sexta-feira, 17 de julho de 2009

Comporta.

Amigas apoiam L. na "vida a dois"

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A Estrelinha foi à bruxa.

Decidi que tinha de ser. Que tinha de ser ali e porque sim. Queria saber do destino e dos porquês. Estendi a mão à leitura. E quis saber se seria sempre assim. Estendi a mão à senhora das fantasias e dos medos. Dei-lhe a ler os olhos e o olhar perdido. Queria saber o que diziam as cartas e o que significavam todos aqueles sinais. Queria saber o que eram as coincidências e os ditados.
Mas quando me olhou na alma não soube perguntar nada. Deixei-me levar pelo quente da mão na mão. Deixei que me levasse até onde lhe apetecesse. Não fui capaz de verbalizar as vontades e muito menos as perguntas. A vontade de saber de ti era tanta, que não soube articular o quê com o porquê. Acabei por me render à evidência do "para sempre".
Foi isso que a bruxa disse. Que era para sempre e como sempre. Que nada poderia fazer para que o destino mudasse de rumo. Que mais do que eu, havia alguém do outro lado a pensar assim. A bruxa disse ainda que nada ia mudar. Que o mau iria ser sempre mau e que o bom iria sempre melhor. Extravangante. Que o bom iria ser sempre eterno e inesquecível. E que o mau nunca iria ter lugar.
Bruxa! Dizem que algumas são traiçoeiras. Esta não me pareceu. Aliás há muito que a conheço. Que sei onde mora e quais as intenções. Dali nem bons ventos nem bons casamentos. Até eu sei disso.
Confessou que também ela tinha lançado as nossas cartas. Mas não tive medo disso. Voltei a olhá-la nos olhos cor de amendoa.
E perguntei-lhe se sabia onde tinha nascido este sentimento. Ela não hesitou na resposta. Foi o destino que o trouxe, disse.

E toda a gente sabe que acredito mais no destino, do que nas bruxas.

As amigas voltaram!!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

És uma cool quê?

thecoolhunter.net

Peço desculpa pelo facto de este ser um post um pouco maior do que o habitual, mas achei que seria interessante pegar em alguns excertos de um artigo da Rua de Baixo (se não conhecem este site de conteúdos, então estão a perder MUITO! www.ruadebaixo.com) para elucidar, de uma vez por todas, o que é isto que eu quero ser/já sou(?)...



Coolhunters



Uma câmara fotográfica, um caderno de apontamentos, muita curiosidade e extrema sensibilidade: as principais características de quem se dedica a identificar tendências com o objectivo de encontrar, em grupos restritos, elementos que possam ser massificados. São eles que ditam o que vai ser moda amanhã. São Coolhunters.

(…)

Recuando um pouco na história, nos anos 50 surge em Paris o “negócio” das tendências de moda, com o intuito de ajudar a indústria têxtil a ir ao encontro das novas exigências do mercado pós-guerra. Nesta altura, nascem os primeiros observadores de tendências. Eram pessoas muito viajadas, jornalistas de moda, ou influentes na sociedade, que procuravam melhorar o look e a qualidade dos produtos estandardizados. Começaram por fazer apenas pequenas sugestões baseadas em quadros de cores e alguns esboços. Com o passar do tempo as suas recomendações tornaram-se mais elaboradas, surgindo os primeiros gabinetes especializados em tendências.

Actualmente, os métodos de antevisão de tendências são quase idênticos aos que se praticavam nos anos 50: combinação de intuição, viagens frequentes, consciência de styling e fazer shopping fora do país; adicionando os quadros de cores e texturas, que se apresentam hoje em dia mais up-to-date, e em formato de trend books.

(…)

Os Coolhunters são elementos fundamentais para a elaboração destes Trend Books. Sempre acompanhados de uma câmara fotográfica, um caderno de apontamentos, muita curiosidade, extrema sensibilidade, maioritariamente jovens: estas são as principais características da nova vaga de profissionais que andam na estrada sempre atentos a tudo, observando o que se passa em seu redor, com o objectivo de identificar, em grupos restritos, elementos que possam ser massificados.

(…) De modo geral, são analisadas as transformações globais, a convergência de culturas, o aparecimento de novos valores e a importância dada ao consumo pela sociedade contemporânea. No fundo, estes são os factores que as marcas procuram saber e nos quais se baseiam quando são criados os seus produtos e serviços, afim de os individualizar satisfazendo as necessidades, cada vez mais exigentes, do consumidor.

Para atrair mais consumidores, e para além do uso de estratégias de marketing e comunicação, as empresas recorrem muitas vezes aos Coolhunters. Este recurso tem como objectivo construir um imaginário e uma imagem exclusiva e única: elementos fundamentais para qualquer empresa de sucesso. Esta é uma nova figura que tem como função trabalhar todos os sectores etiquetados de lifestyle, um conjunto de símbolos provenientes do design, da moda, da tecnologia, arte… A tarefa dos Coolhunters está em partilhar os valores, as linguagens e os estilos de vida próprios das tribos de consumo. São pessoas com forte vocação criativa para captar sinais de renovamento proveniente das sub–culturas mundiais. São observadores atentos aos comportamentos e necessidades da sociedade, estão em constante actualização, localizam tendências aplicadas a todas as áreas. São pessoas de sensibilidade extrema, observam e analisam tudo o que lhes desperta os sentidos (por ser diferente e interessante), anotam opiniões de desconhecidos que influenciam as atitudes de um grupo (designados por trendsetters), navegam em blogs, websites e comunidades virtuais, andam pela estrada e viajam frequentemente, analisam as montras (com visão crítica), frequentam locais novos para perceber as suas influências e inspirações, discotecas, transportes públicos, mercados, recolhem fotografias, prospectos, programas de concertos, frequentam teatros e galerias, interessam-se por arte, passam tudo a pente fino sempre à procura de criatividade.

A última tarefa a fazer, após todo o intensivo trabalho de campo realizado pelos Coolhunters (designado por Coolhunting), é reunir e compilar todo o material adquirido até então, para posteriormente ser analisado no interior das empresas por especialistas ligados a vários sectores, nomeadamente Marketing, Consumo, Sociologia, entre outros.

Com a importante ajuda dos Coolhunters consegue-se, actualmente, antever o mercado de consumo futuro. Assim, é com base na pesquisa efectuada por estes profissionais de “última geração” que as marcas podem ter uma visão mais real e actualizada do percurso que devem seguir para alcançar o sucesso.



Por Bruno Brazão, in Rua de Baixo

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Outro som II

"O barulho dos teus pensamentos irrita-me", pensei enquanto sentia os meus passos incertos graças ao ruído dos murmurios. Ousei pensar que se tratava apenas de mais um episódio, desenhado ao som do encanto da serpente. Mas o doce das palavras, o cheiro a Lisboa e desamparo dos olhares tomaram conta de mais um capítulo. Apeteceu-me apaixonar-me outra vez, depois de contemplar a genialidade que não se perdeu. E que para além disso regressou muito mais amadurecida e audaz. Capaz de apreciar um bom vinho e dizer que não a um concerto ao largo. Capaz de ignorar a beleza da cidade e deixar para trás o vício do retrato a preto e branco. A certeza veio quando repeti o cenário e as deixas. Quando de repente a rua se calou e voltei a ouvir aquele som. Um outro som.