terça-feira, 26 de outubro de 2010

just your favorite part.

*completamente usurpado do blog I am from Lx*

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

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"Frouxos", "pouca cor", "falta de paciência", "embirrância", "triste", "medo", "sentir-me mal", "mossa", "ar pesado", "mole", "triste", "pesadelos", "medos"... parece que aos fins-de-semana das amigas também faz falta palavras duras e melancólicas. Sim, porque a vida não é só sorrisos e alegrias, cores vivas e momentos felizes.
Isso mostra o quão imperfeitas somos. E é bom saber isso, não é? A imperfeição faz parte das entrelinhas das nossas vidas e os fins-de-semana das amigas por vezes não têm de ser excepção. Há lugar para todos estes recantos mais escuros e que nos deixam desconfortáveis. Não há algo de genuíno em tudo isto? É que estamos mesmo crescidas. E os contos de fadas e finais (só) felizes são coisas de outras realidades. Paralelas, para estarem à mão de semear (e de sonhar)...

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Tantas vezes penso "estou farta de julgar os outros"... se por um lado dizem que os verdadeiros amigos são aqueles que dizem as verdadeiras e (muitas vezes) as mais duras verdades, há também quem defenda que o apoio é o que mais conta nestas lides da amizade.
Às vezes penso que o balanço do meu papel como amiga nestes 26 anos não é lá muito positivo. Costumo dizer que é trauma. Ou estigma, como diria o RR. Acho que estou cheia de estigmas. Alguém sabe como se superam os estigmas?
Poucas vezes me defraudaram as expectativas nisto das amizades. Talvez porque nunca fui de elevar a fasquia. Talvez porque elevando a fasquia, sou obrigada a colocar-me, também a mim, num outro nível.
Se há dias em que adoro os lugares-comuns da amizade, ele há outros que não os suporto. E ainda há aqueles que nem quero nem afasto. São indiferentes. Mas nestas linhas da amizade não deveriam haver muito espaços para a indiferença. Estou certa?
Sou complicada. E é como dizem: "estás a ficar pior". Estou. E a tendência parece que é só para piorar. Talvez seja por isso que a escrita seja rara. Não me acompanha. E eu não tenho ritmo para organizar os pensamentos. Complicados, ora bem. Nem ritmo nem tempo. Mais estigmas, diria o outro.
Um dia ainda hei-de tirar tudo a limpo. (Voltar a) escrever para me organizar e organizar-me para escrever. Isso e entender o que tenho deixado pelo caminho nos trilhos da amizade. A viagem não tem ar de ser curta...ou é apenas mais um dos meus estigmas??? ai...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pormenores nossos.


Sempre gostei de experimentar novos sítios com as amigas. Geralmente são onde fazemos as nossas confidências e contamos as novidades. Desta vez, o chá "Festa" ironicamente contribuiu para a nossa disposição bem ao jeito de Sintra. Serena e lânguida mesmo, polvilhada pelo sossego e pela decoração deste espaço que, um pouco como nós, mistura as linhas rectas e modernas com o romantismo e a tradição.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Fim-de-semana das amigas.

Este talvez tenha sido uns dos fim-de-semana das amigas mais "frouxos". Talvez a chuva inesperada e o vento a soprar pela lareira da L. tenham tornado estes dois dias mais cinzentos. O local foi unânime, todas queríamos conhecer a nova Lua e aproveitaríamos para conhecer os cantos à casa e à nova vida. A data no calendário foi quase um achado. E mais uma vez a N. veio do Porto para estar connosco (e nós com ela e com os croissants de massa doce). O fim-de-semana teve pouca cor. As gargalhadas ficaram à porta e as histórias mirabolantes à espreita na janela. Os planos para Londres foram levados pela falta de paciência e os planos para a tarde de sábado cobertos pelo burburinho das ruas da vila de Sintra. Não comemos uma queijada nem fomos ao "Saudade". Sentadas a beber chá "Festa" na Raposa, o momento foi de calmaria. A L. tinha sono e eu pouca fome. Foi fácil desanimar quando chegámos a casa sem planos para a noite. Jantar no Bianconero. Consegui fazer o senhor do restaurante voltar cinco vezes à mesa tal não era o grau de imbirrância. Não gosto de Nestea, os Canelones estão frios e não quis sobremesa. A K. estava triste porque não ia ao aniversário do costume. Talvez, no meio disto tudo, a N. fosse a única sobrevivente. Terminámos o sábado, como de costume, com a N. agarrada à manicure. A L. adormeceu sobre o cansaço. E eu deixei-me cair na almofada, pronto para sofrer um ataque de hipotermia à pala dos calores da K.
Domingo chuvoso com roupas de verão penduradas no armário. Talvez tomar o pequeno almoço juntas seja sempre o momento alto destes encontros. Conseguimos guardar todas as coisas boas para partilhar entre um cappucino e uma torrada. Chegamos sempre à conclusão de que "fomos feitas umas para as outras". A L. há-de beber sempre com as duas mãos na caneca, a N. há-de ficar sempre cheia antes da última migalha, a K. há-de sempre fazer misturas de sabores e eu hei-de sempre ser a última a acabar, por comer demais.
O fim-de-semana terminou no meio da multidão de "domingo à tarde". Passeámos as nossas carteiras vazias e as mentes cheias de vontade de comprar tudo pelo Oeiras Parque até chegar a hora de ir embora.
Talvez o próximo fim-de-semana das amigas só aconteça em Dezembro, na cidade de Sua Majestade. Deixa-me triste pensar que ainda falta muito. Que apesar de frouxo, como o tempo, elas serão sempre o meu arco-iris.