha, os papos do pescoço ou as primeiras rugas de expressão- e prometemos interiormente que nada há-de mudar esta amizade. Nem a distância que agora vai passar a haver.



Porque somos as peças do puzzle, os bocadinhos de um todo que só existe pq nós o fazemos existir, juntas.


Adoro-vos*

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Le Petit Prince

Si, es verdad. Me ha encantado muchisimo Madrid. Ou, peut être, des secrets que la ville m'a raconté. En fait, c'était ta faute, tu es le coupable. À cause de toi j'ai découvert une ville dynamique, vivante - le jour et la nuit - et avec des cachettes spéciaux, entre les divers arbres et petits pistes du Parque del Retiro, mon endroit préféré à Madrid...
J'aimerais bien que tu viennes à Lisbonne. Je pourrai te montrer aussi des mystères qu'elle cache. Je vais te sourire comme tu as fait quand on s'a rencontré à Argüelles, en face du El Corte Inglés; j'irai me promener avec toi jusqu'au centre de la ville et parler des vieux bâtiments, des rues moins enchantées. Je vais t'amener à un chouette café, on va boire une bière portugaise et bavarder sur musique encore une fois, avec nos MP3. Je veux aussi que tu sentes la merveilleuse sensation de te laisser conduire pour un "presque étrange" et connaître des endroits magiques, dans une autre langue. Je t'accompagnerai aussi sous la pluie et je vais te recevoir chez moi avec plaisir.
Moi, je te montrerai mon endroit préféré à Lisbonne et à Sintra, où je me sens super bien. Je ne vais pas jouer de la guitare, mais je promets de te faire écouter de la bonne musique :) Et les châtaignes...oui, je t’offrirai aussi des châtaignes ou quelque chose d'autre, aussi drôle, comme souvenir!
Pendant la journée, c'est aussi toi qui décides où on va aller après faire un petit dodo. Et les soirées...bon, je ne t'amènerai pas à un boteillon, mais on va sûrement faire la fête, boire, danser et prendre pleins de photos. Ah...mais je ne vais pas disparaître tout à coup :)
J'espère que pour toi soit si magnifique comme a été pour moi à Madrid. Vraiment...
À toi, que me fais sourire, merci encore une fois. Merci pour être gentil, disponible et pour me donner de la chance de te connaître un peu mieux. Je ne m’ai jamais senti mal a laise. Comme je t'avais dis, tu as une énergie très singulier, une pensée rare et profonde. C'est un peu comme le Petit Prince...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Definitivamente.

Definitivamente. Muitos são os que dizem que nada é definitivamente, nem para sempre.

Ana. Não vale a pena dramatizar, chorar ad eternum, lamentar-me por isto e por aquilo. Nada disso valerá a pena quando se dita que o 'para sempre' deu lugar ao 'nunca mais'.

Talvez esta tinha sido de facto a primeira vez que me conseguiste surpreender. Talvez 'surpreender' não seja a palavra mais certa. talvez 'esclarecer' seja mais apropriado. Fiquei 'para sempre' (porque uma vida dura para sempre) a perceber que a distância que nos separava não tem limites, que os nossos olhares já não se cruzam, que os nossos sonhos não são de todo os mesmos e que foi desta que nos transformámos (na minha cabeça, pelo menos) em dois, cada um por si só. Nada de novo, para aqueles que já davam a nossa história por terminada há mais que muito.

Parabéns áqueles que conseguiram ver neste desfecho um espécie de 'luz ao fundo do túnel', parabéns aos que conseguiram sorrir com a notícia. mais ainda parabéns a ti que conseguiste por ti mesmo dar como finda esta nossa página. parabéns à a.. Surpresa das surpresas.

Parabéns a mim, que num dia de fúria consegui literalemente apagar todas as memórias físicas de uma história mais que lida. Não tive medo de um dia ficar sem recordações. Não te quero em lado nenhum. Muito menos em mim. Não te quero entre os livros, nas mil e uma caixinhas, nos postais, nos bilhetes, nas músicas, à cebeceira da cama, nas fotografias. Não te quero encontrar em lado nenhum. A parte mais fácil já está. Roubei às memórias, os artefactos. Roubei aos testemunhos, as palavras e tirei às evidências, o mais óbvio. Há quem diga, pela voz da razão, que não valeu de nada. Descargo de consciência. 2000 já lá vai há muito! A paixão desvaneceu é certo, o amor esse já nem sequer tem força para se fazer ecoar. Não tive sentimentos de substituição. Na verdade, nada deu lugar a nada.

Ficou o livro em branco, sem qualquer ordem para virar a página.

domingo, 7 de outubro de 2007

Que fuerte!

Parque del Retiro, Madrid/CA Mon endroit préféré!

Senti. Tocou-me de novo aquela sensação. O estômago embrulhado, as unhas prestes a serem roídas, os olhos a correr para o fundo de tudo. O brilho da alma na boca e o sorriso aguado, tentando acompanhar o turbilhão de emoções. A adrenalina da aventura, o nervosismo do olhar, das palavras e do pestanejar certo, à hora certa, ao ritmo acertado. As mãos trémulas a fugirem para o esconderijo de tonta, as cores do arco-íris a aquecer-me o pensamento e o esquecimento propositado do que não posso.

Repincelei a tela do "nunca" e do "tão longe". Os tons estavam lá todos: o castanho-quente de um Outono revolto; o dourado-brilhante de um não-sorriso de Inverno; o branco-pálido e fresco de um Verão de cala-frios; o lilás-alaranjado de um pôr-do-sol doce de Primavera;...e ainda o verde-azeitona amendoado, o verde-escuro-e-fofo a lembrar bolas de algodão e o azul de todos os tons da chuva a pedir as quatro estações. O resultado foi uma lágrima de angústia, salgada de euforia, e um desejo insaciável sufocantemente doce.

O perfeito foi perfeito. O imperfeito soou a perfeição. E o sonho continuou sonho perfeito. Com os acordes, a música ecoou baixinho até sussurrar o nada que tudo foi. O tudo que encontrei no nada: duas castanhas, ténis dourados, o sim, o não, o talvez, o ça va, português, espanhol, francês.
"Há noites e noites", escrevi um dia. Hoje traduzo. Há energias que atravessam fronteiras, trepam muros e contagiam mundos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Trincar um sonho

Tem forma de Olival e cheira a Lapa.
Sabe a um misto de fresco e doce, como uma fruta de verão.
Foi feita à minha medida e sei que estava lá à minha espera.
Mora no 1º andar. Apresenta-se no nº 248.
E vai ser a minha janela para o mundo.

Consegui trincar um sonho, graças a ti. Mais uma vez, graças a ti. É nestas situações que o "obrigado" é a palavra mais brejeira que existe. É nestas situações que a linguagem das letras é incoerente, irracional e pobre. Aqui, no "trincar de um sonho", só as veias da alma conseguem tocar no âmago do sentimento que nos consome. Tomara eu que pudesses fazer uma viagem por estes meus caminhos...talvez um dia, quando a alma viver sem veias e as palavras espelharem o sentido da vida.

Aqui mora um sonho. O meu sonho.

Frederica - a guardiã da Paz

foto: DR
O nascimento de uma criança representa toda a força da natureza humana. É o sinónimo mais puro de VIDA. E a mais recente VIDA que entrou no meu mundo chama-se Frederica, o nome invulgar que marca o início de uma nova geração na família. Parabéns, prima Marta e (primo) Ivo!

A Frederica nasceu na manhã de dia 29 de Setembro, com 3,4 kg, de cesariana. Segundo a bisavó, "é toda perfeitinha e tem uma ruguinha no nariz que é um mimo". A minha avó já é bisavó. Uau...e a minha madrinha...é avó! Quanto mais penso nisto, mais me dou conta de que estou a entrar noutra fase da minha vida. Estou crescida. A infância está tão longe e, ao mesmo tempo, ali à mão de semear, com fotografias, filmes e histórias que desafiam a memória...

Vou acompanhar a infância da Frederica e, um dia, também ela terá este discurso; as fotografias serão semelhantes às minhas; mas nas histórias serei eu a narradora.
É tempo de mudança. É tempo dos bons presságios.

Benvinda ao mundo, Frederica!


Significados de Frederica:
  • Dirigente da paz;
  • Deriva do germânico e tem como significado "poderosa na paz"
  • Significa a que garante protecção;
  • Uma pessoa que luta com firmeza e energia para realizar os seus ideais
  • Não desanima diante de nada e procura sempre convencer os seus companheiros a ter a mesma atitude positiva em relação aos obstáculos