terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Na minha casa...


A minha casa está igual...as pessoas estão no mesmo lugar, as ruas têm o mesmo cheiro, as coisas estão no mesmo sitio...onde as deixei...a minha cama, coberta por um manto da minha ausência estava lá no meu quarto, as minhas recordações estavam lá imóveis, como se nunca tivesse partido, os meus chinelos estavam lá no cantinho, assim como a minha escova do cabelo, o meu perfume de frutos tropicais, o meu pijama e toda a minha casa, com aquele aroma tão caracteristico...tanto tempo longe e quase nada mudou...tudo me pareceu coberto de um encanto que há muito não encontrava..uma magia tão especial que só soube descobrir depois de ter estado separada de tudo isto algum tempo...Barcelona ficou lá, também ela cheia de um toque de natal muito requintado que quis trocar pelo cheiro a terra da Serra, pelo cheiro a arroz doce da cozinha da minha avó, pelo toque seco das mãos da minha mãe, pelos sorrisos de todos os meus amigos, por um tudo que agora dou um valor muito maior...Esperam me mais três meses de prova...longe de todas estas coisas que me deixam inundada de uma felicidade que nunca havia sentido...uma felicidade que só consigo sentir na minha casa....

Soube bem voltar a casa...!


Sim, Lisboa estava linda como sempre. Do alto, como pontos minúsculos e coloridos, e em terra, ilumiada, enfeitada e caracteristicamente portuguesa.
Sim, chorei quando a vi. Sim, chorei quando reconheci os rostos que me esperavam (ansiosos) no aeroporto. Sim, estava feliz, estava verdadeiramente feliz.
Sim, a IC19 tinha trânsito e foi realmente devagar que cheguei ao Cacém, todo modificado, com novas ruas, novas placas, novos ares...sim, a minha Vivenda tinha aquele cheiro tradicional e nostálgico. Sim, vi-me ao espelho quando entrei em casa depois de me descalçar e olhei tudo com olhos abertos, atentos, sorridentes. Estava em casa!
Nas minhas costas, uma experiência de marcos e tatuagens fundas: tudo me vem à cabeça, todos os contornos daquela vilazinha belga estão bem nítidos na minha memória, até mesmo as pequenas tonalidades do céu e do lago. Apropriei-me, talvez demais, daquele pedacinho de terra, de vida.
Mas, recebida de braços abertos, de lágrimas nos olhos, de sorrisos extravasantes, só durante alguns minutos é que Louvain-la-Neuve me assomou o espírito. Aqui, onde sempre vivi, tudo é realmente meu, próprio de mim, do meu percurso...que alívio: tudo está como quando me fui embora! É lindo sentir que estamos no nosso ninho, na raíz do nosso berço.
Reencontrar cheiros, rostos, gestos, palavras que contam a história de vidas, pessoas, lugares especiais, que conhecemos e que nos fazem tanta falta quando deles nos afastamos. Reencontrei-os e... redescobri o que neles sempre encontrei de especial.
Enfim, soube mesmo bem voltar a casa, à minha casa!
Mas Janeiro avizinha-se e com ele...o terminar de todo este sonho...

terça-feira, 20 de dezembro de 2005


"Ultimamente estamos como culo y mierda" (son las palabras de Thais, me parece bien...)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Tempo de mudanças


O novo ano está a chegar e com ele uma série de mudanças importantes.
Será em 2006 que acabarei o curso. Porei fim a uma das melhores fases da minha vida: estudante universitária, ou seja, o tempo das sensações fortes, das experiências mais arrebatadoras, das marcas mais profundas. Um pedacinho de vida que me deu as bases para ser como sou hoje, detalhes que acompanharão toda a minha juventude.
Será em 2006 que começarei uma nova fase: estagiar, trabalhar, lançar-me no mundo real. Aí, onde tudo é mais sério, onde a responsabilidade acresce em cada milésimo de segundo e onde as "tontices" de estudante não são mais permitidas.
Um ano que me trará novos desafios. Novos alentos, motivações, dinâmicas. Espero paciente e ansiosa ao mesmo tempo. Atenta, tento eternizar alguns pormenores que sei que são intemporalmente importantes e necessários para ser feliz. Angustiada, penso nos rostos que quero rever para todo o sempre, que quero guardar numa caixinha para os poder revisitar quando a saudade apertar. Impaciente, vejo que cresci mais um pouco e que o novo ano será um ano de consolidação de sentimentos, de decisões, de projectos pessoais que surgiram este ano ainda. Tudo será um pouco diferente, porque eu sinto-me diferente.
O Erasmus contribuiu imenso para isso. E com ele, tudo o que aqui fui descobrindo sobre mim: as minhas potencialidades e limitações, as superações e as desilusões. Desbravei sozinha um caminho que se impôs no meu percurso académico e, apesar de no início ter sido difícil, sem ele não me sentiria realizada, satisfeita. Foi sempre um sonho fazer Erasmus!
No ano que começará, outros trilhos terei que atravessar. Mas não será nunca com o mesmo entusiasmo com que percorri este tão especial (e curto!)...
Sinto que atingi um nível de felicidade que tenho medo de não voltar a presenciar. Veremos os anos que se seguem...o que virá de melhor? Um tempo de mudanças, certamente...

domingo, 18 de dezembro de 2005

Ao homem da minha vida...


Parabéns papá!!!
Mais um aninho, menos cabelo e o q resta cada vez mais branco né? Deixa lá eu gosto de ti na mesma...;)
Já estou a imaginar a casa hoje... Com a família toda... Eu não vou tar aí hoje, mas pa semana já estou... aliás, já estive ctigo hoje... fui te dar um beijinho enquanto dormias e dar-te os parabéns mto baixinho ao ouvido...
Sim, porque eu tou sempre ctigo... Tá bem pai? Sempre... Mesmo quando te levantas de noite e vais ao meu quarto e não me vês lá... Porque sei que me levas no coração assim como eu te levo no meu...

Bxinhos***

Adoro-te mais que tudo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

O presente perfeito!


Após mais de três meses a conviver com estes novos amigos, estas novas caras, estas novas culturas, já nos conhecemos bem. Sabemos o jeito característico de cada um: o sorriso descontraído da Maya (Suiça), sempre de máquina fotográfica na mão; o gosto por clássicos musicais da Barbara (Alemã), que adora fazer "soirées pouffs"; e os momentos tão especiais de gargalhadas com a Maria (Búlgara/Austríaca), com o seu jeito encantador. As quatro, festejamos, rimos, sorrimos, bebemos, brindamos, partilhamos experências, com a promessa de que esta amizade ficará para sempre. Na troca de prendinhas de ontem, confirmou-se mais uma vez que já entramos no "mundo" de cada uma. As perguntas são feitas com um conhecimento adquirido ao longo destes meses e as respostas podem quase adivinhar-se, pelos marcos de personalidade também já captados. Não é preciso muito para construir relações de circunstância, mas para edificar uma Amizade tem de haver dedicação: tem de se saber ouvir, de saber olhar, de conseguir chegar ao centro do outro, à sua verdadeira essência. Em erasmus isto é possível. No meu erasmus, isto foi possível...E na troca de prendas, cada uma ofereceu o presente perfeito à outra. Porque nos conhecemos, porque já sabemos com o que contar (um sorriso, uma lágrima, um gesto de carinho, um sopro ofegante de saudade)...
O meu mundo ficou mais rico porque as conheci...porque as conheci na sua verdadeira essência!
Vous êtes vraiment importantes pour moi...on se rencontre à Berlin, le 7 avril.
Bisous Maya, Maria et Barbara muuua
La "Duracel"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Reescrevo...




Xoriça...muito especial...
Nes...a culpada de uma boa parte da felicidade na minha vida..nestes ultimos anos fizeste me sorrir e deste me todos os motivos para sorrir!
BettyBoop...demasiado parecida comigo...ainda bem que me cruzei contigo ;)

Estrelinha...a felizarda por ter estas três sempre comigo :)

Juntas, parecemos os Power Rangers (cada uma tem o seu poder) eheheh

...uma Estrela, uma Lua e uma BettyBoop...



...um dia conheci uma Estrela, que brilha muito... uma estrela cadente que veio "cair" na minha vida quando entrei no secundário... Desde aí uma estava com a outra, desde aí iniciaram uma amizade muito grande, desde aí nunca se separaram... Tanto que seguiram juntas para a mesma universidade com a ansiedade de quem não sabe o que lhes espera... Aí chegadas, numas escadas da FCSH encontrei uma Lua, cheia de luz e que ilumina a noite escura... Depois bem perto da esplanada da faculdade encontrei uma BettyBoop, disfarçada de uma loirinha cheia de uma energia contangiante...
Nesse dia pensei que eram dois conhecimentos de circunstância, que iam ser duas colegas de turma... Hoje sei que não... Juntaram-se à Estrela e agora as três são pedaços do meu coração... A Estrela tem um sorriso lindo, a Lua é recheada de jeitos e expressões alentejanos que eu adoro e a BettyBoop tem uma tendência para pequenas "bacoradas", das quais não posso deixar de sorrir com ternura... São coisas que as fazem ser vocês, são coisas que guardo com carinho, tornando-vos um pouco minhas também...

Distância? Sinto-a por não vos ver, por não ver os olhos brilhantes da Estrela, os canudos da Lua ou a BettyBoop a dançar... Uma parte de mim sente-vos longe... Mas a outra nem sabe o que é a Distância... não a conhece, sente-vos tão perto... Essa parte é Amizade, que vos leva para onde quer que eu vá...

Gosto de vocês, muito...

sábado, 10 de dezembro de 2005

Vai saber bem voltar a casa


Faltam menos de duas semanas para voltar a Portugal, para as férias do Natal. Já há um brilhozinho nos olhos, uma ansiedade difícil de controlar.
Vai saber bem sobrevoar o país e ver Lisboa como um puzzle minúsculo. Chegar ao aeroporto (que eu detesto) e sorrir ao ouvir português por todo o lado. Vai saber bem deixar-me contagiar pela energia dos portugueses, de um povo simpático e aberto. Buscar as malas, sozinha, mas alegre por saber que alguém estará à minha espera. Vai saber bem sentir o cheiro de uma cidade cheia, inundada de vida como é Lisboa. Fechar os olhos e ouvir os seus ruídos de depois do almoço. Vai saber bem ver a minha mãe e o meu pai. Tocar no cabelo da minha mãe, sorrir-lhe e dar-lhe a mão sem nunca mais a largar. Abraçar o meu pai, aquele abraço forte. Limpar as lágrimas para ele não me ver a chorar. Vai saber bem ver a placa "Cacém", passar a IC19 devagarinho por causa do trânsito, ver a Serra de Sintra ao fundo, com um ligeiro nevoeiro a pairar-lhe por cima. Os prédios, o Intermarché, a Gama Barros, a casa da minha tia Teresa, o Pãozinho do Bairro, as vivendas. Vai saber bem fechar os olhos e sentir o cheiro tão característico da Vivenda José Maria Marques. Sorrir à minha avó São e dizer-lhe que já comi, que não tenho fome e que não quero comer em breve. Vai saber bem ouvir o barulho do pequeno portão preto. Subir as escadas de duas em duas e tocar à campainha. Entrar e ver-me ao espelho, descalçar os sapatos e sentir a pedra fria do chão nos pés. Vai saber bem ouvir a minha tia Olinda no andar de baixo, o riso da Patrícia. Rever o meu primo Diogo todo giro e dizer à minha prima Raquel que estou mais gorda.
Vai saber bem ver a minha avó Deolinda, dar-lhe uma festinha na cara e sentir as suas suaves ruguinhas. Olhar a Vivi e dizer que estou feliz por ela ter entrado para a faculdade, rir-me do sorriso tão maroto do meu primo Bernardo, ao lado da minha tia Zézinha (com o mesmo sorriso) e do meu tio Carlos. Vai saber bem ouvir a minha madrinha tentar falar francês e tocar-me nas costas enquanto fala comigo, como ela sempre faz. Ouvir as histórias da minha prima Marta, do Ivo, o pássaro a cantar na cozinha (que cheira sempre a comidinha acabada de fazer).
Vai saber bem ir a São Marcos e dar um abraço ao Rui, dos nossos, com as bochechas coladas. Brincar com o spot, mexer-lhe no pelo farfalhudo, não ligar ao Chico ciumento e chamar Caroxinha à João. Vai saber bem ir conduzir (no meu "clito") até Oeiras, até Lisboa, até à faculdade e subir as escadas da torre. Ver a esplanada, as àrvores, o espaço tão agradável que nos é oferecido. Vai saber bem ollhar os olhos castanhos da Ana e os verduscos da Inês. Dizer-lhes que tive saudades nossas. Tocar nos fabulosos canudos da Laura e perguntar-lhe pelas novidades.
Vai saber bem rever rostos, lembrar cheiros, ouvir os sussurros da minha vida.
Vai saber bem chorar por recordar momentos, revisitar lugares mágicos, reabsorver as boas energias de cenários conhecidos...
Sentir saudade, dar valor ao pormenor que nunca antes tinha prestado atenção.
Vai saber bem voltar a casa...

Natal...



Tá a chegar o Natal... Uma época que eu adoro... Passo-o smp em família, ela é indispensável pa mim. Vejo este Natal com outros olhos relativemente aos passados. Este Natal vai ser de reencontro, vai ser com mais emoção, com mais alegria, com mais significado... Todos os anos preparei o Natal com a minha família... Neste não vou preparar nada, não estou lá a tempo disso... Quando chegar já deve estar tudo pronto... À festa de Natal vão-se juntar as festas de anos da minha mãe e do meu pai, que não conceberam fazê-las sem mim... Vai ser uma explosão de sentimentos, vou viver três momentos num só...
Adoro o Natal por esse espírito que ele carrega. O facto de ser a "reunião de família" não me diz mto porque a minha família está smp junta, fazemos da união um hábito e não uma coisa esporadicamente ligada a este ou aquele dia do calendário...
Mas também é verdade, e aqui está patente o espírito consumista, que adoro dar prendas... E este ano está mto complicado... As ideias não ocorrem, o dinheiro é pouco e o espaço no avião pequeno... Enfim, vou vendo coisas e penso "isto era giro para X"... Bom, contenta-me pensar que as passoas a quem dou presentes pensam como eu: as coisas grandes por vezes são pequenas em significado e as pequenas, por sua vez, se forem dadas com carinho, tornam-se enormes ou pelo menos especiais... Não concordam? ;)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Anjo_BCN



dias em que me sinto como uma anjinho, sem asas...aqui no meio da confusao que trouxe o Natal, passo como a voar..passo por aqui, passo por ali...sem asas...porque aqui em Barcelona...quem tem asas nao quer voar daqui, quem nao as tem...sonha em voar para outro lado...(faltam poucos dias para voar para Portugal) (",)....

Encantada...


Rendida aos pés de Dalí...de facto o Museu-Teatro Dalí, em Figueres, vale a pena, saí deslumbrada com tanta loucura...melhor do que contemplar nos livros de arte, é estar ali em fente a uma obra que de certeza é fruto da insanidade...Dalí...um freak..acreditem!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Um país...um mundo novo!


Após alguns meses num país estrangeiro, começamos a compreender as suas tradições, os seus contornos sociais, económicos, políticos, culturais. Adoptamos uma visão menos crítica e mais de aceitação, de apropriação até. Procuramos caminhos nos mapas, monumentos, marcos que nos façam criar uma representação rápida e genuína daquele pedaço de terra que anexamos ao coração. A Bélgica é um país pequeno. Tem muito verde. Chove muito. Tem cidades muito escuras, cinzentas, mas ao mesmo tempo, encantadoras, de contos de fadas, imponentes. Bruxelas diz-se a capital da Europa, já que acolhe a sede do Parlamento Europeu. É um país federalista e com uma família real activa. É principalmente bilingue: fala-se em francês e em flamengo (e ainda tem uma pequena região onde se fala alemão). É assim que posso fazer um rascunho (muito "rascunho") deste curioso país...mas se quiser desenhar um pouco mais direito, com linhas mais perfeitas, direi que descobri muitos outros pormenores interessantes, tradições originais, uma cultura diferente.
Belgique, país conhecido pelos chocolates, a cerveja, a Banda Desenhada e as frites (batatas fritas) . Em cada canto existem chocolateries, bares com mais de 2000 tipos de cerveja diferentes, lojas do Tintin, friteries...
É um país de sabores, de histórias.
Conhecê-lo é/foi, também, entrar no seu espírito, ouvir os seus mitos, compreender as suas contradições, os seus ideais...adoptá-lo como experiência!
É um cantinho bastante acolhedor. Espero cá voltar e por aqui ficar mais um tempinho...há sempre novos pormenores a conhecer. Para mim, será sempre um mundo novo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

BI (l) BOM

Foi bom rever-te..foi bom poder falar contigo, foi bom revisitar os teus lugares, foi bom ouvir te dizer "estou tão cheia", foi bom poder conhecer as tuas coisas, foi bom estar contigo num lugar diferente, foi bom ver coisas novas, foi bom recordar situações, foi bom andar na chuva, sentir o frio do pais basco, foi bom passar por pessoas novas, experimentar pormenores novos, foi bom..estar em Bilbao.. Foi BI (l) BOM :)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Jogo das diferenças...










Diferenças?
A primeira foi tirada em Barcelona, num bar que faz lembrar o Real... A outra em San Sebastian, num comboio turístico... Na primeira tava-se bem, na segunda tava um frio daqueles... Em Barcelona até tava mais magrinha... Eu fui a Barcelona, ela veio a Bilbao...

Mas vejamos as semelhanças... Nas duas estão duas melhores amigas, nas duas sorriem, nos dois momentos havia a amizade de sempre, nas duas ocasiões a saudade de dias passados juntas... Nos dois sitios puderam dizer "boa noite" e "até amanhã", passear, conhecer coisas novas, rir, chamar "chata", dar miminhos... Deu para confirmar mais uma vez que és a minha migalhinha...
Sei que não é tua Barcelona nem Bélgica da caricas mas é o meu País Basco... Gostaste? Eu gostei de te ter cá...

Muah*

"Pensámos em ti..."

Acabada de ir pôr a minha migalhinha ao aeroporto vejo que tenho algo na caixinha do correio... um postal... de Bruxelas!!! Das minhas "mais-que-tudo" em amizade...:)
Adorei amigas...mto... e eu tb penso em vocês... smp...
E realmente é uma pilinha mto pequenina... pobrinho...lol

Muah muah muah

domingo, 4 de dezembro de 2005

"Sentes-te sozinha?"


De repente encontro-me junto de "gente", de pessoas, onde todos falam, riem, tocam, dançam, convivem. Eu estou no meio, aquele lugar que parece o mais rodeado de vida, onde eu posso absorver todas as conversars, olhar todos os sorrisos, agarrar toda a energia que se cruza no ar. E, estranhamente, não ouço nada, não vejo nada, não toco nada de concreto. Os meus sentidos estão desamparados, desligados de um mundo onde os meus pés muito discretamente posam...
Sinto-me invisível. Estou transparente. Solto um grito com todas as minhas forças e só um eco de uma lágrima se denuncia. Os sons que de longe me chegam estão distorcidos agora. Não é música, julgo eu. Chiu... não é voz. Também não são palavras....é o bater do meu coração. Consigo contar os milésimos de segundo entre cada batida. Agora parece chegar-me mais alto. Olho para dentro de mim, e não encontro silêncios. Mas também não encontro vozes. Talvez murmúrios, sussurros. De sonhos que tenho, de poemas que leio, de músicas que ouço, de mundos que imagino, de experiências que me marcaram.
A mente não cessa de viajar. Deixo-me cair num chão frio. Vou além do mar, além da terra, além do céu...
As pessoas continuam lá. Falam comigo, pedem-me respostas. Sorrisos e risos.
Mas a verdade é que ninguém chega a mim. Todos se posicionam longe, distantes, inalcancáveis. É como se só o corpo sentisse o calor dos outros, o seu toque, a sua presença.. Mas eu não. O meu eu não. Não entendo...o coração agora está quase calado e ninguém pergunta porquê. O silêncio incomoda-me naquele momento. A vida que me envolve é intocável, o ambiente de alegria parece uma ilusão.De repente acordo. Alucinações de sonho.
Vou para junto da "gente" e revivo o mesmo.
"Sentes-te sozinha?" Sim, quando estou rodeada de pessoas...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

"À nous, à l'amitié, au Carpe Diem et à moi"


Merci pour tout Jenn et Inès: les sourires, les soirées, l'amitié, l'attention, l'aide, la sympathie...vous etes formidables, super Kokoteuses! J'ai eu de la chance...
Amies pour toujouuuuuuurs!
Vous allez me manquer beaucoup.
Santé!

Há sonhos que se realizam...


Embarcar na viagem Erasmus já foi uma grande aventura...reviver a cidade de Barcelona...uma vontade concretizada, conhecer gente de muitos lugares distintos...um desafio, ingressar na UPF...uma surpresa, viver com gente nova...um teste, aprender o catalao...uma brincadeira, conhecer sitios novos...um privilégio, viajar até à Bélgica e ter alguém à minha espera...um sonho, ir amanha até Bilbao e saber que à noite vou poder dizer..."até manha miga, dorme bem"...um sonho realizado*Estou feliz!!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Há noites e noites...


Ontem foi noite de Beckett's e mais uma vez, dancei a noite toda. Como sempre, o bar/discoteca irlandês estava cheio e todos se divertiam à grande. Caras conhecidas, muitas outras desconhecidas pairavam no ambiente de festa. Mais uma noite de Erasmus, que tem vindo a alargar a sua esfera, cada vez mais. Os belgas começam a querer uma alternativa aos castiços mas sujos "Cercles". Encontraram-na. Ali junta-se uma carga de energias que transborda para fora dos dois andares do acolhedor bar.
Ontem pareceu-me mais mágica a noite. Mais alegre. A mais original, na verdade. Pequenos pormenores, pequenas conversas, pequenos olhares...foi tudo diferente! Talvez também porque está a chegar (quase) ao fim...e a nostalgia do fim começar a desenrolar-se dentro de mim. O burburinho da saudade daqui dá os primeiros passos e rouba-me, por vezes, a alegria dos lábios. Talvez por saber que este "desencanto" se irá mesmo passar, que não será só um pequeno pesadelo, os meus olhos comecem a renascer e a olhar já de maneira diferente.
A noite estava fria como as outras, a contrastar com o bafo quente do Beckett's, já habitual. Mas o gostinho foi melhor, o aroma mais doce, a energia mais intensa...
De facto, há noites e noites...

domingo, 27 de novembro de 2005

Sorrir, smile, sourire...



Secret Smile
(Semisonic)

«Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me

So use it and prove it
Remove this whirling sadness
I'm losing, I'm bluesing
But you can save me from madness

Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me
Nobody knows it but you've got a secret smile
And you use it only for me

So save me I'm waiting
I'm needing, hear me pleading
And soothe me, improve me
I'm grieving, I'm barely believing now, now

When you are flying around and around the world
And I'm lying alonely
I know there's something sacred and free reserved
And received by me only»

Para ti, que me dedicaste esta letra um dia...devolvo-ta com o mesmo significado.

gdt**

sábado, 26 de novembro de 2005

A noite mais branca!

Completamente incrível!
De relance olho para a janela, e no meio do entusiasmo da noite, vejo pequenos flocos, brancos, pequenos, discretos, a cairem, a medo, sobre a estrada já meio molhada. Os meus olhos
fecharam-se julgo que duas vezes seguidas...e depois de perceber bem o que se passava,
aproximei-me da varanda. Neva. O céu chora em branco, e distribui uma magia pelas casas, as ruas, os bancos, os ramos...
A tonalidade faz-se na escala de cinzentos, só as luzes dos candeeiros e o verde escuro das árvores destoam. O mundo parece-me, assim, mais irreal, as escadas mais bonitas, os telhados maiores, a vegetação mais fesca, uma vila surreal...
O vento incomoda, mas os flocos de neve a tocar na cara sabem bem. As mãos descalçam as luvas e ao tocar numa espécie de algodão mais espesso e denso, tenho uma sensação esquisita, boa. Fecho os olhos de novo e penso que é a primeira vez que vejo nevar. Sinto-me verdadeiramente feliz, tanto que o sorriso faz-me parecer quase rídicula junto da Suiça, da Alemã e da Austríaca. Tiram-me fotos. Adorava eternizar este cenário para poder sorrir assim quando não consigo.
É uma experiência que não podia ter melhor "timming" para mim. O único dentro do único. Louvain-la-Neuve veste-se de um branco claro, limpo, fofo...uma paisagem que recordarei para sempre!
Saio para a rua e os meus pés desbravam o manto grosso e almofadado que se estende até perder de vista o horizonte. Caminho, sorridente, com as mãos geladas, mas verdadeiramente contente. Um pequeno grãozinho de açucar para tornar ainda mais doce a estadia aqui, a aventura erasmus...
É deveras a noite mais branca que poderei presenciar!

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

6 x 6


quinta-feira, 24 de novembro de 2005

...há dias e dias...

Não tenho andado mto bem nestes dias... Andava tão contente cmigo mesma porque não me tinha ido abaixo aqui... Contudo, aconteceu... Bateu uma daquelas saudades "más" de casa, de tudo o q tenho do outro lado da fronteira, queria ir lá antes do natal, fosse como fosse... Tinha tudo planeado, mas os meus pais diziam-me pa eu ter força, que já n falta tanto tempo assim... E de facto é verdade... Mas tava a necessitar tanto de colinho, de mimo... mas principalmente de sair daqui por uns dias... Nunca esta cidade me pareceu tão escura, nunca me tinha sentido tão distante daqui, ainda que esteja bem no seu centro... E dps vieram os problemas... Era o exame de inglês pa fazer em Portugal, eram as complicações com o meu certificado de estágio... enfim, mais umas coisas que me fizeram sentir mais preocupada...
Mas hoje já n me sinto assim... Já n vou a Portugal, vou a Madrid, aproveitar para ver outras paisagens, arejar a cabeça com a minha ju... Acabou por n haver exame de inglês (FCSH no seu melhor...) e tudo se resolveu qto ao meu certificado... Hoje, tou mais leve, com a moral mais em cima... Além disso, tenho as pessoas que conheci aqui, com quem posso conversar, rir, desabafar, estar simplesmente...
E dps, a melhor parte... a minha nokas vem pa semana!;)

Tenho mts razões pa estar contente hoje... e é assim que quero continuar...:)

...e nasceu a flor mais bela!

Não te dedico palavras, nem "chavões" vulgares, não te dedico nenhum livro, nem nenhuma música, nem sequer um poema...
Dedico-te (apenas) a minha vida!

...adoro-te mais que tudo...

PARABÉNS Mamã!

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Assim se está em Louvain-la-Neuve...


...Foram de facto dias fantásticos...não sei bem por onde começar...nunca tinha sentido algo assim..a emoção que senti quando ouvi "amiga!" no aeroporto de Bruxelas foi tao forte que nao consigo por em palavras a força daquele abraço..por momentos a minha voz desapareceu e apenas o sorriso falava por mim. Depois...Louvain-la-Neuve..apaixonei me por aquele sitio tao particular, onde as ruas são palmilhadas apenas por estudantes e onde tudo parece tão familiar, a excepção da lingua...Louvain-la-Neuve é especial..o frio, as pessoas, os "kots", as lojas, as ruas...
Bruxelas...tem a sua graça...cidade sombria, onde o novo contrasta com o velho, uma mistura que se confunde com o aroma a chocolate que se sente em todas as esquinas...
Bruges...vila de bonecas, encantada...as ruas de calçada e as casinhas de brincar parecem ter saido de um conto de fadas...
Anvers (Antuérpia)...muito mais cosmopolita...foi o sitio que mais gostei, talvez por se parecer a Barcelona...
Foram dias optimos, uma recarga de baterias...um toque de magia entre muitas outras coisas..foi assim como uma caixinha de pós pirilipimpim...a minha Caricas encarregou-se de fazer o resto..como so ela sabe fazer :)
Caricas...nao é preciso dizer mais nada*

terça-feira, 22 de novembro de 2005


Sabem uma coisa? Adorei estar na Bélgica...me ha enamorado...

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Baterias recarregadas :)


Espero que tenhas gostado do meu "larzinho" de erasmus. Espero que te tenha reacendido algumas "luzinhas" que estavam esquecidas ou um pouquinho gastas com as saudades. Chorámos, sorrimos, rimos...muito, fizemos um cadinho birra, comemos, conhecemos, descobrimos, fotografámos...relembrámos os velhos (e enternos!) tempos. Soube-me bem ouvir-te, falar-te, abraçar-te, acordar contigo e com o teu despertador! Sabe sempre bem...
Por entre todos os silêncios da tua estadia cá, tudo foi dito, certo? Compreendes-me né? Eu sei que sim...
Ainda bem que vieste, obrigado!
Louvain-la-Neuve ficou um pouco mais sombria...
Adoro-te Sol
Estamos de baterias recarregadas ou não?
*Caricas*

domingo, 20 de novembro de 2005

Parabéns vizinho! ;)

Hoje O Rómulo faz anos. É um português que está aqui na residencia e que, por coincidência, é da FCSH também!:) Veio com a Ana, a outra portuga cá do sítio...:)
Mas a festa foi de ontem pa hoje... no apartamento "erasmus" (vivem lá 7 erasmus! dois italianos, uma portuguesa, dois gregos, uma francesa e um sueco... é a loucura ;P). E esse apartamento é ponto de encontro pa malta... ontem távamos lá umas vinte pessoas ou mais... Emtodas as festas os vizinhos ameaçam chamar a polícia... e ontem lá foram reclamar também...
Festejaram se três aniversários em conjunto, um tuga e dois italianos... mto giro...
E pronto... Parabéns Rómulo!!!
Bxinhos

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Gosto de ti, Sunshine

Acredito em Sinais, no Destino e que tudo no Universo faz sentido.
Sei que no instante em que alguma coisa não explicável pelas regras rígidas da lógica nos dispôs a embarcar juntas nesta aventura chamada Louvain-la-Neuve, pouco importou que os nossos estados de espírito (“Eu tão triste, tu tão ansiosa!”), projectos e vivências fossem, até ali, tão diferentes.
Agora, ouso dizer que a minha companheira numa das experiências mais marcantes das nossas vidas é a Amiga que sei para um longo futuro, onde celebraremos juntas a concretização dos nossos sonhos.
Mas o que hoje temos, não surgiu de repente. O destino fez o seu trabalho, mas a nós coube-nos a paciente e difícil tarefa de transpor barreiras e destruir as (tantas!) defesas com que ambas nos protegemos.
Devagarinho, (como todas as coisas boas da vida devem ser feitas), fomos ganhando confiança, criando laços e cedendo espaço uma à outra para nos conhecermos e empatizarmos.
Hoje partilhamos! Sejam experiências, aulas, segredos, pizzas, croissants ou crepes com morangos. Abraços nos maus momentos, sorrisos nos melhores, "mentólitos", noites de bebedeiras ou pores-do-sol e, o que for!
Filosofamos juntas, rimos juntas e fazemos a lavandaria juntas.
É impossível não gostar de uma Carolina sempre disposta a mostrar um sorriso que conforta a alma e uma palavra amiga que aconchega, nos dias mais frios.
Vibrante, entusiasta e apaixonada, ela seduz e inspira. Os seus cabelos dourados encaixam na perfeição com a energia, a força, a vitalidade e a “joie de vivre” que irradia, quase sem reparar.
Ela sabe bem o que quer da vida e onde quer chegar, não perdendo no entanto aquele ar de menina e aquela espontaneidade às vezes tão deliciosamente tosca, que me faz sorrir.
Por onde ela passa, sente-se a Força, a Alegria e a Motivação de quem sabe que o Tempo não pára à nossa espera.
Ninguém dança como ela (porque também ninguém dança sem parar a noite toda, como ela!) nem ninguém sabe escutar, ver e sentir como ela.
Não existe ninguém como ela, nem ninguém Existe, como ela.
Ela tem o brilho do sol. E toda a gente gosta do sol.
Estamos agora juntas nos erros, nas gargalhadas, nos exageros, nas preocupações, nas solidões, nas derrotas, nas euforias, nas aprendizagens.
As nossas vidas mudaram radicalmente, e mudaram juntas!
Quando voltarmos para Portugal, continuaremos com amigos e percursos diferentes, mas com uma ligação irreversível (posso usar para nós esta palavra que detestas?).
Temos demasiado a aprender nestas existências demasiado curtas para tudo o que queremos experimentar, sentir e viver e Eu Sei que será mais fácil se caminharmos lado a lado.
Não foi por acaso que aqui vim parar nem foi por acaso que a conheci. Não será, decididamente, por acaso, que a Carolina continuará a ter, pelo tempo que ela queira, um lugar especial na minha vida.
Em quatro palavras: Gosto de ti, Sunshine!

Minhas migas

Aproveitem muito esses dias amigas!!! Eu vou andar aí pelo meio em pensamento...
Adoro vos mto mto*

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Construir castelos na areia..


Na experiência erasmus, aprendemos que tudo é passeageiro e que tudo acabará em breve. Tomamos consciência de um mundo mais pequeno, o mundo erasmus, de um universo mais particular. Agimos com menos cautela e pensamos menos nas coisas. Todas as acções se tornam importantes, mesmo quando não passam de banalidades ou pormenores do quotidiano. Prestamos atenção a luzes e sombras diferentes, com um brilho nos olhos original. Aceitamos melhor e toleramos mais. Estamos dispostos a quase tudo e nesse quase tudo, uma grande parte é mesmo tudo...queremos viver, presenciar, abraçar cada momento como se fosse mesmo o último das nossas vidas. Porque, na verdade, o é. Aqui tudo é fugaz e irrepetível, perene e instável. É essa a magia e o desgosto do erasmus. Por isso ele encanta e desencanta. É como se fosse um pedaço arrancado à nossa vida, onde flutuamos à deriva (e é isso que sabe tão bem!), sem um caminho direito. Há curvas, subidas e descidas...mas nunca corta-matos, porque o objectivo não é chegar ao fim rápido, mas chegar ao fim feliz, satisfeita, realizada. É esse um dos propósitos do erasmus, é esse um dos motores que nos move. Mas o que interessa é o caminho que percorremos e não o final que alcançamos. É esse percurso que nos vai marcar para o resto da vida e é lá que permanecem os pequenos grãos, que juntos desenham o nosso pequeno mundo erasmus. Eles são, no passado, aquilo que ansiámos. No presente, o nosso "lar". No futuro, as boas recordações que nos modificarão para sempre como pessoas.
É com eles que construímos o nosso mundo aqui...um mundo "tout à fait" especial, com ex-libris variados...mas que não passam de belas construções de castelos na areia! Cuidado.
*Caricas*

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

As pessoas existem porque pensamos nelas...

Nunca esta frase me pareceu tão verdadeira... às vezes pensamos "que filosofias da treta..." Mas realmente... a quantidade de pessoas com que nos cruzamos todos os dias mas que não nos ficam na cabeça, não "existem" em nós... e aquelas pessoas que mesmo sem as vermos têm uma existência tão forte, às vezes até parece maior do que qdo estamos com elas... não que o sentimento seja diferente, simplesmente parece que o "sentimos" mais por que nos fazem falta... Qdo estamos perto perto parece que os pequenos gestos espontâneos mostram o que sentimos e qdo estamos longe por vezes parece que todas as palavras são poucas... "gosto de ti" parece me pouco para dizer a todos aqueles que adoro, "obrigado" parece me pouco pa todos os que me apoiam, um sorriso parece que não chega pa demonstrar a alegria que sinto em ter vocês, família, amigos, colegas ou até conhecidos que marcam a diferença em mim, comigo... Resta-me pensar que acreditam em mim... :)*

À mulher mais importante da minha vida...

Parabéns mamã!!!!
Hoje cumpres meio século (se não estou em erro...:P)... Como gostava de estar aí ctigo... dar te um beijo... bem, hoje é segunda... provavelmente estaria em lx mas poderia ter-te dado os parabéns à meia noite... e toda a maneira no fim de semana estaria ctigo...
Desta forma só te posso dar esse beijo no natal... mas se formos a ver não é bem assim... penso nas pessoas importantes da minha vida todas as noites antes de dormir... e mentalmente mando te um beijo todas as noites assim cm eu sei q tu fazes também... pode ser q só te possa abraçar no natal, mas hoje ou qq outro dia envio te beijos e abraços... tens-los recebido? acho q sim...:)
Adoro te*

domingo, 13 de novembro de 2005

Hoje apetecia-me estar em Portugal...

Estive a falar com a minha família... Vi-os pela webcam... Vi-os a sorrir, ouvi-os a rir... Perguntavam-me se estou bem... "Sim, estou... Está tudo bem!" Sim, estou "bem"... mas sinto tanta falta... hoje é domingo, dia em que praticamente smp estou com a minha família... que falta que me fazem esses domingos... amanhã é segunda... todas as segundas tava em lisboa... de segunda a sexta tava com a minha segunda família... acordava e via a minha nokas ali ao lado, ouvia o rádio do romeu a despertá-lo, ouvia o pepa a ir tomar banho, encontrava a nês a sair pas aulas... ia pas aulas... via a minha caricas, a minha xouriça, as minhas marias, o meu traste, o meu guru, a minha nekas, sei lá, o meu pessoal... chegava a olaias dps das aulas... por vezes havia "jantar de família"... tão bom... às vezes uma saída pa dançar, pa divertir... chegava a sexta e ia pa casa... dps de jantar lá ia ao café com o meu irmão e tava com o meu pessoal da martinela... que saudades... jogar matrecos, aparvalhar por completo, fazer mil e uma tonterias... sábado... dia de limpeza e de estudo tb... mas tb via a minha rute,a minha pima do coração...
Ai as saudades que sinto de todos vocês, de todos os sítios onde sei que estão... E hoje apetecia me estar com todos vocês, hoje sinto-me lamechas, sinto-me frágil...
Mas principalmente vocês estão dentro de mim... e por isso, não estão só aí... estão aqui cmigo... e é a isso que me vou agarrar hoje...

sábado, 12 de novembro de 2005

Parabéns a você...


Joyeux Anniversaire J.E.!!!
Gros bisous

Betty Boop

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Familia II (que saudades)

..Não vou falar da minha familia, porque é do dominio do óbvio que são as pessoas que mais me fazem falta..mas da minha segunda familia..a das Olaias..Lá bem no fundo da Av. Eng. Arantes e Oliveira vive uma familia feliz..dois grandes amigos, duas melhores amigas, dois primos, um primo e uma prima e uma pimocas...assim parece muita gente mas são apenas quatro..a minha segunda familia..aqueles que no ultimo ano me fizeram companhia todos os dias da semana..somos realmente uma familia.."Onde vais?, já comeste? dormiste bem? Há roupa para lavar? Quem não lavou a loiça?" eram as perguntas que surgiam todos os dias...como se fossemos uma familia autêntica;) Tenho saudades vossas, tenho saudades de me cruzar com vocês, dos nossos arrufos, das nossas brincadeiras, das nossas correrias matinais, dos nossos jantares mixed, dos programas de televisão cruzados..da música pelo corredor..eu sei lá...queria muito que quando voltasse tudo estivesse assim igual (mas sem pó lol)*

Erasmus "não mata" mas engorda...

..Bem espero não ser a única a afirmá-lo..aqui por estes lados parece que até o ar engorda..depois de já ter palmeado a cidade inteira desde que aqui estou..nada parece contrariar esta tendência...como mais e vezes a mais..aqui é mesmo impossível não comer assim..tudo cheira a "acabado de fazer"..o aroma que vem das padarias em cada esquina não passa despercebido:( e o chocolate e as suas multiplas facetas...xxxiii.... as calças apertam, mas ainda servem...do mal o menos ;)*

És música para os meus ouvidos ;)



"Gostava de partir à aventura. De seguir o sol com uma malinha apenas, de não fazer ideia onde vou estar amanhã..."
Parece-me um ponto de partida...(mas não para mim...)...é certo que vim para aqui para poder seguir o sol mais de perto, mas quando dou por mim vejo que deixei muita da minha luz para trás...deixei uma boa parte de mim do outro lado da fronteira...o meu sol...aqui deste lado tenho recordações, bons momentos guardados, muitas saudades e muita muita vontade de estar contigo...mas apesar de tudo, estou feliz, por saber que tenho um sol aí..que tenho alguém que, como as raízes de uma àrvore, está vincado a mim e me que me dá força...sinto me bem...quando a tua voz soa do outro lado, hà qualquer coisa que se acende e tudo parece mais fácil..não cor-de-rosa..mas bem lá perto. Não tenho dúvidas que estou a atravessar uma "boa onda" na minha vida..Fazes-me falta, mas fazes-me bem..mesmo longe...tudo parece simples..esta distância é apenas um passo...para quem já esteve a anos de dar o primeiro passo...
Parti à aventura,sim...segui o sol com muitas malas atrás ;)...amanhã sei que vou estar contigo*

Chocolate...


..."Passados uns tempos, todos os lugares parcem iguais. (...) Não é inteiramente verdade. Os lugares têm a sua própria personalidade, e regressar a uma cidade onde já se viveu é como voltar à casa de um velho amigo. Mas as pessoas começam a parecer todas iguais: as mesmas caras reaparecendo em cidades a mil quilómetros de distância, as mesmas expressões. O olhar inexpressivo e hostil do funcionário. O ar curioso do camponês. Os rostos monótonos e indiferentes dos turistas. Os mesmos amantes, mães, pedintes, aleijados, vendedores ambulantes, praticantes de jogging, crianças, policias, taxistas, chulos. Passados uns tempos começamos a sentir-nos ligeiramente paranóicos, como se essas pessoas nos perseguissem secretamente de uma cidade para outra, mudando de roupa e rostos mas permanecendo basicamente sd mesmas, prosseguindo as suas tarefas com um olho mirando-nos de soslaio, como intrusos. Ao principio sentimos uma espécie de superioridade. Somos uma raça à parte, nós, os itinerantes. Vimos e vivemos muito mais do que eles. Contentes por levarem as suas vidas tristes num ciclo infinito se sono-trabalho-sono, a cuidar dos seus jardins cuidados, das suas casas suburbanas todas idênticas umas às outras, dos seus pquenos sonhos, e olhamo-los com desdém. Depois, passados uns tempos, vem a inveja. Da primeira vez, é quase divertido: uma picada súbita e forte que ddesaparece quase logo. Uma melhor num parque, dobrada sobre uma criança num carrinho, ambos os rostos iluminados por algo que não é o sol. Depois vem a segunda, terceira vez: dois jovens na marginal à beira-mar, abraçados; um grupo de empregadas de escritório no seu intervalo de almoço, rindo-se por entre café e croissants...não demora muito até que a dor se torne constante. Não, os lugares não perdem a sua identidade, por muito que se viaje. É o coração que começa a corroer-se passado um tempo. O rosto no espelho de hotel parece turvo em certas manhãs, como que devido a demasiados olhares casuais. Às dez os lençois são mudados, a alcatifa aspirada. Os nomes no registo do hotel mudam à medida que passamos. Não deixamos qualquer traço da nossa passagem. Tal como os fantasmas não projectamos sombra." (Joan Harris, O Chocolate)
***
Faço dela, se for possivel, as minhas palavras...Não tenho sombra por aqui...será que um dia vou poder dizer que este é um lugar a tantos outros? ou sou eu que vou mudar? *Estrelinha*

O grãozinho...


...andei a vasculhar as coisas que trouxe de Portugal e encontrei o "Chocolate", de Joan Harris..alguém muito especial deu-mo antes de vir para Barcelona..e encontrei algo muito muito curioso..a resposta à minha "falta"...
"Não esqueças este grãozinho de açucar, por mais pequeno que seja, espero fazer a diferença...só com muitos se faz um doce, não é? :) Quando não estiver por perto, olha para o céu"... Vou olhar
Obrigada Xoriça*

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Ginasio...

Bem, já tive a primeira aula de step e hoje a primeira de body pump...estou quase quase partida..mas está a valer a pena, o desporto é sem dúvida uma boa terapia..e para quem pensa que o erasmus é só festa, desengane-se..o facto de estarmos numa situação bem diferente...cheia de novas aventuras...não quer dizer aqui também não se possam fazer coisas ditas normais como ir ao ginasio:) a unica coisa que muda são as dicas da professora: "arriba, abajo, ahora con la rodilla.."por aí..pois é:) bem longe das festas, da farra e dos copos estão estes bocadinhos...erasmus...não deve ser uma "outra vida"...antes uma "vida nova"....*

Hoje em Bilbao...

Chove em Bilbao... Começou o tempo da chuva... Até aqui o melhor era andar com uma t-shirt e um guarda-chuva na mala, pois o tempo costuma ser imprevisivel... Mas acho que agora começou mesmo a chuva... Como nos disse hoje a professora de espanhol, o melhor é mesmo prevenir para n apanhar uma molha daquelas... Que às vezes até sabem bem...:)
Senti-me bem hoje na faculdade... tive a minha aulinha de Publicidade e RP onde já me consigo sentir à vontade e falar na aula, falar com os outros alunos... É a aula que tem mais gente e por isso assustava-me um pouco... Mas tou a conseguir... Dps a reunião habitual de erasmus num dos bares do campus, a cafeteria como lhe chamamos... Sinto-me bem... Com portugueses, italianos, franceses, alemães ou polacos, sinto-me bem... Claro que há smp aqueles com quem simpatizamos mais ou mais imediatamente... Os "meus" polacos aqui da residencia, os "meus" tugas, a minha "chiquitita" italiana (aliás, os italianos no geral), entre mts, vêm-me agora tantos à cabeça que nem vou enunciar mais, vão ficar guardadinhos em mim... Partilha-se mto, aprende-se um pouco (o nosso brinde tá a viciar a malta erasmus...:p), ri-se com vontade... Enfim, começam a estabelecer-se alguns laços, imprescindiveis para conseguir estar aqui...
Não obstante, as minhas pessoas fazem-se uma falta tremenda... A minha família, os meus amigos do coração, o arrabal, lisboa... Portugal faz-me falta... E tudo o que sou lá...
Mas também acho que isso faz parte... Tenho a oportunidade de estar num outro país, conhecer coisas novas, pessoas novas... é uma experiência que me está a encher de novidades, de imensas coisas, sobre mim própria... mas sei que não estou completa... falta-me uma parte essencial e isso enche-me, mas de saudades, essa palavra tão portuguesa cm diria a minha caricas... sim, sei disso... mas também sei que essa "parte" me encoraja, me dá força e q estará smp cmigo, esteja onde estiver... Porque eu tenho-a cmigo... smp!

E hoje doem me os dentes... Desde os 15 anos que não me doem e agora doem-me... justo aqui... Começaram a doer ontem... e hoje piorou... breve vou ter uma outra experiência aqui... ir ao médico...

terça-feira, 8 de novembro de 2005

O lado escuro do sol...


Não encontrei melhor metáfora para o que sinto hoje...talvez um dos dias mais dificeis...*

Visitas

Estes últimos dias têm sido intensas em visitas de Portugal, o que significa emoção, diversão, alegria e mto carinho...

Para começar no dia 29 chegou a minha família para passar uns dias cmigo... os meus pais, o meu irmão, os meus tios, os meus padrinhos e os meus primos... uff, nove pessoas no total... para a maioria dos meus colegas Erasmus é uma coisa incrível, alguns deles nem têm uma familia inteira com tantas pessoas... O meu irmão veio de surpresa (tão bom...). Só que, como veio sem avisar, não havia lugar pa ele... lindo... mas o segurança, simpático, disse q não fazia mal... "puede quedarse con tus padres en su habitación. yo no lo voy a comentar con Maya (administradora)... tranquila..." eh eh
Os condutores estavam cansados da viagem, queriam dormir um pouco. As mulheres ficaram a jogar às cartas... que saudades! só faltava a minha avó com aquele mau perder dela para a risada ser maior... pode parecer parvoíce, mas as tardes que passo com a minha família a petiscar, a jogar às cartas e a dizer (e fazer) palhaçadas (e nisso ninguém bate a minha tia e o meu pai...:p) são das coisas que mais prezo e de que mais tenho saudades. Porque somos uma família, no seu verdadeiro conceito. Não somos só familia de sangue, somos família do coração...
Passeámos um pouco, não tanto qto queria... Não deu para mostrar-lhes alguns sitios que contrastam com o escuro desta cidade... Não sei pq mas justamente qdo cá estavam foi qdo vi esta cidade mais suja e mais feia. Com que má impressão ficaram... Não é decerto o "cantinho do céu" em que vivem, mas não costuma estar tão feia cm estava nesses dias... O domingo é o dia mais sujo da semana... As pessoas "van de fiesta por la noche" de sábado e deixam os bares, as ruas horrivelmente sujas... E nesse domingo as ruas estavam mais sujas q nunca. Não gostram mto do sítio mas isso já esperava... Mas o importante é que ri mto, senti me em família, a qual, como smp soube, é vital para mim.
Chegado o dia de ir embora, madrugada de dia 1 deste mês, abraços apertados, "obrigada por terem vindo", olhos húmidos e um "até breve". Sim, porque no Natal lá estarei...:) Adoro vos mais q mto*


E logo na sexta, dia 4, acordei alegre e contente pois ia esperar a Catarina e a Marina ao termibus para passarem o fim de semana cmigo... Qdo lá cheguei o autocarro já tinha chegado, chegou adiantado... Abraços apertados e lá as levei a conhecer uma zona menos boa de Bilbao, a minha... Qdo chegámos, fomos pôr as coisas no quarto delas, conhecer o meu e a residência em si. Almoçámos e dps decidimos ir ao meu campus pa verem cm era... dps de chegarmos fomos pelo centro até ao centro comercial... uma saga para encontrar umas calças pa mim, "sem efeito de pêra" cm diria a Catarina... nada... que frustração... mas a Catarina enamorou se por um casaco com ar de menina... dps fomos ver o Guggenheim por fora à noite... mas as luzes não estavam acesas e o impacto não foi tão grande qto esperávamos (eu tb ainda não tinha visto o museu à noite...)... tiradas umas das mts fotos, seguimos para a residência pelo rio... mto agradável... chegadas à residência fomos fazer o jantar...:) e ficou decidido... sábado seria dia de San Sebastian... confundi me toda com as horas, chegámos a todo o lado mais cedo do que era preciso... eh eh como corremos pa afinal descobrirmos que ainda faltava meia hora po bus... o dia foi lindo... apesar do frio que se fez sentir todo o fim de semana, foi lindo... elas adoraram a cidade (é possível o contrário?). Almoçámos num restaurante tipo taberna, a sra q nos atendeu fazia lembrar uma empregada de botequim, segundo a Catarina. Nesse dia havia jogo de futebol... adeptos por todo o lado... fomos ver a praia de surfistas para regalo da Marina...:) e na volta pa apanhar o bus passámos por uma zara e voilá umas calças pa nês e uma maquilhagem pa Marina pela mão da nossa Sininho... :) Sesta no autocarro e ao chegar a Bilbao fomos em busca do casaco q apaixonou a Catarina... malditas obras fizeram nos dar voltas e mais voltas mas tb nos fez descobrir um parque lindo onde nunca tinha estado... casaco comprado era altura de ir às pizzas... e dps cansaditas ficámos a ver um filme no meu quarto... Domingo era dia de Guggenheim por dentro... Com três pisos tem bastantes coisas pa se ver... interessantes? bem, isso já depende da pessoa...
Refeições na minha pequena mesa, saga dos pastéis típicos, peripécias no metro, fotos, artísticas, de perfis manhosos, lindas, o carrocel de san sebastian, mto riso e alegria.. tanta coisa fiz com elas... chegada a altura de regressarem, abraços apertados e beijos grandes.
Beijos minhas marias... brigada por tudo!

Das coisas que mais guardo destas visitas são sem dúvida os sorrisos, mas tb frases cm "há que ter força", cm disse o meu tio ou "agora tens saudades de casa mas qdo voltares vais passar o resto da vida com saudades de aqui", cm me disse a Catarina ou tb "ainda não vi nada feio aqui! acho que exageraste nês...", cm me repetiram elas qdo aqui tiveram... sim, sem dúvida há que ter força, muita, e sem dúvida que tenho saudades de muito e de muitos, mas penso que é verdade... acho que dps de ir embora em fevereiro, vou ter saudades de aqui, das pessoas que vou conhecendo e às quais me vou ligando, dos sítios em que passo todos os dias ou aqueles que me seduzem por um ou outro aspecto singular... e pensando bem... se calhar sim, se calhar pintei o quadro mto negro... Bilbao é uma cidade... não é bonita em si, mas nem por isso deixa de ter sitios bonitos, coisas boas... e é isso que tenho de valorizar... pois se vai ser a minha casa até fevereiro há que ver os seus aspectos positivos... negativos são smp os que provocam maior impacto e até agora tenho-os tomado cm referência maior daqui... mas nada é totalmente mau... nem totalmente bom... cm tudo na vida, há que aproveitar o que há de bom e tentar dar volta ao que é mau ou menos bom... aqui não é diferente... aqui tb pode ser bom...

Obrigado família, amigos e conhecidos!


É incrível como de repente nos apercebemos que fazemos falta, que marcamos presença, que fazemos diferença...é espantoso como a esfera emocional se consegue modificar tanto com uma experiência deste tipo (estar longe de todos, estar num local diferente, nunca antes conhecido). Estou diferente. Cresci. Aprendi a dar valor à família e aprendi a reconhecer o seu papel na minha vida. Agora, consigo colocá-la num patamar mais especial e admitir a sua extrema importância para mim. Comovo-me com tudo o que estão a fazer por mim, nesta etapa: os conselhos, a força e o apoio moral, o acompanhamento, tudo com uma dedicação que me faz pensar verdadeiramente no que ela representa, que me faz sorrir...um pedaço gigante no meu universo (que julguei tão individualista). Não falo só da mãe e do pai...falo da avó, da tia e do tio, da madrinha e do padrinho, do primo e da prima...falo daqueles que fazem parte da família (parece que desde sempre), mas que na verdade não têm ligação de sangue. Papéis, funções, no fundo, peças que jogam comigo na minha vida, desde que nasci. Que dizer-lhes depois de tudo o que têm feito? "Obrigado" é, talvez, demasiado curto e insuficientemente gratificante. Diria apenas "fiquem", "fazem-me falta", "lembro-me de vocês sempre"....acho que sempre é mais alguma coisa.
E, claro, os amigos. Outra grande constelação a que me agarro, com todas as minhas forças e que, nunca me deixa cair. Que estão lá....lá onde eles sabem que eu preciso de ir. Esse outro grande pedaço do meu universo, a que eu renunciarei jamais, pode não ser extenso, mas é muito consistente e sólido. Mesmo assim, não queria deixar de o fomentar, de o fortificar e, por isso, amigos, a vocês deixo-vos as palavras: "seguir-vos-ei sempre", "são um pouco da minha água, do meu ar, do meu oxigénio", "desejo-vos rajadas de felicidade".
E, depois, há ainda aqueles que não são amigos, mas conhecidos, que cruzam o nosso destino e que deixam um pequeno marco, um símbolo original. A eles, pelas palavras generosas e de incentivo, desejo "um sopro de alegria".
Assim construo um mundo à parte, meu e vosso.
Assim vos incluo nesta minha aventura que me levou para longe, mas penso que para mais perto dos vossos corações...
A todos ofereço, com todo o carinho, a intraduzível marca portuguesa - a SAUDADE!
(deculpem a lamechice...)
*Caricas*

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Semaine de Lecture!

Esta semana não tenho aulas! Que bom, não é? Mas não por serem férias ou por haver feriados...é porque esta semana é a Semaine de Lecture em Comunicação. Ou seja, uma espécie de semana para experimentar o que é trabalhar numa redacção, numa estação de televisão/rádio em tempo real. Os alunos dos ateliers (de imprensa, de tv e rádio) têm de fazer trabalhos durante toda a semana, como se estivessem de facto a trabalhar a sério. É super interessante, mas super cansativo! Eu como não tenho nenhum atelier (não porque não queira, mas porque é demasiado difícil como disciplina, fazer artigos, reportagens...tudo em francês...naaaa...seria demais para mim!), não vou experimentar as sensações do que é ser uma jornalista a sério.
Pois, então, como há muitos alunos a trabalhar na semana de leitura, os professores das outras disciplinas teóricas não dão aulas. Et voilá! Assim, não tenho aulas a semana inteirinha...:)
Mas nem tudo é um mar de rosas. Tenho sempre francês, uma disciplina à parte da universidade, num instituto de línguas (ILV). É a pior disciplina que tenho...bbbaaaahhhh...é simplesmente horrível, porque não aprendo nada, somos demais na turma e a professora sabe tudo menos ensinar...mas enfim, convém fazer francês, rever a gramática, os verbos (que eu detesto..). E então, quinta-feira, tenho um teste de francês, só com as conjugações dos verbos...que seca!
E além disso, tenho de começar a fazer os trabalhos para entregar em Dezembro. Para alguns, já tenho ideias, mas para outros, estou completamente perdida. Mas, "não há nada que não se faça" como diria o meu querido pai.
Pois é, estão a ver? Erasmus não é só festas e galdeirice...temos de trabalhar também.
Mas até isso me dá prazer aqui...
*Caricas*

domingo, 6 de novembro de 2005

Um pouco de Jazz...

Cheguei à pouco do Café Royal, um barzinho pequenino, debaixo das arcadas da Plaça Reyal..Entrámos..sentámos no chão..bem à maneira portuguesa..o som começa a chegar..teste de som..os músicos aproximam-se num tom muito de improviso..Lá no cantinho..estou eu..tentando adivinhar o que vinha dali..Jazz..torna-se dificil adivinhar..O baterista começa a dar as primeiras batidas..de seguida o baixo..o saxofone..e o contra-baixo (como mexem aqueles dedos)..Deixo me levar por aquelas notas, tão desordenadas e tão rectas ao mesmo tempo..fecho os olhos e deixo me estar lá bem no cantinho..parece me bem este bocadinho depois de um domingo como tantos outros..sabe bem estar ali..uma pausa..um bom começo de semana:) sabe bem sentir o vibrar do contra baixo..o som da bateria que não pára de solar..(oops lembrei me do duarte)...sempre que vejo alguém na bateria lembro me dele.."cun cun ca..cun cun"...e não mais pára:) as palmas surgem espontaneamente no fim de cada música..guay!guay! (fixe em catalão)..
Se fosse o duarte diria.."Bonito, Bonito"..eheheh tenho saudades de Minde..do Estaminé, do Zé e dos meus amigos:(*

sábado, 5 de novembro de 2005

Dois meses depois...balanço...


..Mais de um mês que estou aqui..e os dias cada vez me parecem mais curtos..Já me cruzei com muitas pessoas, muitas delas não voltei a ver, encontros imediatos...uma tarde com gente estranha, algumas fotos como se fossemos amigos de longa data e no outro dia..nada..começam a estabilizar as emoções..as saudades marcam já uma boa parte dos meus dias e as novas experiências crescem a um ritmo alucinante..na faculdade os catalães não se misturam connosco Erasmus, mas vou fazendo um esforço para me integrar..entre "amigos" vamos tendo os nossos momentos, descobrindo novos lugares, novas sensações, novas ligações..um mundo novo. Aos poucos vou tomando esta cidade como minha, já conheço bem as ruas (ainda há vezes que saio na saída de metro errada), alguns lugares (a Rambla...), algumas pessoas, alguns truques..aos poucos vou conheçendo os arredores desta cidade maravilhosa, cada um tem um encanto muito próprio: Girona, as casas à beira rio; Vic, com as ruas sinuosas; Ripoll, o frio e o verde muito verde...o comboio vai-nos levando a estes lugares que qualquer habitante da cidade deve conhecer. Depressa se chega a um mundo diferente.longe da confusão frenética de Barcelona encontramos estes lugares que por vezes me levam a Portugal..existem muitos segredos semelhantes..dá me uma nostalgia, um aperto, uma saudade..de facto não estou a conseguir superar esta barreira..as saudades..não sei dizer o que realmente me faz falta, 0 que mais desejo agora..há qualquer coisa que me falta..um grãozinho de felicidade que ainda não consegui encontrar aqui..vou colhendo coisas maiores..mas aquele grãozinho especial..tarda em aparecer..Faz me falta a minha familia, a minha casa, as Olaias e a minha segunda familia, os meus amigos, o meu "nuxa", fazem me falta as minhas coisas..faz me falta "EU"..
Fazendo agora o balanço, o resultado parece-me positivo, apesar de tudo..não quero dizer que não estou bem, porque estou..corro o risco de estar a ser lamechas, de não estar a dar o devido valor a esta nova aventura, de não estar a aproveitar aquilo que esta nova etapa me está a proporcionar. Estou a aprender muitas coisas novas, estou a aprender a lidar com uma nova "Ana", uma realidade bem diferente daquela que estava à espera quando julguei que me conhecia..sim conheço me.. mas não aqui..Se estou feliz? "Sim"*

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

O ínicio da aventura...

...Tou a começar um pouco tarde é certo... mas aqui vai...

Noite de 1 para 2 de Setembro...

São 3 da manhã e continuo de volta do meu relatório de estágio... Ainda faltam arrumar algumas coisas e o meu pai quer partir, prefere sempre viajar de noite. Começa a stressar-se e eu começo a ficar nervosa também (ainda mais)... Não tive tempo para nada este Verão. Passei Julho e Agosto em estágio para estar em Bilbao logo a 2 de Setembro! Passei pouco tempo com a família, com o meu pessoal... Pouco tempo para fazer tudo o que queria...
Mas pronto, às 4e meia lá acabámos de pôr as coisas no carro...última mirada ao meu quarto, às minhas coisas, à minha casa, um xau ao mano e lá me meti no carro com os meus pais. Destino: Bilbao, País Basco.
Não dormi... Passei a noite de volta do relatório. Mal comi, tinha o estômago embrulhado pela ansiedade... Mas qdo comecei a viagem, tão pouco consegui dormir ou comer... só pensava no que me esperava qdo chegasse a essa cidade basca, minha "casa" até Fevereiro. Com o decorrer da viagem lá peguei no sono um cadinho. Qdo acordei, lá consegui comer alguma coisa.
Não ia sozinha, ia com os meus pais, e isso tranquilizou o meu medo. Sim, o meu medo de enfrentar sozinha o desconhecido, sem conhecer uma morada, uma cara na rua... Esse medo que quase me fez desistir de fazer Erasmus. Mas arrisquei, jamais me perdoaria se não tentasse. E nesta madrugada iniciava a minha aventura...

Olhava cada sítio que conhecia em jeito de um "até breve", pensei nas mts pessoas de quem me estava a "afastar" à medida que me aproximava da fronteira...
Passada a fronteira só conseguia pensar em chegar ao meu destino... "Como será?", "qual o aspecto?", "como serão as pessoas?"... Tantas perguntas todavia sem resposta...
durante a viagem olhava tudo, absorvia cada imagem...

Entrada no País Basco... Lindo! Tão verde... Placa Bilbao... como acelerou o meu coração... Placa Zabalburu (o nome, como iria ver, diz tudo...). Não sabia onde era a rua... Parámos o carro em diversos sítios, perguntámos a diversas pessoas... Peripécias pelo meio, como a polícia a parar o trânsito para o meu pai poder dar meia volta e seguir... Farto de procurar o meu pais meteu-se por uma rua para parar e, acaso do destino vi escrito "Residencia Blas de Otero"! Tinha chegado ao meu destino! Eram 14e 30. Sem olhar para mais nada, entrei na residencia e expliquei, no meu espanhol de principiante, que tinha uma reserva. azar... esqueceram-se que eu tinha antecipado a minha chegada e não tinham o meu quarto pronto... Mas bem, à tardinha estaria pronto, assim como o dos meus pais... Estacionado o carro, decidimos procurar um sítio para comer. E foi aí que olhei com atenção para a zona... Escura, com gente estranha... não tive um bom pressentimento em relação à minha nova morada... Acabámos por ir a um restaurante muy cercano da residencia (que mais tarde vim a descobrir que é mto afamado pela paella). E foi paella que comemos... oleadinha, diga-se de passagem (já parecia a comida da cantida da FCSH... eh eh). Mas também a fome não era mta, o estômago continuava embrulhado...
Acabado o almoço, uma voltinha breve pela zona... Não gostei mto do que vi, a minha 1ª impressão de Bilbao foi: "que cidade feia..."
A residencia fica numa rua mto próxima da zona má da cidade... mesmo ao pé da estação de comboios, fica a 5 minutos a pé do centro, que é bastante mais agradável...
De volta à residencia, iniciámos o processo de descarga das malas... Tal e qual como aparecia nas fotos, o quarto, o meu cubículo maravilha como gosto de lhe chamar, pareceu-me bem. Cama, secretária grande para todas as minhas papeladas, uma mesinha, uma mini cozinha e uma mini casa de banho... um estúdio em ponto pequeno...:) mas qdo fui à janela... q vista desoladora... Do 3º andar em que fiquei (quarto 328), olhando para baixo, só via lixo, fachadas de prédios degradados... Comecei mesmo a ficar deprimida com aquilo... e assustada também...
Decidimos ver tudo o q a residencia tinha para me oferecer (quer dizer... tudo aquilo que eu pago todos os meses bem pago!). No rés-do-chão, duas salas de Tv com dvd pa malta, mesas e cadeirões com jornais po pessoal confraternizar, um mini ginásio e uma sala de computadores (ah e internet em todos os quartos...mto bom!), com máquina de café e de snaks... Baixando ao -1, a sala de jogos: ping pong, mesa de bilhar e matrecos (mto diferentes dos portugueses...) e o compartimentos das máquinas de lavar e secar roupa...

O meu pai estava com a cara fechada, o semblante carregado e uma expressão de preocupação que n enganava ninguém... eu, nervosa com tudo... curioso nem estava triste, antes assustada... A minha mãe era a que tentava animar a coisa, sempre com algo positivo pa dizer... Grande Mª Olinda!
Só deixei cair umas lágrimas qdo me estava a deitar,a pensar em tudo, ou melhor no nada que conhecia...

Hoje, passados dois meses desses dias, sinto me feliz por ter arriscado... Não é tudo bom, mas nada o é... Estou orgulhosa de mim por ter chegado até aqui, pode parecer estupidez mas para mim foi um grande passo estar aqui sozinha, ter de procurar pelas coisas, ter de perguntar, ter de perder a timidez e falar, meter conversa... enfim, ter de me desenrascar. E se correr tudo bem nesta experiência, como espero, vou-me sentir ainda mais orgulhosa... Hoje tenho com quem falar, conheço ruas, sítios, falo, pergunto e respondo. Hoje conheço um pouco de Bilbao, o segredo está em olhar para tudo como já fosse conhecido... Tenho quem me chame linda, amiga, quem me diga para n ir já em Fevereiro... E saudades de mta coisa sem dúvida... Enfim, tenho já uma pequena vida, tenho Erasmus!

domingo, 30 de outubro de 2005

Uma noite em Bruxelas...


Uma grande cidade, com milhões de pessoas de todas as nacionalidades a passearem de máquina fotográfica na mão. Sem dúvida que a Grand Place é digna de todas as fotografias, e de noite então, consegue suscitar ainda mais interesse, outras particularidades. A mim mete-me medo...aqueles edifícios muito ornamentados, de cor amarelada do tempo, com todas aquelas mini-estatuetas, todas diferentes, com pedaços de ouro nas mãos...bbbrrrr, dá-me arrepios. Um estilo que me evoca um passado (que aparentemente não me diz nada), a História de um país que tenho lido nas entrelinhas dos livros sobre a Bélgica. É sem dúvida um lugar mítico...
No centro da praça, turistas, estudantes, pessoas vulgares cujo quotidiano de noite passa também por ficar sentado no chão quente daquele pequeno lugar, só a apreciar a atmosfera que o envolve. É surpreendente! Sentei-me também, para conseguir sentir a essencia da calçada e a harmonia da arquitectura...Fecho os olhos e tento imaginar mil e uma situações diferentes. Tento abstrair-me das conversas que me chegam aos ouvidos, da Maria João que está de pé à minha frente...voo um pouco mais alto e tento tocar numa estrela, devagarinho. O sorriso não me sai da cara, nem por um segundo e penso "estou realmente feliz hoje". Arrepios de novo, quando abro os olhos e me vejo confrontada por todo aquele círculo de monumentos imponentes, que me metem medo e me fascinam ao mesmo tempo.
Bem, mas as amigas espanholas do Ives chegaram e todos temos fome. Restaurante espanhol, com um ambiente porreiro e uma decoração muito engraçada. Tapas?Corei quando a Maria João me perguntou."Não, não conheço..."Provei e gostei.
Rendez-vous com os "germanophones" na Grand Place. E lá voltei eu, àquele lugar que me causa tantas sensações. Nove e meia da noite e continuava cheia de gente, máquinas fotográficas, o chão continuava coberto de corpos sentados, animados, grupos de amigos, namorados, mochilas,etc... Enontrei-os de imediato.
Onde vamos? Esta seria a questão que nos iria inquietar durante toda a noite. O desejo era descobrir a noite em Bruxelas, para fugir um pouco à rotina de Louvain-la-Neuve. E lá estavamos nós, contentes e ansiosos por começar. Começamos por um barzinho com um nome peculiar, que retive desde logo, não sei bem porquê (fez-me rir muito quando o li...enfim...não percebo porquê, estava bem disposta, só isso!): Mezzo Rhum Rhum. Olhamos para o menu e alguém disse: vamos embora, é muito caro. Siga! IrishBar, cheio de gente, sem mesa no interior. Ficámos na esplanada (sim porque até o tempo se aliou a nós, estava uma das melhores noites que já tive aqui. Sem frio, sem vento...uma temperatura excelente!). Umas cervejas, conversas cruzadas (em alemão!!!!Sim, porque convém dizer que eu era a única que não falava alemão. Todos fazem um esforço para falar francês por causa de mim...é uma situação sempre meio estranha, mas nem o facto de estar rodeada de estranhos a falar uma lingua que não entendo me roubou o sorriso e a boa-disposição). A voz de grupo despertou e levou-nos a outro bar, que a Marie Helene (amiga belga da Marren) sugeriu. 2000 mil marcas de cervejas diferentes, de todos os países (menos Portugal, mas até isso o meu humor perdoou). Eu provei de morango (que delícia!), outros de Banana, Chocolate e também a cerveja tradicional. Passou-se um bom bocado.
A Maria João juntou-se a nós, cansadita mas feliz. A partir daí estivemos juntas até ao final da noite.
Quando mudavamos de bar, era sempre uma aventura. Eramos muitos e havia sempre muita gente na rua. Pessoas estranhas, com um aspecto duvidoso. Raparigas mal vestidas ou excessivamente chiques, o que as tornava completamente rídiculas, a juntar à sua aparência de 14 anos. Rapazes, piropos, rapazes, mais piropos...nada que não haja em Lisboa, mas acho o ambiente em Bruxelas muito mau.
Entramos no único bar/discoteca onde nos deixaram entrar de graça. Estava cheio. A música era antiga, muitos clássicos que nos fizeram cantar e dançar. Eu não estava minimamente cansada, incrível. Dansei, moderadamente, sempre com um sorriso nos lábios, até às 5h30 da manhã (6h30 da hora antiga), hora em que fomos embora para apanhar o comboio. Os outros regressaram mais cedo, tinham carro, mas eu e a Maria João tinhamos que ir de comboio e felizmente, o Thomas e os seus amigos também. Fomos todos juntos, eles muito bêbedos e nós as duas totalmente lúcidas, conscientes, cansadas e felizes. O comboio é só às 6h40. Eles adormecem nas escadas da estação. Apanhamos o comboio, mudamos em Ottignies e chegamos a Louvain-la-Neuve por volta das 7h15. Despedimo-nos, entro em casa. Durmo...demais.
Uma noite feliz. Estranha, mas feliz.
...
*Caricas*

sábado, 29 de outubro de 2005

Em Girona...


Cidade engraçada..fria...há muito mais em Barcelona do que a Praça Catalunha e as Ramblas :) *

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Ela faz-me acreditar


Ela faz-me acreditar que, apesar de sozinhas, temos sempre alguém que olha por nós,
Ela faz-me acreditar que, mesmo quando não encontramos luz, existe sempre um sol algures para nos iluminar...
Ela faz-me acreditar que o ser humano não tem limites, e que a dor mais profunda pode ser acolhida com um sorriso! Ela ensinou-me que mesmo quando tudo parece perdido, as nossas forças mais potentes renascem e apoderam-se no nosso corpo e fazem-nos continuar.E que as lágrimas mais amargas podem ser engolidas com um doce sabor, porque são de saudade e de amor.
Ela ensinou-me que todas as pessoas têm um lado bom e que é esse lado bom que devemos considerar como o verdadeiro. Ela ensinou-me que se deve perdoar mesmo quando o coração está ferido e fragilizado.
Ao conhecê-la, coloquei muita coisa em questão: ela fez-me ver um outro lado da vida, um outro ponto de vista sobre o mundo...onde os "sempre" e os "nunca" são subjectivos.
Um mundo onde o destino traça o nosso caminho. Ela fez-me entender que isso pode realmente acontecer e que os contornos do quotidiano se tornam muito mais interessantes quando damos conta dos pequenos pormenores subtis de um dia aparentemente normal e dos sinais especiais que podemos absorver do contacto com os outros. É realmente fascinante pensar assim...

Ela faz-me acreditar que lutamos porque queremos sempre mais e que conseguimos sempre mais...
Ela faz-me acreditar que viver é sentir, descobrir, experimentar, tocar, pensar, fazer...viver é, no fundo, estar em sintonia com o movimento das coisas, a dinâmica do mundo!!

Ela faz-me acreditar que tudo é possível...

São pessoas como ela que me fazem acreditar que o mundo será sempre um bom lugar para viver e que a vida é uma efemeridade tão ridicula que se não a aproveitarmos com o máximo das nossas forças, nunca saberemos o que é realmente ser feliz. É ela que me faz acreditar que ainda existem pessoas com carácter e dedicação aos outros.

Ela marcou-me para sempre. Ela demarcou-se de todas as pessoas com quem eu já me cruzei ao longo da vida.
Ela é, para mim, um hino à coragem!

Obrigado por seres quem és e por teres aparecido na minha vida, Maria João.
Adoro-te...
*Caricas*

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

3,2,1...Acção!


As coisas na UPF começam a apertar..Fotografia e Práticas de platô e exterior começam a ser uma rotina. Começa aos poucos a delinear o que quero para mim. A àrea do audiovisual começa a ser uma hipótese...o jornalismo aqui foi esquecido, começo a tomar o gosto por esta nova arte de criar, montar, revelar, editar..bem longe da realidade da FCSH. As aulas de fotografia são sempre um desafio..no escuro durante mais de tres horas..parece um mundo diferente..fotografias a preto e branco é o objectivo! Fechada na camara escura com a tugazinha o rolo começa a ganhar forma e aos poucos, depois de 1001 tipos de banhos e àcidos diferentes..as fotos começam a surgir..
No platô, as coisas são diferentes..o stress é maior, os guiões vão surgindo e aos poucos surgem pequenas práticas às quais no fim todos aplaudem. passei por ajudante de realização, por camera-man..gosto dos meus papéis..mas não é de todo fácil..a UPF já leva um avanço..*

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

BTV..uma experiencia nova :)

Bem..para começar não foi mau..Cheguei à redacção, com as pernas a tremer..tinha estado a ler o texto durante o caminho no metro. Estava segura, tinha o teleponto para me ajudar:) Maquilhagem, cabelo na plancha...5 e acção..."Bom dia, sejam bem vindos a mais um infoidiomas português". Foi assim que começei..Enganei me algumas vezes, o normal..meia hora depois estava cá fora..parecia que não tinha sido comigo. apenas uma grande quantidade de maquilhagem me denunciava..quando regressei de metro, quase tinha a sensação que as pessoas me iam reconhecer..uma estrelinha..
Bem a BTV será agora o sitio onde vou poder brilhar nos proximos seis meses..uma semana eu..uma semana a tugazinha (que também brilha muito e bem:))..Barcelona TV, aos sabados e domingos de manha:) "Nos voltamos para a semana com mais novidades lusitanas"*

domingo, 2 de outubro de 2005

Ça me fait réfléchir


Louvain-la-Neuve, a minha pequena vila... é realmente magnífico ver tantos estudantes concentrados num tão pequeno pedaço de terra (acho que nem Coimbra tem este espírito!). As festas são todos os dias e a música ouve-se na rua até às 3 da manhã. Os baptizados universitários fazem-me rir, mas para os caloiros não dá piada nenhuma. Quase todos os baptismos e praxes metem cerveja, senão todos mesmo. E eu, que já estou no último ano do meu curso…fico com uma impressão tão estranha quando penso que ao voltar a Portugal, começarei a última recta para ser licenciada!
Os pensamentos andam todos os dias a deambular na minha cabeça, sobre todo o tipo de assunto: as relações, as amizades, as saudades, a profissão, tudo ganha um contorno mais profundo e importante neste momento. Até agora já consegui chegar a algumas conclusões, que não sei se serão definitivas. Cada vez mais o “fazer” jornalismo se afasta do meu verdadeiro interesse e é nas outras ciências humanas (olhar da sociologia, psicologia, filosofia, antropologia) que encontro interesse, assim como no estudo dos média, no estudo da comunicação e menos nas técnicas de fazer passar determinada informação. Mas este é um processo mental que ainda estou a construir e que vai ser longo antes de saber verdadeiramente o que quero.

*Caricas*

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Turista


Nao me sinto daqui..sinto me turista..vou tentar passar despercebida:) *

sábado, 24 de setembro de 2005

La Mercé

Bem..Barcelona é de facto uma cidade em festa:) Mal cheguei já estou de festa em festa, de rua em rua, de bar em bar..toda la noche...quase que dá para esquecer os 1400 quilometros que me separam daquilo que realmente me faz feliz! Nao dá bem para explicar que tipo de festa é esta..é a festa da cidade..por todo o lado há gente..gente de todas as raças e feitios..seja dia ou seja noite a cidade foi invadida por milhares e milhares de gente, turistas e erasmus que tentam agora aproveitar ao máximo!Vendem-se churros (guloseimas tipicas) e muita mas muita cerveja (aqui o que há mais sao monhes ambulantes de cerveja na mao, a vender latas e latas a noite inteira)..os bares sao na rua..as pessoas bebem na rua e ao final da noite quase de manha as ruas estao cheias de amontoados de gente como nos, mas bebada, muito bebada..
Quando o sol chega..as ruas sao limpas (plo serviço BCNETA) e volta tudo ao normal..gente mais calma..mas muita gente...pelas ruas assistem-se aos correfocs (pontes de fogo) e aos castellens (castelos humanos) e por todo o lado há musica e festa!!! Bem o que poderia querer mais? Festa é o que querem todos os estudantes erasmus..parece me que estou no sitio ideal:)*