segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O meu amor de Outono.

O meu amor de Outono gosta de pisar as folhas secas. Gosta de sentir o cheiro da terra molhada pelos primeiros pingos de chuva. O meu amor de Outono gosta de sentir o ar fresco nos finais da tarde amena, enquanto falamos sobre o próximo destino de Verão. Sabe-lhe bem o café rodeado de uma bolacha e um abraço. É guloso. E doce. Gostamos de sentir os cheiros a castanhas enquanto passeamos de mão dada e sentimos o por do sol do outro lado do rio. Enquanto a praia se despede dos últimos amantes da estação. O meu amor de Outono delicia-se com o cheiro da fogueira acabada de atear e do estalar da grelha, no churrasco de final de tarde. gostamos de caipirinhas e foi assim que nos apaixonámos. Entre um brinde. Era também um final de tarde, no início da estação das árvores de folha caduca. Daí às margens do rio, à sombra da Ponte do Freixo foi um abrir e fechar de olhos. O meu amor de Outono sussurava que não se queria apaixonar. Entre um beijo roubado e uma promessa por cumprir. Mas o Outono é assim mesmo. O verde dá lugar aos tons terra. E as àrvores perdem as folhas e preparam-se para dias mais frios. E assim foi. As borboletas na barriga deram lugar ao amor. E perdemos o medo de dizer "gosto de ti".

A ausência.

Tenho saudades de escrever. De sentir as palavras e a inspiração na ponta dos dedos. Ultimamente as palavras não me têm saído tanto quanto ousaria querer, talvez por pirraça ou porque simplesmente já não existe lugar para elas. Porque o verbo deu lugar às pessoas e aos momentos. Há dias em que sinto as frases a correr e imagino entoações e metáforas que depois não devolvo às letras e aos sentimentos. Outros dias em que me sinto seca e sem o dom da escrita. Parece que se foi. A paixão arrebatadora já não me incita a escrever e longe vão os dias do "e se...". Talvez as palavras tenham dado o lugar cativo a sentimentos nobres como o amor e a serenidade. O turbilhão de sentimentos desordenados já não gera frases soltas e privadas. Já não existe. Hoje tudo é melhor. E por isso mesmo já não escrevo sobre o pior, o ontem e o "foi assim". Talvez seja uma ilusão pensar que tudo isso ficou para trás. O tempo não me responde a essa pergunta e também faço questão de não perguntar. Tenho deixado os dias e as coisas boas passarem por aqui. Afinal os dias são felizes e existem tantas coisas boas que me fazem sentir sem palavras, como se estivesse cheia de qualquer coisa que não se repete. Não vem nos livros, poemas ou histórias de encantar. Existe. E eu não sabia.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coisas.

As obras já vão a meio. A casa de banho está quase e vão começar as pinturas.

A afilhada tem um cabelão. Já está em casa e até fico de lágrima no olho a ver as fotos do meu irmão a dar-lhe o biberão.

Estamos quase a meio de Setembro e por um lado gostava que ainda estivessemos em Julho e por outro gostava que já estivessemos no Natal. Confuso? Sim, é verdade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Conspiração das boas.

Acho justo dizer que ontem as forças do universo conspiraram para um dia bom.
Se a notícia de que as obras começaram mesmo me deixou feliz da vida, a notícia de que a afilhada se apressou e chegou mais cedo bateu tudo.
Bem-vinda Emma. Tens muita gente a adorar-te. E os padrinhos estão em pulgas para te conhecer.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dia O.

E o dia O (de obras) foi mesmo hoje!
Já começaram!
Ieeiii

domingo, 4 de setembro de 2011

É amanhã.

Figas, muitas figas.
Diz que as obras começam amanhã.
Figas, muitas figas.