quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Boas Festas :)

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Momentos sempre bons

Jantares das migas são:
  • luzes no olhar
  • sorrisos abertos
  • caretas alegres
  • gargalhadas sonoras
  • muahs sinceros
  • mimos carinhosos
  • cumplicidade crescente
  • confidências só nossas
  • partilha de experiências
  • aventuras de menus
  • bacoradas cómicas
  • ...

Digam lá se não são autênticas provas de amizade verdadeira? :)

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Resquícios de tempos idos

Foto: DR
Aqui há dias vi uma criança a brincar com os desenhos da calçada, um dos meus passatempos preferidos quando era pequena. A ideia é só pisar os "pretos" ou só pisar os "brancos" e...pronto, só isso.
Nesse preciso momento fui invadida por uma nostalgia, que me fez recuar no tempo e perfilhar os caminhos da minha infância. Mas nem todas as encruzilhadas assaltaram a memória, porque umas há que nunca apareceram e talvez nunca venham a ver a luz da consciência. Tanto melhor...
A menina ia de mão dada com o pai, um sujeito meio apressado que falava ao telemóvel. Ela saltitava e cantava, descontraída e divertida. Este foi um cenário que retive no primeiro instante e tive pena de não ter uma máquina fotográfica à mão (é assim o desejo insaciável que o ser humano tem de suspender no tempo momentos marcantes, por uma razão ou outra).
A infância é aquele ninho quentinho a que sabe bem voltar e revisitar ao longo da vida. Uma sombra solarenga que nos persegue para todo o lado, em todas as situações. Vezes há que esta deliciosa penugem permanece nas cavernas do inconsciente, adormecida por uma vontade involuntária de não ser conhecida. Eu traço linhas dessas e carrego mantos desses...sei que estão lá, que me aquecem, mas não lhes consigo ver o rosto, a cor, os borbotos ou a textura.
Naquele dia recordei com uma intensidade assustadora a minha infância...soube bem...mas não me esforcei o suficiente para descer mais baixo, mais longe.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

As minhas visões kodak

O sol de Belém batia forte nas pedras frias dos bancos poetas. Eugénio de Andrade não se queixou...nem ele, nem os muros (já gastos) da Torre que, ali imponente, se vangloria desde que foi edificada para as gentes da terra (turistas ou não) e do rio.
O céu alaranjado anunciava um final de tarde esplendoroso, com raios de sol baixinhos e sombras gélidas. Ontem tinha sido um bom dia para nevar. Ou para ir abraçar as flores. Mas tactear o chão da cidade, folheando um livro e observando a linha ténue que separa os azuis do ar e do mar foi também um bom rumo.
As grandes carrinhas paravam em segunda fila e os curiosos desciam as escadas já de máquina fotográfica na mão. O dia estava óptimo para capturar imagens...para roubar momentos ao tempo efémero, incitando a eternidade cosmopolita. Entre a relva meio molhada e o cais da Torre, muitos passaram sem sequer reparar nas palavras que o banco onde me sentava projectava. Eu reparei, li e retive. Os outros, porém, concentravam-se no vasto rio que separa a capital da outra banda; do Cristo Rei lá no alto; ou, tão simplesmente, na miniatura da Torre de Belém.
As mãos enregelaram e os pés arrepiaram-se. Ajeitei o cachecol, fechei o livro e pensei: hoje tinha sido um bom dia para ser partilhado...para ser olhado em conjunto, para ser vivido de mão dada. No fundo, partilhei momentos com o sol, olhei em uníssono com o coração e colei a minha mão ao livro, um companheiro de todas as horas que recheia a alma de palavras e significações. Portanto, ontem foi um bom dia para mim...

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Entre tu e eu

Dou por mim a ouvir aquela música dos Toranja: "Era eu a convencer te que gostas de mim...tu a convenceres me que não é bem assim, era eu tentar descobrir..lalalalala..." e penso: será que estou convencida ou foste tu que me convenceste? na verdade sou eu a convencer me que não é bem assim...e a tentar perceber o meu lado mais fundo, o que existe depois de mim , depois deste 'mim' que criei para um dia poder gostar de dum nós...depois de meia 'vida' dedicada a um nós que nunca existiu, foi levada pela enxurrada de uma paixão que depois do tudo, restou apenas pó..por cima dos armários onde guardei os sentimentos a sete chaves, pó por entre as memórias de uma história escrita a tinta permanente...pó a flutuar plo ar que passa por entre a brecha da porta que ainda deixaste aberta...pó mais pó...e ainda mais pó...é o que tenho entre as mãos, entre os dedos apenas me correm grãos de areia fina....como um contador de tempo, que teima em não parar...para um lado e para o outro como que um vai vém que nunca chegou a parar em lado nenhum. Pó e Areia. Como a areia do deserto que nunca mais acaba e pó como aquele que nos cega quando abrimos os olhos no meio da poeira que se levanta por detrás do oasis.
Passei a fronteira desse oasis, sem sequer me aperceber que para além da miragem existia um 'tu', bem longe da imagem reflectida no espelho que criei. E por entre as malhas de um 'tu' que não era meu fui construindo um eu com sede de ti. Mas a fonte secou, como dizia o fadinho, e desse oasis não restou nem um lugar para contar aquela história. Não ficou nem a areia pelo ar. Não ficaste tu nem eu. Não ficou ninguém do outro lado da miragem para dizer que um dia estivémos lá. Ficou apenas um eu...a convencer te que gostas de mim e um tu a convencer me que não é bem assim. Quebrámos os laços?! Parece me ser a expressão correcta. E estou feliz por causa disso. Um desabafo.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Siempre en mi mente

Entre a saída de casa e a ida para o comboio, a chegada à estação de Entrecampos e a porta do OJE os pensamentos divagam, os planos ganham forma. Alguns ganham todos os dias um molde diferente, outros repetem-se e elucidam-se...Depois do almoço na redacção ou no restaurante da Feira Popular, há sempre tempo para pensar em vocês e:
  • Relembrar o dia em que vos conheci, nas escadas do piso 5 da torre principal da FCSH
  • Sorrir das nossas histórias que tomaram lugar na esplanada da faculdade, no auditório 3 nas aulas de Filmologia, nos corredores entre o departamento de CC e as notas expostas na parede
  • Corar pelos apontamentos escondidos por baixo da mesa na frequência de Filosofia da Comunicação (e tantas outras que só mereciam isso mesmo) e pela partilha de informações preciosas naquelas duas horas e meia de intensa concentração
  • Rir da nossa ida à Covilhã, das experiências que lá vivemos, pessoas que conhecemos, momentos inesquecíveis e irrepetíveis na pensão mais sui generis do País
  • Tremer ao pensar no dia em que tomámos consciência que os nossos sonhos nos iam separar e levar para outras paragens, outras culturas, outros marcos; e depois rir à gargalhada ao ver as nossas fotos e os desabafos revelados nestas páginas brancas (que ficam pretas entretanto) a que chamámos B.A BA do Erasmus, que tanto contam e tanto escondem de uma cumplicidade que transborda os limites do ecrã e das (para nós) ténues fronteiras geográficas
  • Fazer cara de séria perante conversas que nos esgotaram as noites na casa das Olaias
  • Ouvir todos os sussurros abafados por uma amizade que toma a forma de um quadrado, o paladar de um bolo de chocolate, o cheiro a flores do campo e sons místicos de uma música que embala
  • Deitar uma pequena lágrima ao pensar no dia da nossa Bênção das Fitas, a sensação angustiante e extraordinária ao mesmo tempo de chegar ao fim e cortar a meta convosco

Siempre en mi mente...ontem, hoje e amanhã, vocês estão condenadas a ser as minhas recordações, a pairar nos meus planos para os "hojes" e a preencher os meus sonhos futuros. Que tal chicas?

Lisboa, menina e moça, tão linda!

Foto: DR

A vida corre a um ritmo calmo, com poucas peripécias. O tempo faz das suas, entre cheias e dias solarengos, parece que também ele anda indeciso e hesitante. O rebuliço da capital dá-me energia e faz-me sorrir...é giro observar os passos acelerados dos que cedo começam a correr para o trabalho ou para a faculdade ou simplesmente para o comboio.
Os olhares não se entrecruzam, não há tempo, não há espaço, não há vontade. A maior parte marcha de pés firmes (ou nem tanto) a pensar no dia de ontem e no dia que ainda se vai desenrolando pouco a pouco, o de hoje, o de agora.
Os sonhos ficam presos em pensamentos pontuais, em simples expressões oníricas que fazem do rosto um mapa de formas geográficas. Mais a norte, um semblante pesado denota preocupação, as sobrancelhas curvadas, a cabeça erguida...segredos que todos escondem e que, por vezes inconscientemente, demonstram num ligeiro sorriso (ou riso), mais a sul. Identidades reveladas de almas que deambulam nos céus da cidade.
O pássaro esvoaça, mas ninguém nota... é assim a cidade.
É assim a atmosfera cosmopolita dos grandes centros urbanos, onde cada recanto conta uma história, emite um som e apresenta tons amarelados, gastos dos olhares indiscretos de curiosos como eu. Sete colinas, cem paisagens, mil e um transeuntes...é assim Lisboa.
É assim o tempo alfacinha, o espaço da capital: centro daquela indiferença gostosa, da alienação egoísta de gente que gosta de morar longe em pensamento.
O bom é estar no meio de tudo e todos, sem nunca estar lá efectivamente. O bom é dizer "olá" a murmurar para ninguém ouvir. O bom é caminhar pelas ruas, voando...
Lisboa é uma menina (moça), que oferece um mundo que pode ser só meu, só teu, só nosso...tão linda!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Um apontamento...

Falta só acrescentar a estes último relato..que fez falta a nossa Xoriçita...que apesar de não estar fisicamente esteve sempre connosco...estava a trabalhar na altura. Meia atrapalhada com o fim do estágio, é verdade. Meia calada, bastante até.
Mas a boa notícia chegou depressa e a nossa xoriça lá arranjou um trabalhito à maneira!Barcos?! sim..parece me bem, muito bem até...
Foi pena ela não ter ido connosco, é pena não estarmos mais vezes juntas...para partilhar os nossos segredos, que nesta altura devem ser mais que nunca (não é meninas?)...parece que estamos a cair na rotina..não pode ser de maneira nenhuma! A vida está a dar as voltas que tem que dar, não nos podemos deixar arrastar por ela e deixar que o tempo apague o que temos de bom!
Toca a marcar mais um jantar, melhor e mais animado que o último! Destino: Nepalês?
Kikas marca - Xoriça dá noticias - Nês, 'bora!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Pah (migas), é pa smp!



Cá estamos nós, juntas novamente... Desta vez no Porto...
Esta viagem deu-me um pouco da magia desta cidade que mistura o antigo com o moderno, com gente simpática e aberta e sem qualquer cerimónia nas palavras. :) Deu-me também (mais uma) confirmação da grande amizade que partilham estas três turistas...
A viagem de ida foi uma animação total, com cantoria desenfreada pa confirmar o espírito de turistas alegres cheias de vontade de conhecer mais e de muita diversão.
Uma trocas no caminho e lá fomos parar ao Freixo... Umas indicações manhosas: "ri tinto", tá a ver aquele biaduto menina? é smp em frente, num vira!", "segue pa circunbalação"... =p
Chega o nosso guia =) e seguimos pa nossa casa de fim de semana...
Sábado foi dia de passear e conhecer o coração do Porto, as ruas que lembram a Baixa, onde se vê de tudo, as ruelas estreitinhas onde os prédios têm as fachadas envelhecidas, a Praça da Liberdade, a livraria antiga, o tabuleiro da ponte de onde se vê o tradicional do Porto e o moderno de Gaia... A tardinha foi de compras produtivas...
Tive direito a música só pa mim e a um dançarino pequenino mas cheio de energia...=)
À noite o Porto tem um encanto ainda maior, as luzes no rio são uma imagem pa recordar... E a nossa noite foi de francesinha (um abuso) e de saída... Lá fomos pa Vogue, onde entrámos à grande (ter bons conhecimentos é o que dá... eheh), onde dançámos até n poder mais, em boa companhia, e onde vimos um live act cheio de significado...
Domingo foi dia de jardins bonitos e lanche com direito a brownie...=)
Despedidas feitas iniciou-se mais uma viagem das amigas... Fica a vontade de voltar e (mais uma vez) vi que "pah, é pa smp!" =D

AMIGAS?!?


Amigas...isto é uma chamada de atenção...não me digam que vão deixar este blog entregue nas mãos de uma estrelinha dita funcionária pública e deixar que os demais pensem que este blog morreu...?

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Por (to) das (amigas!!!)


Sim...finalmente fomos ao Porto, numa sexta-feira, dita calma para uns e dificil para outros...Desde o SEF até ao OJE foi uma jornada só...fila na paragem do autocarro, o telefone a tocar sem parar (ainda o trabalho), um trânsito interminável e como se não bastasse o saco para arrumar. Do outro lado da linha, a Caricas estava despaxada...no fundo da rua, a Branca de Neve com as coisas a meio gás e a Estrelinha a querer pelo menos chegar a casa...
Malas à porta de casa, expulsas pela vontade de conhecer uma cidade nova, pegamos no "boguinhas" da Caricas e fomos apanhá-la. Trocamos os assentos e pusémo-nos em marcha. O Rádio tocava por entre o ruido dos demais, e o som soava por entre as luzes dos carros que teimavam em não avançar...A Ms. DJ ia trocando as voltas ao cantorio das meninas...entre desabafos e teorias, o tempo is passando...PORTO 196 KM...a meio caminho quase...Próxima paragem, já depois de os Da Weasel e a Gloria Stephan nos terem feito companhia: Mealhada...Hora do PANADO!!! Foi uma pausa necessária...a estrada parecia não mais acabar, e os traços no asfalto eram como uma linha a seguir...PORTO...finalmente...O Rio, as luzes de uma cidade que não é nossa...o sotaque estranho das gentes...o frio...um toque para dizer que já chegámos :)
O ambiente estava bom :) afinal os ânimos tinham-se levantado e as teorias, que já julgamos ultrapassadas, voltam a aplicar-se...Uma cama improvisada foi o melhor final de noite. O dia tinha sido cansativo e a mudança de ares exigia um período de adaptação.
Sábado pela manhã...depois de o trânsito nos passar à frente...estacionámos no centro da cidade...As montras da Rua Catarina reflectiam os nossos rostos contentes e vencidos por aquele sol que teimava romper pelas paredes frias. As ruas, trilhos citadinos, cobriam-se de gente estranha, por entoações vibrantes e gestos repentinos. Os azulejos a cobrir as fachadas, azuis, verdes, nas janelas daquele sitio outrora habitado. Torre dos Clérigos, escondida pelas marcas do moderno, a Livraria Lello & Irmão, entre livros e aroma a passado...e toda uma cidade onde as memórias emergem da negra calçada...
Ao cair da noite, a francesinha, numa amálgama de sabores, de segredo bem mantido, com um tango e em boa companhia...O Hélder juntou-se às turistas...
Depois de um pequeno passeio pela zona ribeirinha, a paragem foi: Vogue. A noite prolongou-se...o música subiu de tom e às memórias (de um segredo)...ao ritmo do DJ fomos recordando "coreografias" que temos vindo a criar nos tempos de euforia...Lembrá-mos a Xoriça (fizeste falta).
O amanhecer chegou com a maresia envolta de sono e pensamentos infortúnios...os momentos entre a almofada e os sonhos foram breves...serralves...esperava-nos. Dia bonito, gente bonita...a viagem estava a chegar ao fim. Almoço tranquilo...entre uma curta visita à pepe jeans lá do sitio ;)
VCI, VCI, VCI...foi o nosso último passo...de regresso a Lisboa...Balanço?!? mais que positivo. Eu e a Caricas recuperamos as energias e a Branca de Neve estava feliz da vida. Cumprimos a nossa missão: onde quer que vamos, para o que formos, o mais importante sempre é fazer-nos sorrir e rir..rir...muito..Por (to) das amigas!!!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006


"Não há nada como deixar o tempo passar e ouvir que murmúrios da saudade nos sussurra o coração. A vida é surpreendentemente corajosa. Tenho a certeza..."
(em jeito de conselho a alguém que viu mudar o rumo de um sonho)

Então é assim...

(Por Daweasel)


Tás a sentir
Uma página de história
Um pedaço da tua glória
Que vai passar breve memória
Tamos no pico do verão mas chove
Por todo o lado
Levo uma de cada
Já tou bem aviado
Cuspo directo no caderno
Rimas saídas do inferno
Que passei à tua pala
Num tempo que pareceu eterno
Tou de cara lavada
Tenho a casa arrumada
Lembrança apagada
Duma vida quase lixada
Passeio na praia
Atacado pelos clones
São tantos iguais
Sem contar com os silicones
Olho para o céu
Mas toda a gente foi de férias
Apetece-me gritar
Até rebentar as artérias



(Respiro fundo)
E lembro-me da força
(Guardo dentro do meu corpo)
Espero que ela ouça
Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
Até que um dia acordei
E vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
A vontade de gritar bem alto:
"O MEU AMOR MORREU"
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir
Flashback instantâneo
Prazer momentâneo
Penso e digo até
Que bate duro
No meu crânio
Toda a dor
Toda a raiva
Todo o ciúme
Toda a luta
Toda a mágoa e pesar
Toda a lágrima enxuga
Odiando como posso
Não posso encher a cabeça
Não há dinheiro
Nem vontade
Ou amor que o mereça
Não vou pensar de novo,
Vou-me pôr novo
Neste dia novo
Estreio um coração novo
Visto-me de branco
Bem alegre no meu luto
Saio para a rua
Mais contente que um puto
Acredita que custou
Mas finalmente passou
No final do dia
Foi só isto que restou

Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
Até que um dia acordei
E vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
A vontade de gritar bem alto:
"O MEU AMOR MORREU"
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir


Vai haver um outro alguém
Que me ame e trate bem
Vai haver um outro alguém
Que me ouça também
Vai haver um outro alguém
Que faça valer a pena
Vai haver um outro alguém
Que me cante este poema"

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Nova etapa...

Ausentei me... mas voltei.
As aulas já acabaram... e com elas inevitavelmente se foi a vida académica... Se sinto falta da faculdade? Do que lá construí e vivi sim, sem dúvida... Já n há aulas malucas em q n se percebe metade, coisa que se na altura me irritava e que hoje até lembro com um sorriso, já n temos os lanches e as aulas passadas no bar, já n há horário cm se quer... e (o que mais me faz falta) já n estamos todos juntos com a msm facilidade... Mas é msm assim... as ligações tornam se mais complicadas de manter da msm forma... mas as verdadeiras subsistem e continuam a ser aprofundadas...qto mais não seja com um "olaaa" no messenger, uma msg ou um telefonema... um almoço de vez em qdo ou (pas migas) um jantar mais especial todos os meses...
Estou numa nova etapa da vida... o estágio. Aqueles meses de trabalho não remunerado necessários para acabar o curso e onde esperamos sempre (pelo menos) aprender a fazer as coisas para as quais estudámos mas em que não temos prática alguma...
Estou numa agência de comunicação. Lembro me dos primeiros dias... nervosa e "deslocada" era cm me sentia, apesar de ter sido recebida com enorme simpatia... com o passar dos dias fui conhecendo um bocadinho de cada uma delas e hoje, passados quase dois meses de estágio, sinto me bastante bem lá... O trabalho nem sempre é aliciante mas é trabalho... O ambiente é (quase) sempre óptimo, o que faz com q n se perca a vontade de ir todos os dias direita ao marquês de pombal.
Com o tempo de estágio ganhei estabilidade, sinto me mais tranquila e mais integrada na agência... Mas por outro lado, à medida q o estágio se vai aproximando do fim, aumenta a incerteza daquilo q será o pós-estágio...
Brevemente o veremos...

Nobody said it was easy...

Come up to meet you, Tell you I’m sorry, You don’t know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you, Tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions,
Aww let’s go back to the start
Runnin’ in circles, [sounds like] Comin’ our tails, Heads on the science apart

Nobody said it was easy
It’s such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Aww take me back to the start

I was just guessin’, At numbers and figures, Pullin’ the puzzles apart
Questions of science, Science and progress, Do not speak as loud as my heart
Tell me you love me, Come back to haunt me, Oh when I rush to the start
Runnin’ in circles, [sounds like] Chasin’ our tails,
Comin’ back as we are said it was easy

Aww It’s such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I’m goin’ back to the start

Coldplay, The Scientist

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

10 Apontamentos


1. Sinto-me a meias comigo mesma, sinto-me aqui como se estivesse aí, sinto-me atrás como quem está à frente...sinto-me vazia.plena de saudade.vazia.
2. O trabalho dignifica, dizem. Trabalho. Das 9h00 às 5h30,6h30,7h30.São raras as vezes.Se gosto?talvez.
3. A faculdade.Pessoas interessantes?Sim.Parece-me um cenário novo.Os mesmos locais a serem ocupados por gente que não é a minha.O curso de francês?não quero,mas tem de ser.
4. Em casa. A familia vai bem.A 2ª familia melhor ainda.Gostamos muito uns dos outros."Como te correu o dia hoje?", "Jantas connosco?", "Onde foste?"...
5. Os amigos. São muitos e mantêm-se.Os laços afrouxaram, claro. Os tempos e as prioridades são outros. Mas continuamos a pisar os mesmos trilhos. É bom saber.
6. Amores. Sem eles. Melhor assim. Melhor para ti, melhor para mim, melhor para o coração.
7. Desamores. Existem. Existe(s).
8. Desafios.Sim.Depois das fronteiras da minha imaginação. Quero estar bem longe, quero sair daqui e de ti. A longo ou a curto prazo? agora.
9. Saudade. Sobretudo, de mim.
10. Mãos cerradas, pensamentos entre a almofada. Se somos um ou dois, já não faz sentido essa pergunta. Eu já não sou eu. Sou eu, menos tu...hhuuumm...Não sei se isso significa eu pela metade ou eu só comigo mesma.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Encontrei algo que me define:


"...A tempestade deixou de soprar tão forte, tornou-se brisa e abrandou com surpreendente rapidez, agora simples aragem quente e doce na planície modorrenta do quotidiano..." (SANTOS, José Rodrigues dos, Codex 632)

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Jantar "Sexo e a Cidade"


Calma meninas, não vou contar aqui os nossos mais pequenos e intimos segredos revelados nestes maravilhosos jantares. Isso ficará sempre guardado na nossa caixinha sem fundo, onde cabe o mais valioso do universo da nossa amizade...
Queria dizer-vos que os momentos que partilhamos nestes jantares são tão poderosos e revigorantes que é impossível esquecê-los. Se mantivermos este dia sagrado do jantar das amigas, a vida será sempre mais colorida e alegre...tenho a certeza!
São estes pequenos nadas, cheios de tudo o que trazemos connosco que nos farão sorrir - e rir a bom rir - sempre!

Obrigado por ontem me terem mostrado de novo que o silêncio dos olhares e as insignificâncias das frases tontas valem tanto ou mais que uma vida de sol. A vocês quero-vos todos os dias no meu caminho....
Um beijo do tamanho da Lua tão brilhante a anos-luz como uma Estrela, carregado de pureza de neve *MUUUA*
adr-vs

Signos de uma mente atordoada

Agora de contrato na mão e com um olhar diferente sobre a vida e o mundo, caminho meio perdida para lugares certos (mas não certeiros). Em tons escuros, mas também fluorescentes, vou pé ante pé até junto de novos desafios, rostos, texturas.

E no meio de sufocos angustiantes, redescubro-me na essência de um olhar frio e doloroso, interrompido por brechas de raios quentes e bem temperados. Vou lá longe às profundezas de um sítio abandonado à muito e trago lentamente pirilampos de alegria esquecidos. Sou benvinda.
Agora pinto a minha vida um dia de cada vez, para não atropelar os sonhos e planos uma vez desejados. Tenho o cuidado de não desviar a atenção para o coração, porque tenho medo de escorregar nas feridas recentes tão impossíveis de sarar. Falta-me aquele cadeado gigante para fechar a 7 chaves a imensidão de recordações num cofre-tesouro. E depois a força para mover todo um presente e futuro, para as teias do passado. A saudade dá luta...num combate para a vida toda!
Ponto final.
As ideias não conseguem organizar-se sem ser em metáforas...

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Ainda cá estamos...

Estrelinha & Betty Boop & Branca de Neve

Intocável


...Depois das mudanças...parece que os desabafos já não têem lugar...
O tempo passa a correr e no meio daquilo a que agora chamo "trabalho", já não paira uma vontade de pensar no que se tem passado por mim nestes últimos dias.
Dou comigo a pensar que não foi uma escolha certa. Depois penso nas vantagens e digo bem alto, mas sem ninguém ouvir: "claro que foi!"...depois recordo o OJE e entristeço-me com as saudades...mais tarde, quando a noite parece não querer cair, sonho com aquela vida...que um dia pintei nma tela, agora rasgada pela realidade...e durante os sonhos, desacredito-me..
Cheia de desejos escondidos nos baú do coração, tento não vasculhar muito para não me surpreender...não quero descobrir folhas de amizade rasgadas, rascunhos de amor amachucados, restos de laços mal apanhados, nem pó por cima das recordações mais bem guardadas...que o tempo tem ajudado a catalogar com as categorias mais estranhas até agora encontradas.
Vou deixar tudo como está...intocável, indizível...xxiiuu...ninguém mexe no meu baú.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Renúncia aos prazeres

Mudei de vida...sim do OJE, a minha quarta "familia" nos últimos três meses, mudei para um outro mundo que estou a descobrir aos poucos...Fechei a porta do OJE numa quinta-feira, quase com a lágrima lá bem no cantinho e na segunda-feira, dia 28, já ca estava...No próximo ano prevêm-se mudanças de 340º na minha vida...um ordenado, uma instituição, um novo objectivo e acima de tudo um desvio de rumo. Para onde vou? ainda não sei bem..sei que estou aqui, meia contente descontente por deixado o meu menino OJE e aquela equipa tão quase mais fantástica que o próprio OJE em si...foi uma sensação optima de missão cumprida, isso é verdade...sai com a ideia de que fiz o que me tinha comprometido, trouxe comigo um baú cheio de pequenos nadas..uns pos de pirilimpimpim que me ajudaram a ganhar força...uma boa dose de paciência e auto controlo..e ainda um toque especial na minha ja nata curiosidade..ganhei também um novo gosto, a economia, que passei a tratar por "Srª economia". Por ela passam, bem mais coisas do que aquelas que nos julgamos...
Deixei o OJE n'ontem...e àquelas pessoas tenho um sorriso especial a dar...sem ressentimentos, la disse: "vou me embora malta..."
Agora ainda bem levada pela ilusao de que vou ter uma vida estavel, tento enganar me, é verdade, estou contente sim, mas por enquanto com algumas reticências, afinal andei quatro anos da minha vida (quer dizer 3 e meio) a pensar que queria ser jornalista, depois no meio ano que passou descobri que queria realizar um filme, montar produções e ate quem sabe mudar para o pais de nostros germas (en catala). Nos ultimos meses, o OJE mudou me o sonho e regressei as origens, entre o PC e a criatividade limitada pelas quatro paredes de uma redacção de um diário, pensei ainda voar mais alto e dedicar me a ser empregada de mesa a bordo, e agora aqui estou eu, no backoffice de uma das instituções mais conceituadas do país (O ...a minha colega disse me p nao revelar) a lidar de minuto a minuto com o que nos chega do lado de la da fronteira...
Será que foi uma renúncia aos prazeres?

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Mudança de vida

..às vezes a felicidade não é só fazer aquilo que gostamos...mas também apostar nas escolhas certas...

terça-feira, 11 de julho de 2006

Orgulho de OJE

Foto: Marco Maurício
Aqui está parte da equipa do OJE
e, como podem ver,
estamos todos muito orgulhosos
com o OJE nº1
(ainda quentinho) nas mãos...

domingo, 9 de julho de 2006

Nova vida...novos momentos (ainda Estágio)


O Erasmus já lá vai e com o fim da faculdade, novos dias nasceram para mim.
A sensação de acabar a licenciatura não é tão extraordinária quanto imaginei (no pouco que pensei nisso), mas não deixa de ser gratificante. Expectante e nostálgica, serão duas palavras indicadas para descrever o meu estado de espírito no dia em que me apercebi que era a sério, que a faculdade iria fazer parte do passado.
Um futuro batia à porta, mais próximo do que nunca. Mais uma decisão importante, mais sensações a borbulhar à flor da pele...e no fundo do coração.
Foi quase instantânea e curta demais a altura em que surgiu esta oportunidade de vir trabalhar para um jornal. Assim que saí da entrevista, sabia que queria aceitar. Tinha sede de aprender, não as coisas que vêm nos livros, mas instrumentos de trabalho. Tinha vontade de avançar, dar mais um passo. Por isso, antes de dizer que sim à oportunidade, já o meu coração batia pela ansiedade de começar. Era um desafio: um jornal de economia e negócios era o último lugar onde me veria a trabalhar e, no entanto, arrisquei com a certeza de que não me iria arrepender. Foi quase de impulso... uma espécie de chamamento de uma vontade interior que não conhecia bem em mim. Senti que tinha de avançar neste sentido porque também nesta profissão (e nesta altura do campeonato - estágio) tudo é benvindo!E estagiar num projecto de está a dar os primeiros passos é bom!
Já lá vão quase dois meses de estágio. Uma aventura em tudo diferente da do Erasmus, mas com uma certa dose de adrenalina semelhante...é novo...estou sozinha (e ao mesmo tempo não, a Ana acompanha-me)...é desafiante...motiva-me...faz-me crescer...é o primeiro passo para a minha independência!
A redacção é acolhedora e as pessoas também. O ambiente é calmo e atarefado ao mesmo tempo. Todos sabem o que fazer (menos nós, as estagiárias, que ainda precisamos de um empurrão). Director, chefe de redacção, administração, jornalistas, paginadores, fotógrafo...é vocabulário mais do que presente no meu dia-a-dia. Porém, esses tornaram-se, depressa, nomes que já pronuncio com à vontade e carinho: Álvaro, João, Margarida, Norinha, Armanda, Milena, Isabel, Pedro, Luís, Martinha, Maria, Paulo, Marco. E o mais giro é que há Luzes (Sol) que me acompanham...e continuam a fazer tanto sentido assim, ao pé de mim!!
Todos eles fazem parte do meu mundo. E eu faço parte da equipa.
Nesta nova fase, cumpro um objectivo muito específico: aprender a ser jornalista, aprender a gíria, o estilo, os dramas, os orgulhos, o poder, a gratificação, o prazer...de estar onde (sempre!?) quis! É bom...
Bem, agora deixo de lado as "aulas", os "furos", as "tardes livres", os "exames" e agarro as "horas extras", os "dias de trabalho", o "cansaço", os "takes da lusa", os "sábados livres".
Entro numa nova vida...misturada com novos momentos. Ainda é só o estágio...dia 15 de Agosto saberei se esta será a minha primeira "casa"...o meu primeiro emprego como jornalista!

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Entreguei hoje o meu último trabalho... não só do ano como do curso... espero pelas notas para fazer um balanço destes quatro anos... um balanço curricular, pq para fazer um balanço integral desta etapa não me chegam as notas, nem de perto nem de longe... e agora penso "acabei a faculdade! estou a um passo de ser uma licenciada!" não sei se chore se ria, acho que é verdadeiramente um "contentamento descontente", nas palavras do poeta... por mais feliz q esteja por ter conseguido (quer dizer, acho q consegui... a ver vamos) aquilo a que me propus quando vim pa lx, não consigo deixar de sentir tristeza. Ai... tanta coisa me vem à memória, tantas coisas boas... cresci nestes 4 anos, ri mto sem dúvida... até as cabeçadas q dei são importantes pa mim pq tudo o q custa mto faz-nos aprender ainda mais.
Mas sabem uma coisa? é bom saber que há coisas e pessoas q se mantêm de uma etapa pa outra... essas são as que valem msm a pena!
Agora vou pa férias... em setembro vou po meu estágio... e tenho de me mentalizar que agora vou passar a ter um horário de "gente grande"... sim pq horário de faculdade só serve pa desabituar de horários normais do sistema... ter aulas no máximo 4 dias por semana e pa aí c duas aulas em cada dia (e às vezes nem isso) só desprepara pa vida de gente crescida! eheheheh
Enfim, um novo desafio numa nova etapa... ele espera-me e eu espero por ele...
Os dias no Oje dão para sorrir...principalmente às 9h da noite..quando o Oje já é ontem...e podemos ir para casa com a sensação de uma missão mais do que "comprida"...
As caras lindas do OJE

quinta-feira, 29 de junho de 2006

OJE SAI AMANHÃ

Media: Novo diário de economia OJE sai sexta-feira e custará 1 cêntimo

Lisboa, 29 Jun (Lusa) - O novo diário de economia OJE vai começar a ser publicado sexta-feira, 30 de Junho, e custará 1 cêntimo por exemplar, anunciaram hoje os promotores do projecto.
O OJE será vendido apenas por assinatura a empresas e particulares e terá uma primeira edição de 16 mil exemplares.
Os promotores do jornal tinham fixado como meta angariarem um mínimo de 10 mil assinaturas antes do lançamento.
Tiago Cortez, administrador-delegado da Megafin, a sociedade editora do jornal, disse hoje que o OJE já angariou cerca de 11 mil assinaturas de 140 entidades.
"Continuamos a fechar contratos. Temos a noção de que ainda há muito mercado para contactar", afirmou.
O valor anual de cada assinatura será de 2 euros para as empresas que satisfazem os critérios de distribuição e custará o mesmo para os particulares, mas acrescido de portes de envio.
Os restantes cerca de 5 mil exemplares da primeira edição do Oje que serão impressos além das assinaturas vão ser distribuídos gratuitamente como acção de promoção de lançamento do título.
"Vamos ter algumas ofertas do jornal como acção de lançamento, mas apenas em locais escolhidos [onde se concentram empresas potenciais clientes]", explicou Tiago Cortez.
O jornal será distribuído, inicialmente, apenas na região de Lisboa, com recurso a uma frota de quatro carros próprios, prevendo-se para o futuro a distribuição na região do Porto.
"Quando estivermos confortáveis em Lisboa, vamos pensar no Porto a sério", disse Cortez.
O OJE terá um formato tablóide e edições de 24 páginas impressas totalmente a cores, na gráfica Mirandela, em Lisboa.
O modelo gráfico da primeira página será dominado por uma cabeça onde se inscreve o nome do jornal em letras brancas numa barra de cor azul que continua o plano para a última página.
Editorialmente, o OJE pretende diferenciar-se por apostar em notícias curtas de economia, numa linguagem descodificada, e por dar atenção à informação desportiva, que será também alvo de destaque, ocupando a última página, "que funcionará quase como uma segunda primeira página", explicou o director do jornal, Álvaro Mendonça, a 8 de Junho.
O projecto tem como parceiro o diário económico londrino gratuito City AM.
O líder do segmento dos diários de economia em Portugal é o Diário Económico, que aumentou a circulação paga em 7,3 por cento no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2004, para uma média de 10.172 exemplares, segundo os dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragens (APCT).
O outro título do mesmo segmento, o Jornal de Negócios, registou uma quebra de 24,5 por cento, para uma média de 6.821 exemplares, no mesmo período.
Lusa/Fim

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Estrelinha & Betty Boop OJE (e sempre)

Foto: Marco Maurício
Para quem não sabe a Estrelinha e a Betty Boop estão no OJE desde o dia em que tirámos esta última foto...dia 15 de Maio - aniversário da caricas...O OJE é o novo jornal de economia diário a sair na grande Lisboa, por assinatura das várias empresas. Viemos aqui parar com a ajuda de um anjo..a catarina...que nos enviou o curriculo para "Álvaro Mendonça".
Fomos a entrevista, com algum receio...viemos e ficamos, depois de uma entrevista de "cassete" na SIC...Começámos com trabalho zero...dolce fare niente...no meio de exames e prazos para cumprir...Desde 15 de Maio a nossa vida mudou: inscrevemo-nos na segurança social, a passar recibos verdes, como "JORNALISTAS-REPÓRTER"...um passo gigante depois de quatro anos de estudo entre as paredes da FCSH...
A partir desse dia a nossa vida faz-se entre o Campo Pequeno e o edificio da Interforma em Entrecampos...Todos os dias palmeamos a Av. da Republica, debaixo dos pingos de ar condicionado, que não conseguimos evitar.
Somos estagiárias do OJE....para o bem e para o mal...de facto estamos a aprender imenso aqui nesta redacção...mas há momentos dificies...aprendemos sobretudo a ter paciência:) Os primeiros dias foram um teste, o choque de estar a trabalhar sem poder fazer nada...(h)oje as coisas são diferentes e o OJE está quase a sair...a dar os primeiros passos no mercado. E nós participamos no processo de aprendizagem deste nosso pequeno.
O dia está a acabar...são quase nove da noite...e a redacção está (relativamente) calma: acabam-se as centrais, o lifestyle está pronto desde manhã, o desporto está a caminho dos templates, a paginação está a bombar, o fotógrafo a espera que caiam as fotos e o director acabou de se levantar e bater com a mão na mesa...e onde ficam as estagiárias (A estrelinha, a Betty Boop e a Martinha) no meio de tanta papelada?
AS ESTAGIÁRIAS ESTÃO LÁ...Á ESPERA QUE O OJE SEJA AMANHÃ

sábado, 27 de maio de 2006

Obrigado


Amigas? humm...não. É uma outra palavra que ainda não criaram...tenho pena de quem não possa sentir-se assim. Só posso ficar feliz e dizer que não só sou uma grande sortuda, como uma grande priveligiada tendo-vos por perto.
Vocês entendem-me, né?
muas muas pa todas

E no fim...



Juntas...juntas...juntas...
Sempre juntas e para sempre juntas!
ad*r*-v*s

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Obrigada caricas :)

TU dás um toque especial à minha vida!

segunda-feira, 1 de maio de 2006

...Especial!

Hoje é um dia especial.
Ou seja, é um dia que está marcado na minha agenda com uma letra especial e numa página especial. A caneta é especial...e a maneira como leio o que tenho a fazer neste dia é deveras muito especial.
Fazes anos!
Hoje é um dia especial porque tu és especial. A forma como te conheci e o momento em que me conheceste foram sem dúvidas especiais. Um dia disseste-me que "na vida temos de fazer escolhas e que tu me escolheste a mim", mas esqueceste-te de dizer que ao escolheres-me, seria como um feitiço especial que faz com que as pessoas se "encantem" contigo de uma forma muito, muito especial.
Porquê?
Porque o teu riso é especial e o teu sorriso tem luzes...e é muito especial. A maneira como falas é especial, o teu cabelo é especial, os teus olhos são castanhos e diferentes...e especiais! A tua amizade é especial, assim como a tua ajuda, o teu companheirismo, o teu carinho, a tua vontade de...tudo! Como heide explicar-te!? Hummm...tens algo de...ESPECIAL !!!
És o meu Sol especial, a Estrelinha de todos especial...a Luzinhas que faz com que dias como estes sejam super, mega especiais!
Hoje é um dia especial...porque tu és ESPECIAL!
Adoro-te, sabias? Assim...de uma forma...hummm...como direi....ESPECIAL!?
:)
Aahhh...é verdade: Parabéns...especiais...

A tua

Caricas

domingo, 26 de março de 2006

O regresso do erasmus...

Regresso…palavra tão difícil de dizer…regressei para ficar, desta vez não há viagem de volta a Barcelona…para detrás deixei toda uma vida erasmus que iguelmente se torna difícil de descrever..festas? borga? amigos diferentes? uma nova língua? uma nova cultura? Nenhuma destas questões responde a pergunta: o que foi o meu erasmus? Foi tudo isto e muito mais…ali na cidade das cidades passei um dos meus maiores desafios…o desafio de querer ir e o desafio de querer voltar…muitos foram os instantes em que me apeteceu dizer “quero voltar”, mas depressa eram apagados por aquilo a que muitos chamam o espírito erasmita…foi de facto uma experiência muito alem das expectativas…mesmo sabendo à partida que era ali que eu queria estar, ali entre aquelas ruas gigantes, entre aquelas pessoas tão peculiares, ali naquela faculdade a aprender o muito que já devia ter aprendido.
Agora, aterrada de novo na FCSH, em Lisboa, em Minde, com a minha gente sinto que finalmente chegou a hora de completar o puzzle que comecei a fazer à 6 meses atrás…agora que já levo na bagagem todo um mundo erasmus, quando me sento de novo na minha casa, com as minhas coisas, sinto que nada me falta…porque o que trouxe do erasmus foi de certeza um toque de magia à minha vida dita normal…sinto me agora mais cheia (em todos os sentidos J ) e talvez por isso ainda não sinta as saudades que toda a gente diz sentir. Muitas são as coisas e as pessoas que me fazem falta e isso, sem dúvida, faz me pensar nos mil e um laços que atei em Barcelona.
A casa, as minhas coisas, o ritmo alucinante, a adrenalina e muitas outras coisas que vivi ali deixaram um vazio que aqui em Portugal não é recuperável…assim como todas aquelas pessoas com quem me cruzei e que desejei trazê-las comigo: a Thais (a minha catalã favorita), a Cristina (a brasileira-suiça mais legal que encontrei), o Alfredo (companheiro para todos os momentos), a Belén (madrilena de coração), o Gioggi e a Maria josé, o David, o Mark e todos os catalães que me apoiaram na Pompeu, o Benny, o Gregor, o Patrick, o Oriol, o Julian, a Ana, o Dominic, o Gerard, bla bla bla…as pessoas que caminharam comigo nesta viagem erasmus foram imensas e por isso torna se difícil lembrar todas…Tenho a sorte, apesar de tudo, te ter aqui em Portugal alguns daqueles que tornaram o meu erasmus mais colorido…a minha Vânia (de sempre), a Marta, a Mariana, a Madalena, a Filipinha, o Fred…com quem espero poder rir, chorar e recordar todos os momentos em Barcelona, sentados numa mesa do típico café português… Sim, fiz amigos…mais do que isso criei amizades e todo um circulo de experiências partilhadas que nunca vou esquecer…
Vou ter saudades das festas de piso, das sessões de CSI com as minhas meninas, dos longos passeios com o meu brazuca, das tardes na praia, das sessões de fotos erasmus, dos passeios pela Catalunha, das noites de cinema caseiro, das tardes passadas no bunker da Pompeu, dos trabalhos de grupo no Boémio, das descobertas a cada dia, das escapadinhas às escadas, dos passeios sem rumo, das noites intermináveis, do som das mil e uma línguas, das manias da Tona e de uma cidade que já considero minha…vou ter saudades sim...
Mas em tom de graça, ficam recordações de frases e pensamentos que nunca vou esquecer:
“Amics i amicas os parlará la platja”
“I don´t like this shit”
“Voy hacer un pis”
“Estic flipant tia”
“Tinc Tinc!!!”
“Los hombres huelan.”
“El Nobel em fa cagar”
“Ana, escreve pra mim…”
“Aí, alguém soltou um pum”

De certeza que vos vou lembrar sempre com um sorriso…

quinta-feira, 2 de março de 2006

Vocês :)

Bem...parece que o erasmus se está a acabar...um mundo novo cheio de novas experiências e novas sensações, como já explicámos 1001 vezes tem os dias contados...a carolina trouxe de Louvain-la-Neuve uma mão cheia de estrelinhas brilhantes, nascidas num céu tão peculiar como aquele que construimos juntas um dia num sonho chamado "Erasmus"...a inês encontrou em bilbao uma força que achava não existir e um cantinho no meio de uma amálgama de sentimentos contraditórios..e o seu "vou ou não vou" deu lugar a um "Fui" com F maiúsculo...

Eu ainda estou a espera de mais alguns dias para poder dizer o que ganhei porque por enquanto ainda posso dizer que estou a ganhar...a ganhar força para deixar esta cidade que me acolheu nestes ultimos meses e a cidade que acolhi desde a primeira vez que estive aqui...
Aqui encontrei o significado da verdadeira sensação de "falta"...falta de ti, de vocês, de mim e de tudo...muitas coisas conseguiram disfarçar esse vazio, muitas pessoas conseguiram fazer me esquecer o que me fazia falta...as minhas chicas cá de casa e as visitas mais do que desejadas de pessoas mais do que especiais, a inês, o alexandre, a carolina, a diana, e agora o meu pai, todos me trouxeram um bocadinho de um sorriso que julgava ter perdido...
Neste momento ainda não fechei a loja para fazer o balanço, mas já posso com certeza fazer um relatório mais ou menos fidedigno "daquilo" de que senti mais falta:
  • Da minha mãe e do seu sorriso
  • Do meu pai e dos seus "toma cuidado"
  • Da minha avó jaquina e das suas manias de "avó do século 21"
  • Da minha Janeca, e das suas 3horas em frente ao espelho
  • Do meu 92-12-EX, tuning, e das minhas mil e uma voltas diárias
  • Do meu jaime e do seu mau feitio
  • Do meu avô antónio e as suas teorias
  • Da minha avó raquel e dos seus "ai filha..."
  • Da minha milinha, sem palavras...que saudades avó!
  • De toda a minha familia claro!!! (TODOS)
  • Da minha tia alfacinha, da prima das teorias e do padrinho tornado tio
  • e...em especial...da minha canina mariana
  • Do meu de sempre e para sempre Xandre
  • Dos fãs incondicionais do café da Martinela e do Triplex
  • Da minha nês e o seu "ai tou tão cheia"
  • Dos pais da Inês (garota e mário)
  • Da Vina e do Torres..da Sandra e o seu novo rebento
  • Da kikas e do seu "vá miga!"
  • Da Laura e os seus caracois
  • Da dupla lopes&esteves
  • Da minha Marinha sempre lá
  • Da Tuna Neolissipo (que saudades...rei e seus discipulos)
  • Do Camarada
  • Da Lena e da Carlota
  • De toda a gente da FCSH (sem excepção...até do cascais!)
  • De todos os meus ninos da JUFRA
  • De todos os mindricos...frade,mokanina,manha,zé e celinha (lol)
  • Da Liliana e do Luis
  • Da minha pulguinha
  • Do Sr. Jorge (ehehehe)
  • Do Romeu e o atum
  • Do pepa e do tony carreira
  • Do Amigo giro e as suas calças giras
  • Da Nokas e a sua bata de enfermeira
  • Da Maria da Graça e da Idinha
  • Do meu canino e dos meus vizinhos de cima que adoro
  • Do fagulhinhas e do seu irmão-bichinho do mato
  • Do meu alentejo e dos primos afastados
  • Da minha vizinha rosalina
  • Da minha inha e da sua dupla "santo&pestinha" (eheheh)
  • Do taradão do R/C
  • Das minhas velhotas de alvalade
  • Da careca do meu tio ramiro
  • Do meu padrinho e das minhas madrinhas adoptadas
  • Da Zulmira (lol)
  • Da Bia, do Rui e da Mari Olga
  • Do meu dentista Tony
  • Dos meus amigos do Espanhol (Tiago,Zé...todos)
  • (...)
  • (...)

De todos e de mais qualquer coisinha, sem querer esquecer ninguém...uma falta que não se explica, que não entra na lista, mas que consigo descrever como um simples toque de magia a faltar:)

sábado, 18 de fevereiro de 2006

Bilbao: balanço mais que positivo

Se me dissessem há uns tempos atrás que eu iria fazer Erasmus, ia-me rir e desmentir prontamente tal "disparate"... E se me dissessem que ia gostar ainda mais incrédula ficaria... Mas a verdade é que fiz e fiquei feliz com o resultado...
Se foi smp fácil? Não, não foi... Mas se foi bom? Isso sem dúvida!
Agora que já estou em Portugal, na minha casa, a preparar-me para voltar para Lisboa e fazer o meu último semestre do curso (aiii) penso no que passei nestes cinco meses e meio... E, apesar de ter tido alguns momentos menos bons, os que me vêm em primeiro à cabeça são os bons... Os risos, a boa disposição. as brincadeiras, a ternura, o apoio, a diversão, a descoberta de novas coisas e de novas pessoas, de novas maneiras de sentir o que estava à minha volta... Mas os momentos menos bons também foram importantes... Acho que não daria o devido valor a esta experiência se não os tivesse tido... Não viveria tão intensamente as coisas, talvez não reparasse em pequenos pormenores que, naquela situação, fizeram toda a diferença...
Acho que foi a primeira vez que fiz algo realmente "sozinha" (embora tivesse smp acompanhada por dentro)... E tão assustada que estava... Nunca arrisquei muito nas coisas, talvez o devesse fazer mais... E esta oportunidade não podia deixar passar... E estou orgulhosa de mim... O que pode parecer um disparate para mta gente, para mim representou mto...
Fiz as disciplinas em que inscrevi, conheci pessoas de quem gosto mto e sítios que vão ficar guardados na minha memória... Vivi uma coisa boa...
O balanço destes meses é, sem dúvida, mais que positivo!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

A despedida está à porta...

Hoje senti o peso da despedida... mais do que em qq outro dia em que tenho sentido essa inevitabilidade aproximar-se sem pedir licença...
Hoje tive mais um jantar de despedida... era pa ser japonês mas acabámos por ir a um típico restaurante de Bilbao e comer paella... Antes de entrar no restaurante, isa, a minha basca favorita ligou me para me dizer q tava ao pé da resi para me ver... Custou me tanto... apeteceu me prolongar aquele abraço sei lá eu qto tempo... A miriam, a minha guapa italiana, tava cmigo... Dps da isa ir embora voltámos po restaurante... Começámos a falar de q eu me iria embora segunda, mas decidimos parar... Chegadas ao restaurante, escolhemos as variedades de paella e enquanto esperávamos a miriam decidiu filmar aquele momento... Todos demos o nosso melhor sorriso... a miriam e o seu humor ajudaram... mas se num momento riamos, no outro o olhar baixava e centrava se no prato para tentar esconder um semblante mais triste...
Numa experiência intensa, as ligações que nascem nela só podem ser tb intensas e profundas... Vou guardar cada um em mim... todos têm o seu lugar, cada um é especial à sua maneira. E vou levá los cmigo assim cm vou lhes vou deixar um bocadinho de mim também...

domingo, 5 de fevereiro de 2006

Está perto do fim...

Hoje pus-me a pensar... Daqui a pouco mais de uma semana vou-me embora... Embora tenham havido momentos em que custou bastante estar aqui, sei que vou sentir falta de muita coisa... Desta residência, de fazer certos percursos que se tornaram um hábito ao longo destes meses, de certos lugares que gostei de conhecer e nos quais me sinto bem... E principalmente vou sentir mta falta das pessoas que conheci aqui... Os meus tugas vou vê-los... mas os meus polacos, os meus italianos, a minha basca favorita, provavelmente não... bem, os polacos prometeram-me uma visita a Portugal durante o 2º semestre... vou fazê-los cumprir, sem dúvida...
As despedidas já começaram... O giuseppe já se foi embora... e dia 7, dia em que acabam os exames, está marcada a despedida oficial de todos os que ainda cá estão... uma comemoração e uma despedida juntas... sei que vamos rir muito... se calhar deitaremos algumas lágrimas...
Do meu "núcleo" forte vou despedir me dia 13... não me apetece... não quero dizer-lhes adeus... gostava de que, cada vez que fosse ao ginásio, pudesse ligar po 402 e dizer "miriam, a las 6e media en el gimnasio?" e ouvir "sí guapa, abajo a las 6e media! ciao"... ou de ir à sala dos computadores e ver a oliwia e o sebastian e perguntar-lhes "que tal?" e ouvir "bien, bien y tú?" ou aprender palavras em polaco... ou ensinar português... tantas coisas boas atravessam o pensamento em relação a eles,a uma convivência crescente... um vínculo especial criado numa época toda ela especial, marcada por uma experiência única, irrepetível e inesquecível...

Mas agora ainda me falta o meu último exame e uma semana pa aproveitar ao máximo... é nisso que quero pensar... o adeus está para breve... mas ainda não chegou!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Missão Cumprida...!

Não há um momento destes cinco meses que não me lembre. Que não me lembre com um sorriso ou com lágrimas nos olhos. Todos diferentes, todos especiais, todos fantásticos.
Habituei-me a viver nos traços dos extremos, numa balança instável mas sempre cheia de vida, de cor, onde o pouco não existe (a não ser agora, no final, que nos faz olhar para trás e dizer: foi tão pouco tempo!). Aqui tudo foi muito.
Muitos amigos.
Muitas línguas.
Muito medo.
Muita carga positiva.
Muitas festas.
Muitos sentimentos.
Muitas experiências.
Muito contacto.
Muitos sorrisos.
Muito stress.
Muita alegria.
Muitas lágrimas.
Muito entusiasmo.
Muita saudade.
Muita, muita felicidade!
Aqui tudo foi forte.
Emoções fortes.
Fortes abraços.
Fortes amizades.
Aqui tudo foi intenso.
Convívios intensos.
Momentos intensos.
Sabores intensos.
Hoje, a dois dias do final, sinto-me mais cheia. Cheia de tudo isto que colhi, lenta e intensamente. Ofereci-me para viver ao máximo, para entrar neste mundo tão particular e deixar a minha marca para a eternidade. Tudo ficará dentro de mim, aos retalhos, aos trambulhões. E sei que todos sentimos da mesma maneira o doce sabor do que foi o nosso Erasmus...
Vim com um único objectivo: viver e absorver tudo!
E no final sabe bem saber que assim o fiz. Não podia ter sido de maneira diferente, nem eu queria. Tudo se passou de modo PERFEITO para mim...
Comigo levo tudo o que posso e o que não posso deste pedaço de vida. E tenho consciência que deixei tanto ou mais do que isso. Afinal, ao partir sei que ficará cá um pouco de mim, que nunca vou poder trazer para casa(e que também não faz sentido sem ser aqui, neste ilhéu estudantil).
Arrico-me a dizer, sem medos, sem arrependimentos, sem "se's":
Missão cumprida!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

O segredo do encanto

Já alguma vez tentaram imaginar as 1001 sensaçoes que atravessou Alice no pais das maravilhas quando caiu pelo túnel das mil e uma coisas? Das magias e dos encantos, das coisas novas e das novas maneiras de ver coisas antigas? das cores e dos sabores intensos que percorreram aquela rapariga num caminho tao curto e ao mesmo tempo tao longo? Alice caiu num mundo novo, com novas personagens, onde um coelho corre apressado, onde os gatos sao cor de rosa e onde as cartas andam de um lado para o outro...
O alexandre também caiu aqui em Barcelona da mesma maneira....uma cidade nova, cheia de coisas e sitios diferentes, cidade dos artistas e alternativos, das cores e das luzes, cidade da vida de dia e de noite. Veio como turista e nós os dois de mao dada partimos a descoberta de uma cidade ja tao conhecida para mim e tao curiosa para ele. Novos lugares entre ruas estreitas de um bairro gótico tocando o moderno, avenidas largas repletas de pessoas que obedecem à mudança do vermelho para o verde, pessoas diferentes num bairro ja familiar para mim, sabores e tragos exóticos numa cidade onde o estranho é quase o normal. Misturados entre os turistas, tirámos fotos, subimos ao ponto mais alto da cidade, contemplámos as fachadas dos edificios que fazem desta cidade o meu museu favorito, provámos o doce e o amargo de uma cidade que nunca dorme.
Longe de uma Leiria já bem conhecida de criança e de uma Lisboa já por nos descoberta partimos num comboio até um dos pontos mais mágicos da catalunha: Núria. Como duas crianças a brincar na neve, a descobrir o que havia por detras de tanta candura e de tanta natureza, tinhamos a paisagem mais bela até agora vista por detras de nos os dois, enamorados por tudo aquilo e enamorados um pelo o outro.
Ali, de regresso à cidade, numa casa acolhedora entre a Gracia e o Eixample escrevemos uma página mais na nossa história ao som de um chill out comprado no mais banal El corte Ingles. Entre as quatro paredes de um quarto quase vazio, contámos historias e sonhámos que um dia voltariamos a esta cidade agora ja minha.
Na praia, lançámos ao mar promessas para um nao sei quando que parece aproximar se cada vez mais depressa e pensámos juras escritas na areia. apanhámos conchas e pedrinhas como dois namorados de escola, guardámos segredos e sussurros de um passado que agora vivemos num presente aqui nesta minha cidade.
Como que uma Alice chegada a um lugar desconhecido, fomos os dois descobrindo sitios e esconderijos para ninguem desconhecidos. Criámos spots e intençoes para muitos estranhos mas que para nos faziam todo o sentido. Palavras amenas no meio de um "adeus" que sabíamos desde o inicio ser inevitavel. Tudo para nos parecia obvio. Era o óbvio depois de quatro meses a imaginar como seria a minha cidade. Como seria a minha vida neste lugar tao cheio de gente e tao cheio de uma vida que ate aqui contrastava com a minha.
Vivendo uma magia tao nossa em tao poucos dias foi magico, demasiado magico para ser uma ilusao. Nao foi um sonho. Porque no sonho ja vivemos à muito tempo. Mas o concretizar de uma ilusao que para mim sempre foi mais do dominio do possivel do que do impossivel. Um dia acreditei como Alice que o cair num tunel sem fundo poderia ser magico. Arrisquei e esperei...e agora o Alexandre caiu tambem...e a paredes meias com um sonho vivemos uma realidade que a partir de agora marca o inicio de um novo sonho aqui na cidade das mil maravilhas*

domingo, 22 de janeiro de 2006

Os últimos dias

Fim dos exames: 7 cadeiras feitas!

Depois de mais uma despedida, desta vez a Barbara com rumo a Berlim, surge o hábito. Um dizer adeus não automático, mas habitual. Com uma pontinha de tristeza lhe acenámos para a janela do autocarro, mas com um grande sorriso nos abraçamos com a promessa de nos reencontrarmos em Berlim, daqui a pouco mais de 3 meses.
É tempo de descontrair para mim. Relaxar a mente, deixar-me ir ao sabor do vento destas pequenas férias antes de voltar a Portugal e de recomeçar a faculdade. Depois de um grande esforço a estudar durante os dias todos e dos nervos apanhados, sinto que mereço descansar. Descansar o corpo, antes contraído pela ansiedade, e a alma, atrofiada pela confusão de matérias, essências, sentimentos.
Inscrição em sete cadeiras. Sete cadeiras feitas. Nem em Portugal fiz tantas disciplinas num semestre, por isso, sinto-me contente pelo facto de ter conseguido trabalhar o suficiente para passar a todas aqui, mesmo que as notas não sejam as melhores (que não vão ser, com certeza).
É o fim dos exames, é o alívio que me faz respirar melhor, sem tanta angústia no peito.
Visita a Aachen
Saímos por volta da uma da tarde, eu, a Maria, o Pascal e o Patrick que levava o carro. Destino: Aachen, a cidade alemã próxima da fronteira com a Bélgica. Lá, esperava-nos a mãe da Maria, que aproveitou o fim-de-semana para vir até à Alemanha. Bem dispostos, fizemos a viagem sempre a falar e a rir, não mais do que uma hora e meia. É assim quando estamos na bélgica: andamos umas poucas horinhas e estamos nas fronteiras...
Umas voltas até encontrar a estação de comboio, local de encontro, e finalmente estacionámos num parque mesmo ao lado do lindo edífio. A mãe da Maria esperava-nos num cafézinho, estavamos atrasados uma meia hora. Foi giro ver as duas, são tão parecidas! E além disso, é espectacular ouvi-las falar búlgaro, uma mistura de sons conhecidos do português, com sons que parecem provenientes da rússia...língua claramente de leste. E não só: havia alemão, muito francês e algum inglês (para eu falar com a mãe da Maria). Soube bem aquele encontro de línguas, fez-nos sentir como uns verdadeiros poliglotas!
Passeamos a tarde toda, entre as ruelas e as grande avenidas da cidade. Reconheci um pouco da arquitectura que encontro na região flamenga da Bélgica e adorei. Tem uma capela linda, onde supostamente repousam os ossos do conhecido Carlos Magno - O Grande. O tecto, as pinturas, as vitrines, a cadeira de trono branca...um pedaço de história ali representado que imagino incrível!
Mesmo com o frio dos 6º, foi super agradável passear e descobrir as originais estátuas que estão espalhadas pelo centro da cidade. A multidão de turistas ou simples residentes seguia na maré virada para os monumentos principais e outros, para as imensas lojas que se estendiam pelas ruas.
O Patrick estava feliz, afinal de contas estava em casa, com os pés no seu país, onde podia falar à vontade a sua língua. E nós deixámo-nos contagiar pela sua boa disposição.
Foi uma saída que gostei muito, apesar dos pequenos olhares de nostalgia para os lugares agora vazios no café, no carro, no grupo.
Voltámos um pouco cansados e deixámo-nos deitados os quatro no sofá a ver um filme.
É assim que vou continuar a aproveitar os meus últimos dias aqui: a passear com quem ainda cá está, nunca me esquecendo de quem já partiu.

sábado, 21 de janeiro de 2006

Bahhh

Não quero mais espirrar... Tou farta de me assoar e de criar um pequeno monte de lenços ensopados à minha volta... Não quero comer mais bolachas, mas n consigo parar... E isso é sintoma de que estou a atrofiar... ah pois é... Quero desabafar, mas n sei o quê, n sei a quem... As pessoas tão aqui, mas ao mesmo tempo n estão... Mas também o q ia dizer-lhes? N sei... Porque não sei o que se passa... Ou se calhar sei... Que raio! Toda a gente tem coisas para fazer e fazem-nas... Eu smp tive coisas pa fazer e smp as fiz... Porque é que me tá a custar tanto agora? Porque é que a caneta teima em riscar o que escrevo, em vez de escrever mais? E porque é que esta desgraçada (constipação) se foi lembrar de mim agora? Quero escrever e não consigo, quero conseguir explicar, construir um texto em espanhol mas parece que tudo soa mal... "Será que ponho já esta parte? Ou esta? Isto relaciona-se? Mas se calhar fica melhor depois... Olha, gaita, era antes!"
Acho que esta sucessão de frases sem jeito nenhum, de associações de coisas que nada têm a ver umas c as outras, é um espelho de cm estou... Desorganizada, meio perdida, desorientada... Parece q n sei estudar aqui... Sinto-me cm na primeira frequencia em Lisboa, em que tive de ir para casa porque não estava habituada a estudar em Olaias... (o curioso é que agora consigo estudar melhor em Lisboa...)... Não tenho tempo para me habituar a espalhar os meus papéis por esta secretária grande, que agora me parece pequena para tudo o que quero pôr aqui (ai se a minha mãe ou a ana vissem isto...). Nunca tive um exame em espanhol, só posso treinar nestes apontamentos que tento elaborar... A pressão é maior do que num exame normal... A ansiedade assalta-me, a constipação não me deixa concentrar, não consigo estar em silêncio mas por vezes parece que tampoco consigo estar c a música, minha única companhia neste quarto, ligada.
As horas passam e eu enervo-me comigo por ainda só ter quatro folhas escritas... E ainda para mais, este primeiro exame seria supostamente o mais fácil, a matéria mais acessível... Então como farei pos outros dois? Ai...

Pronto, aqui ficam as coisas que quero dizer mas n sei como, as coisas que me preocupam, os pensamentos que me inquietam o espírito, as mil e uma coisas que me passam pela cabeça... tal como me vêm à cabeça é como as escrevo: desordenadas, sobre coisas completamente diferentes, mas q no fim de contas se resumem num único pensamento: tenho medo de não conseguir...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

O início do ritual de despedidas

Antes de haver o sonho de fazer erasmus, existiu sempre o sonho de não ter que dizer "adeus"...

Estava sentada com os outros. Pedi um chocolate quente, em vez de um Cappuccino, para conseguir dormir bem. O barulho do café não me incomodava, depois de um dia inteiro a estudar no meu quarto silencioso. Por isso é que tudo se passou talvez tão desesperadamente oprimido, todos nos refugiamos no escudo de um ruído de fundo.
A nossa mesa estava bem situada, à parte e num sítio mais alto, como um altar de celebração. Um sacrilégio, diria eu. O cacau quente adormecia-me a garganta meia doente, o vapor suave e aromático fazia-me respirar melhor. Falámos um pouco sobre o dia de cada um, mas havia pouco a dizer. Tinhamo-nos visto depois do almoço, um pequeno encontro que serviu para ver umas fotos e aproveitar mais uns minutos em grupo. Até ao jantar, pouco ou nada se tinha passado. Pouca ou nenhuma sensação tinha mudado. A atmosfera era praticamente a mesma: pesada, angustiante, despida do encanto que sempre nos acompanhou desde o início de Setembro. Sim, agora o espírito era outro, a mente tinha outros projectos, outros caminhos para a felicidade.
Tentamos forçosamente pequenos diálogos, tentativas frustradas de dar um ar de normalidade, de casualidade. Não conseguimos e a cada minuto que passava a tensão aumentava, descontrolava-se. Já nem faziamos o esforço de sorrir, não valia a pena, sabiamos bem o que cada um sentia, o que esperava a cada um de nós.
Ela ainda não tinha chegado, talvez porque se chegasse mais tarde, teria a boa desculpa de ter que ir embora rápido para não se deitar tarde, e assim não veria as expressões de desconsolo e tristeza. Impulsividade mental...
Vi o chocolate condensado no fundo da caneta fiz uma careta, ao imaginar a conhecida sensação de amargura adocicada que me provoca sempre que bebo leite com demasiado chocolate. Os outros riram. Eu queria rir, mas em vez disso, sorri apenas. Estava realmente ansiosa e já demasiado impaciente para esconder os pequenos sinais. "Tenho de ir à casa de banho". Vi-me ao espelho, lavei as mãos e voltei 30 segundos depois.
Quando ela chegou todos sorrimos. Um pouco pálida, começou a contar como se sentia hoje, depois de dores horrorosas de estômago no dia anterior. Conseguimos uma conversa aparentemente banal talvez durante uma meia hora, um record naquela noite. Esforcei-me por não retirar o sorriso da cara e de fazer brilhar os meus olhos o mais possível enquanto ela falava, sem me deixar cair na tentação de os empobrecer como espelho da minha alma, daquilo que realmente sentia. Ela fez o mesmo, tenho a certeza. Todos pereciamos do mesmo mal: fingir para sermos mais fortes.
"Em breve tenho de ir", disse. Eu sabia que seria assim. Os pequenos objectos emprestados voltaram à proprietária, ela. Ria-se e dizia "obrigado". Num deles, um pequeno livro branco, cujo nome não me recordo, tinha dentro um postal...um perigo em situações que se querem controladas. Espreitou e, por boa educação ou simples curiosidade, leu. Sem hipóteses. As lágrimas assaltaram-lhe os olhos e os óculos embaciaram. Já não havia por que esconder, por que fingir uma indiferença profundamente mentirosa.
Entreolhamo-nos, com aquele olhar meio de censura (pelo descontrolo), meio de compreensão. Todos presenciavamos uma partida. Como todas as partidas, dolorosa.
Ela queria-a rápida e sem tempo para continuar a pingar da cara. Mas eu detive-a com um sorriso e disse-lhe "só mais um pouco". Um erro. Talvez se ela tivesse ido embora naquele instante, a lentidão do meu cérebro ajudar-me-ia a aperceber-me da perda só depois de ela já estar a casa. Assim não foi.
O contagio das lágrimas durou poucos segundos. Lágrimas daquelas que se viam e ouviam em alguns e daquelas que se sentiam apenas pelo olhar contraido, noutros. Eu encontrei-me impávida, com força para lhe dizer adeus sem molhar a cara. Seria por breves momentos.
O barulho agora tornava-se silêncio para nós e as pessoas que nos rodeavam, cheias de vida e de conforto, encontravam-se longe, dispersas.
Os abraços finais começaram. Eu disse-lhe que a acompanharia até à porta do café, talvez porque queria uma privacidade para as minhas lágrimas, para um desalento que não era mais sentido que o dos outros. Mas queria aquele momento, aquela pequena tortura.
Abracei-a forte e não fiz força para não chorar. Proferi palavras abafadas que não sei se entendeu, mas que sei que sentiu. Afinal de contas, vamos reencontrar-nos em Abril, em Berlim.
Sequei as lágrimas e voltei para junto dos outros. A chávena do chocolate quente ainda estava em cima da mesa e ao beber o último golo não consegui sequer sentir a sensação amarga. Quisemos partir logo a seguir, já não fazia muito sentido ficarmos juntos, não logo depois de uma perda.

A Maya ainda a verei em Abril, não sei se pela última vez. Quisemos as quatro marcar logo esta viagem para não nos permitirmos desculpas de caminhos de vida demasiado "empedidores".
Mas e os outros? Sim, os outros que fizeram parte deste percurso desde o início e que me habitaram durante estes cinco meses? Aqueles que vi todos os dias, com quem ri todas as noites, com quem partilhei todos os sorrisos? Esses, ficarão para sempre enclausurados nos escombros da minha memória.
Retidos, mas mimados por todos os momentos maravilhosos que não me permito esquecer...
Este foi o primeiro dia do ritual das despedidas!