segunda-feira, 29 de março de 2010

Temos muitos sábados.

Poderia até ser um título de um romance, escrito a quatro mãos. Escrito ao primeiro raio de Sol da Primavera, enquanto caíam os chuviscos de um Inverno mal acabado. Podia ser uma promessa de amor, escrita entre linhas e dita sobre olhares indiscretos. Quero que sábado seja já amanhã, ou mesmo quando o relógio passar de hora. Quero-te já, neste sábado e no próximo, pedi eu em segredo, enquanto lia nos teus olhos um desejo tão diferente do meu. Quero que sábado chegue depressa, tão depressa como passaram estes anos todos. Quero aquele sábado, em que damos as mãos, em que paramos para saborear gomas e gelados e adormecemos no sofá. Quero sábado e depois. Na manhã de domingo entre uma noite mal dormida e um pequeno-almoço de rei. Porque temos muitos sábados. Juraste sem saber. E eu prometi contigo que, entre nós os dois, iriam sempre haver sábados. Para que possamos rir em segredo, contar histórias sem final e matar saudades dos sábados de antes. Em que chegava de fim-de-semana à espera de te ver da varanda, cabisbaixo, envergonhado por tanta por paixão. Temos muitos sábados. Eu sei. E estou cansada de te encontrar ao sábado, tu sabes. Mas enquanto houverem sábados, não deixarei de acreditar que vai haver um sábado em que pedirás para ficar a semana inteira ou, pelo menos, até ao próximo.

sexta-feira, 26 de março de 2010

De quê?

Pedes-me um tempo,
para balanço de vida. (A ti, todo o tempo do mundo)

Mas eu sou de letras,

não me sei dividir. (sempre te havia dito isto)

Para mim um balanço

é mesmo balançar, (sem medo de cair)

balançar até dar balanço

e sair...(como sempre)

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão. (ou a tua realidade?)

Mas eu desses não tenho,

só dos de voar. (voo contigo)

Agarras a minha mão
com a tua mão

e prendes-me a dizer

que me estás a salvar.
(já depois de me largares)

De quê?
De viver o perigo. (já não tenho medo)

De quê?

De rasgar o peito. (gritarei)

Com o quê?

De morrer,

mas de que paixão? (a tua)

De quê?

Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde

e não ter

nem sentir
o vento ardente

a soprar o coração... (...)

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas

e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens. (o teu pouco chega-me)

Esqueces que às vezes,

quando falha o chão,
o salto é sem rede

e tens de abrir as mãos. (e que eu sempre estive aqui)

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços

mas nem tudo o que parte

se volta a colar. (nunca se chegou a partir)

(...)

Porque te amo, sem nunca balançar.

[Desculpa a cópia L.]

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Então e achas que me consegues aturar para o resto da vida?"
"Se eu estou aqui até agora é porque te quero aturar para o resto da vida."
:)


* não, não foi nenhum pedido de casamento. Respirem, já passou.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Connected

terça-feira, 9 de março de 2010

Eu acho que já toda a gente sabe que eu adoro as minhas amigas!

5000 visitas.

Apesar de já termos perdido o contador de visitas do BABA vezes sem conta...hoje alcançamos um número redondo - 5000 visitas. Obrigada.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ele existe.

A brincadeira de criança com os primos finalmente deu resultado!
Encontrei o mano do Quovadis!

segunda-feira, 1 de março de 2010


Acho que foi a primeira vez que vos tive às 3 no meu aniversário.

Quero que saibam que foi assim muito bom.

O aniversário da Nês.

O aniversário da Nês é um evento do meu calendário. Sim, ela faz anos. Mas é tão mais do que isso. Habituei-me desde cedo a ter este dia guardado na agenda por inteiro. E é tão nosso. Seja ou não fim-de-semana, o aniversário da Nês parece-se a um casamento cigano, dura sempre mais do que o sopro das velas. Já lá vão 10 anos desde que a vi pela primeira vez cortar o bolo de mil-folhas. Já nessa altura era difícil explicar aos pais o porquê de dois dias de festa. Ainda ontem tive alguma dificuldade. Mas cada vez que acordo no dia seguinte, percebo o porquê. É especial. E é tão bom.

Os amigos continuam os mesmos. Os bolos da mãe da Nês também. Aqueles momentos junto à lareira, rodeada de tantas caras conhecidas que vi crescer, são deliciosos. Este ano até houve jantar em família, com os meus, os dela, as amigas e os maridos. E a festa continuou noite dentro. Entre risos, segredos, olhares indiscretos e muita magia. É isso. O aniversário da Nês é mágico. E cada ano é mais um bocadinho.

Porque crescemos juntas. Este ano percebi isso bem. Porque já não partilhámos o tal cobertor eléctrico do costume. Porque o pai da Nês já tem o bigode branco. E porque o meu já gosta de futebol. Porque a L. veio com o C. Porque a N. já tem uma princesa pequenina. Porque o A. está gordo. Porque a P. mudou de namorado. Porque o T. voltou a ligar. Porque a mãe da Nês não fez bolo de crunch. Porque a tia da Nês já não disse asneiras. Porque a prima pequenina passou a noite a trocar sms. Porque dormi na cama do T. Porque a A. não foi. Porque não saímos até de manhã. Porque a minha irmã tinha de ir embora mais cedo. Porque já não havia música no barracão. Porque não houve baba de camelo. Porque a fanta de laranja não se bebeu até ao fim. Porque adormeci no sofá e deixei toda a gente ir embora...Crescemos tanto.

E eu quero continuar a crescer com a Nês e com as amigas. Assim entre um prato de migas e uma fatia de bolo ministro.

Vou voltar a marcar este dia no meu calendário. Mesmo que já seja crescida. E que tenha percebido este ano que o mundo dos crescidos tem pessoas muito más.

Mas depois de dois dias cheia de gente boa, para quê querer mais?

26 fresquinhos

Quando era pequena adorava a expressão "casar os anos". E pensava sempre, "fogo ainda me falta tanto para casar os meus... Só aos 27!"
E agora, acabada de fazer 26, penso "oh valha-me, já só falta um ano" e sorrio a pensar nas diferenças. Uma criança cheia de pressa em casar os anos e uma jovem adulta que não tem pressa de chegar aos 30.
Ao longo destes 26 anos sempre fiz festa, sempre comemorei com família e amigos. Não concordo que se fique velho demais para festejar. Gosto das festas caseiras, a mesa cheia de bolos, o sofá alinhado com bancos e cadeiras para caber toda a gente, a sala quentinha. Os risos. Receber prendas de quem me conhece. Os parabéns cantados sempre a várias vozes e a vários tempos. Gosto de ter as minhas muitas pessoas comigo. E, embora não tenha conseguido ter sempre todos comigo, vejo, feliz, que a maioria se tem mantido e está lá ao pé de mim.
Por isso, obrigada. Estes 26 anos sem vocês não teriam sido a mesma coisa.