Muita gente diz que ano novo é vida nova. Pois eu digo que será a minha parte 26.
2010 é o ano das minhas 26 primaveras (medo! passa rápido) e não quero vida nova. Quero continuar a minha.
Ao terceiro dia do ano, fica um pequeno balanço de alguns dos melhores momentos ou alguns do maiores "feitos" de 2009 (não por ordem de importância nem estarão cá todos mas os que ocorrem agora):
- continuar a ter as minhas pessoas comigo - o mais importante de tudo;
- ter ficado 6 meses sem a minha chefe e não ter tido nenhum ataque cardíaco (se bem que estive perto num ou noutro dia...);
- ter pegado no carro (sim, só foi uma vez, shame on me..., mas ainda assim foi um passo).
E, pronto, lista pequenina mesmo...
E para 2010, o que é que vai? Tudo!, que é como quem diz que pretendo:
- dedicar mais tempo aos meus. À família, aos amigos e às amigas, ao namorado e a mim;
- saúde e felicidade para mim e para s minhas pessoas;
- crescer no meu trabalho, combater as falhas que tenho a corrigir;
- pegar no carro e ver se tenho as aulas que prometi a mim mesma que ia ter;
- ir ao ginásio as duas vezes que me comprometi (pelo menos) a ir no dia em que decidi dar 100€ para me inscrever naquilo;
- continuar os jantares das amigas;
- ser mais arrumada e, como é que se diz... briosa! nas coisas;
- aumentar o meu número de posts e deixar de ter uma participação trimestral no blogue. Não foi para isso que me juntei a elas neste projecto.
E muito mais! ou não... No terceiro dia do ano tenho uma vontade que prevalece às outras. Passar mais tempo com as minhas pessoas. O fim do ano trouxe uma ameaça, uma coisa que ainda não se sabe bem o que é mas que que me mostrou mais uma vez como as coisas nunca estão garantidas e que as pessoas não estarão sempre aqui. E embora nunca se queira pensar muito nisso, há pelo menos um recadinho a reter. Aproveitar ao máximo. E neste momento é o que eu quero, aproveitar o tempo ao máximo com quem mais gosto. O cliché é evidente mas a verdade instrínseca não poderia ser maior.
Um bom 2010!
Sonhei. Sonhei. Acordei e voltei a sonhar. Rebolei nos lençois e olhei o despertador vezes sem conta. Sonhei com a vida dos crescidos em ponto pequeno e com aquelas personagens que eu nunca vi. Sonhei com aquela casa a dois mais um. E lá estavas tu naquele discurso prosaico, a falar em solitário, como se de mim não se tratasse. Sonhei que me dizias coisas repetidas e me passavas a mão pelo cabelo, como fazias sempre, num gesto desajeitado. Eu devolvi-te versos e palavras enamoradas, como se o tempo nunca tivesse passado entre nós. E sonhei. Sonhei com um ramo de túlipas roxas e uma caixa de bombons. E aquele final de tarde enrolados na manta do sofá. Sonhei. Com a tua música. E com a tua maneira de dizer as mentiras. e as verdades. Sonhei contigo com vários nomes e disfarces. Sonhei contigo num sonho. E acordei, vezes sem conta, a saber mais uma vez que queria este sonho para mim, vezes sem conta. 
Se 2008 ficou marcado pela enorme mudança de passar a morar na minha Lisboa, 2010 será recordado como o ano de outro grande acontecimento: quando comecei o segundo emprego da minha vida. 
Eu achava que podia mudar o mundo, ainda. Achava que podia fechar os olhos e acordar no elevador de Santa Justa, a meio de uma declaração de amor e um gesto pouco discreto. Achava que podia transformar a àgua em fogo e, sem mais, deixar-me apaixonar. Achava que podia criar paixões desmesuradas e arrebatoras, e deixar-me cair nos braços de quem nunca se deixou abraçar. 
