quarta-feira, 27 de maio de 2009

"É uma casa portuguesa, com certeza, é com certeza uma casa portuguesa"



...e, de repente, ia eu tranquilamente a descer a Calle de Preciados, quando oiço "É uma casa portuguesa, com certeza; é com certeza uma casa portuguesa", em uníssono. E deparo-me com uma grande mancha negra, que chamou a atenção de dezenas de madrileños que, também como eu, desciam a movimentada rua, despreocupados.
Palmas, muitas palmas e, claro, pessoas a dançar. Era a tuna portuguesa, que estava de passagem pela capital espanhola, directamente da Invicta. Viva a Faculdade de Economia do Porto! 
...Ah! como sabe bem ver e ouvir uma Tuna Académica, trautear música popular portuguesa e assobiar às pandeiretas e porta-estandartes!!
EH TUNA!!!!

PS: Boa sorte para o festival na Suíça!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Em que estás a pensar?

Parece que está na moda responder a esta pergunta a cada segundo. Pois que não estou para esta moda. E confesso até que me sinto incomodada com o facto de toda a gente (ou pelo menos os amigos da minha rede) saber o que estou a pensar neste instante. A verdade é que surgem os pensamentos mais absurdos neste tipo de situações! Podemos quebrar tabus e dizer que estamos a falar do Face Book. (Estrelinha está a escrever um post no B.A.BA sobre o face book).
E quando nos damos conta sabemos onde está o melhor amigo, o namorado ou aquela pessoa que não vemos há anos. Pois aqui, privacidade zero! Há também quem use o Twitter. Outro fenónemo pelo qual tenho alguma relutância. Ora, no meu único minuto zen vou actualizar o meu estado "twitter"? Hum...parece-me descabido. Mas há cada vez mais gente (e da boa) a recorrer a esta nova tecnologia das redes sociais que cai, quanto a mim, no limiar do egoísmo. Poderíamos talvez falar de uma espécie de egoísmo invertido. "Se partilho com o mundo que estou neste momento a almoçar na esplanada, porque sou egoísta?"...Não teria sido muito mais simpático, ligar ou mandar msg, "Estou a almoçar na esplanada, queres vir cá ter?".
Parece me que estamos a entrar num tipo de "cusquice" Grau 5, para o qual não existe retorno. Daqui só para pior. À distância de um clique consigo saber onde estás, o que gostas, de que és fã, e melhor, em que eventos vais participar! Do melhor!
Podemos também interpretar o Face Book como um muro de lamentações. Sim porque podemos fazer um scroll pelo mural de cada um e tirarmos notas sobre os seus estado de espírito. E que tal uma boa conversa? Não, é muito melhor julgar o estado do outro pelas reticências no fim da frase ou no smile disfarçado no fim do post. Para além de todos este manancial de hipóteses podemos também, pelo menos através do Twitter, seguir o dia deste ou daquele. Já não nos bastam as mensagens promocionais disto e daquilo, quanto mais mensagens com os estados de alma dos demais.
Quase que me equecia dos sucessivos Quizz lançados no Face Book, dos quais a malta gosta de partilhar os resultados. "Qual personagem do Sexo e a Cidade és tu?", "Que bolo és tu?", "Que professor de CC és tu?" (calhou-me o Pissarra...LOL)...Eu sei lá a quantidade de comparações que esta malta consegue arranjar!
Dou-me ainda conta que existem algumas personagens que conseguem estar online no Twitter, no Face Book, no Messenger, no Hi5, Myspace...hum...e na vida? Talvez se deixassem este tipo de pensamentos onomatopeicos para depois ou para coisas que realmente valham a pena...não se perdia nada! Ou pelo menos ganhava-se em qualidade! É que neste momento dou comigo absorvida por 1001 pensamentos dos outros que de valor pouco ou nada têm.
Isto para não falarmos dos Comentários. Sim, adoro esta secção. As conversas são por demais interessantes. Verdadeiros colunistas! Ele são comentários ao estado, à fotografia, aos amigos, aos amigos dos amigos, ao grupo, ao perfil...
Bem, acho que vou actualizar o meu estado. Sim, também estou no Face Book. Mas o melhor mesmo para saber onde estou é ligarem-me. Porque isto de actualizar o estado de 5 em 5 minutos não é para mim. Digamos que o meu estado de alma não dá para tanto.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Madrid de Vespa








































Não se pode ter tudo...


...mas eu estive lá perto. Todos os que me conhecem sabem que sou hiper-mega-consumista e que, por isso, gosto de prendas. Sim, é verdade, gosto de malas, roupa e carteiras, cremes, maquilhagem e sapatos. Não posso dizer que não.
Mas juro que este ano a única coisa que pedi foi - não me importando com o quão cliché isto pareça - estar perto das pessoas importantes. Porque, afinal, este seria o meu primeiro aniversário fora de casa, do meu ambiente natural. 25 anos depois...
E se a crise - ou outro obstáculo mais injusto - me prende nesta cidade-adoptada no dia dos anos, outras forças mais poderosas se levantam para que a felicidade chegue por outras vias. Fazendo jus ao ditado, a montanha veio mesmo até Maomé. A montanha de 10 cumes - cada um com o seu grau de parentesco - chegou a Madrid por partes, mas bem. E o fim-de-semana, que me parecia tão curto, transformou-se num eterno conto de fadas onde tudo acaba bem demais para ser verdade. 
Entre passeios pelas largas avenidas desta capital, cafés em esplanadas caras mas perfeitas, fotografias de todos os ângulos e risos, gargalhadas e abraços, o tempo parou e deixou-me saborear cada minuto com profundidade para matar as saudades. Mostrar-lhes Madrid, guiá-los pelas ruas que tantas vezes cruzei sozinha nestes últimos dois meses, comentar-lhes os detalhes que descobri por aqui, apontar os recantos que me fazem sorrir e contar-lhes as histórias que já vivi foi o melhor de tudo. Poder partilhar com todos a vida daqui era algo que queria muito fazer...que tantas vezes imaginei.
E sem saber se havia de sorrir ou chorar por tanta emoção junta, por estar quem estava e por quem não estava, devia estar, mas não podia estar, deixei-me levar pelo espírito que tão bem nos caracteriza, fiz força para não pensar que estava quase a acabar quando ainda nem sequer tinha começado e desejei, baixinho, que estas pessoas - as que pude abraçar e as que abracei em pensamento - nunca me faltassem ao longo da vida. Porque sei que, assim, serei sempre feliz. 

Obrigado a todos os que, com abraços, beijos, palavras, mensagens e emails, fizeram com que me sentisse tão próxima e preenchida neste dia, e com que o meu primeiro aniversário fora de casa fosse tão especial. 

PS: A segunda melhor prenda foi a Constança, que depois de tanto eu dizer que nasceria no mesmo dia em que eu nasci, quis realmente que assim fosse. Parabéns Sofia e Diogo!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Outro.

Gostava de encontrar as palavras certas para descrever o que passou pela minha cabeça ontem. "Desliguei", tal como descrevia a Z. E ainda há quem acredite no ditado "olhos que não vêm coração que não sente".
Não eras tu, mas muito perto. A diferença das palavras e do tom de voz contrastavam com a semelhança dos gestos e da barba por fazer. Os olhos castanhos amendoa e os lábios de mel deixaram-me bem longe dali.
Por momentos, deixei-me ficar a contemplar aquele espelho. E percebi que se fosse pela semelhança do toque ter-me-ia apaixonado naquele momento. Mas a verdade é que é muito mais. E talvez por isso mesmo não saiba descrever com a realidade e a ligeireza das palavras a estranheza e a intensidade do sentimento.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Impressionante.

Confesso que fiquei impressionada com a semelhança nos gestos, nos olhares e nas gargalhadas. Foi de natureza tal que dei comigo a pensar - "onde estavas tu com a cabeça naqueles dias?" foi díficil engolir o dito sapo e arquivar o caso sem mais. Ousei pensar que um dia poderíamos contruir um castelo na areia, ainda que sem compromisso. Ou talvez não, houve quem dissesse a verdade na hora certa. E brincamos com isso, e muito. Escondo por detrás da brincadeira uma mágoa dificil de explicar. Quase estúpida. Porque de facto a revolta recai muito mais sobre mim. Sim, os devaneios têm destas coisas inexplicáveis. E muito mais me pesa o silêncio que trago comigo e que se arrasta. Devia ter dito muito mais. E acabado naquele momento com este teatro de marionetas. Talvez de nada adiantasse, porque também eu voltei a cair. E porque quis. Pior ainda, dizem os sábios. E porque não? Desculpar-me vezes sem conta ajuda a mascarar o desencanto. Confesso que fiquei impressionada com a semelhança nos capítulos. E com o repetir de palavras e expressões, por si só atraentes. Dei comigo a pensar que poderia ousar cair mais uma vez. E mais uma vez voltei a ficar impressionada.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Segurança.

"Na vida nem tudo é segurança"...diziam-me há pouco entre um gole fresco de sangria tinta. Quando senti o travo amargo da laranja, pensei que talvez tivesses razão. Que os riscos, tal como as certezas de hoje, são na maioria das vezes certezas arriscadas. Nada vale pensar hoje para amanhã e muito menos pensar o hoje com o pensamento no dia de ontem. Dei comigo a pensar que talvez valesse a pena arriscar hoje. Mas o medo de enfrentar o amanhã com uma mão cheia de nada é tão grande que, como uma boa Touro, não consigo dizer que sim. Sempre tive esta mania estranha de achar que as coisas, as relações e o amor duram para sempre. Que as pessoas são eternas e que o futuro só traz aquilo que lhe pedimos. Tenho a mania de arriscar pouco. Ou muito pouco. Talvez por isso detesto surpresas. Gosto de poder antever e rever com segurança. Tenho a mania de ler as bulas dos medicamentos antes de os tomar, de ver a validade das coisas no supermercado, de por tudo por escrito (até as emoções) e de deixar post its pela casa com a lista das compras para o dia seguinte. Gosto de ter as horas marcadas para tudo e detesto atrasos. Devaneios, só para dias de muita incerteza. Gosto de comer um quadradinho de chocolate de vez em quando, é certo. Também gosto de fazer coisas sem que as amigas saibam. Também gosto de uma mentirinha de vez em quando. E de arriscar por coisas que valham a pena. Mas a expressão "vale a pena" tem muito que se lhe diga. Sou mais teimosa que ambiciosa. E talvez por isso não atine com as coisas do coração. A teimosia dá-me pano para mangas, camisolas e cachecois...Já ambição comedida passa apenas por ser feliz. Estou a tratar disso...

domingo, 3 de maio de 2009

Obrigada a todos.


Sou feliz porque vos tenho :)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PARABÉNS LUZINHAS!!!





A alguns quilómetros de distância e sem dinheiro no telemóvel (e sem poder carregar, porque é feriado e está tudo fechado), assim te desejo - em público - tudo o que desejas: ser feliz! 
Aprendi contigo que o mundo tem sempre um lado bonito, que se esconde vezes sem conta ao longo da nossa vida, mas as luzes, essas, devem estar continuamente acesas...para que o sorriso nunca seja interrompido. Assim espero que passes este dia (e esta vida): continuamente ILUMINADA (como quando te conheci).

Un besito muy especial y hasta el dia 15!!!! :)

*Gostamos de ti*

muuuua