quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Siempre en mi mente

Entre a saída de casa e a ida para o comboio, a chegada à estação de Entrecampos e a porta do OJE os pensamentos divagam, os planos ganham forma. Alguns ganham todos os dias um molde diferente, outros repetem-se e elucidam-se...Depois do almoço na redacção ou no restaurante da Feira Popular, há sempre tempo para pensar em vocês e:
  • Relembrar o dia em que vos conheci, nas escadas do piso 5 da torre principal da FCSH
  • Sorrir das nossas histórias que tomaram lugar na esplanada da faculdade, no auditório 3 nas aulas de Filmologia, nos corredores entre o departamento de CC e as notas expostas na parede
  • Corar pelos apontamentos escondidos por baixo da mesa na frequência de Filosofia da Comunicação (e tantas outras que só mereciam isso mesmo) e pela partilha de informações preciosas naquelas duas horas e meia de intensa concentração
  • Rir da nossa ida à Covilhã, das experiências que lá vivemos, pessoas que conhecemos, momentos inesquecíveis e irrepetíveis na pensão mais sui generis do País
  • Tremer ao pensar no dia em que tomámos consciência que os nossos sonhos nos iam separar e levar para outras paragens, outras culturas, outros marcos; e depois rir à gargalhada ao ver as nossas fotos e os desabafos revelados nestas páginas brancas (que ficam pretas entretanto) a que chamámos B.A BA do Erasmus, que tanto contam e tanto escondem de uma cumplicidade que transborda os limites do ecrã e das (para nós) ténues fronteiras geográficas
  • Fazer cara de séria perante conversas que nos esgotaram as noites na casa das Olaias
  • Ouvir todos os sussurros abafados por uma amizade que toma a forma de um quadrado, o paladar de um bolo de chocolate, o cheiro a flores do campo e sons místicos de uma música que embala
  • Deitar uma pequena lágrima ao pensar no dia da nossa Bênção das Fitas, a sensação angustiante e extraordinária ao mesmo tempo de chegar ao fim e cortar a meta convosco

Siempre en mi mente...ontem, hoje e amanhã, vocês estão condenadas a ser as minhas recordações, a pairar nos meus planos para os "hojes" e a preencher os meus sonhos futuros. Que tal chicas?

Lisboa, menina e moça, tão linda!

Foto: DR

A vida corre a um ritmo calmo, com poucas peripécias. O tempo faz das suas, entre cheias e dias solarengos, parece que também ele anda indeciso e hesitante. O rebuliço da capital dá-me energia e faz-me sorrir...é giro observar os passos acelerados dos que cedo começam a correr para o trabalho ou para a faculdade ou simplesmente para o comboio.
Os olhares não se entrecruzam, não há tempo, não há espaço, não há vontade. A maior parte marcha de pés firmes (ou nem tanto) a pensar no dia de ontem e no dia que ainda se vai desenrolando pouco a pouco, o de hoje, o de agora.
Os sonhos ficam presos em pensamentos pontuais, em simples expressões oníricas que fazem do rosto um mapa de formas geográficas. Mais a norte, um semblante pesado denota preocupação, as sobrancelhas curvadas, a cabeça erguida...segredos que todos escondem e que, por vezes inconscientemente, demonstram num ligeiro sorriso (ou riso), mais a sul. Identidades reveladas de almas que deambulam nos céus da cidade.
O pássaro esvoaça, mas ninguém nota... é assim a cidade.
É assim a atmosfera cosmopolita dos grandes centros urbanos, onde cada recanto conta uma história, emite um som e apresenta tons amarelados, gastos dos olhares indiscretos de curiosos como eu. Sete colinas, cem paisagens, mil e um transeuntes...é assim Lisboa.
É assim o tempo alfacinha, o espaço da capital: centro daquela indiferença gostosa, da alienação egoísta de gente que gosta de morar longe em pensamento.
O bom é estar no meio de tudo e todos, sem nunca estar lá efectivamente. O bom é dizer "olá" a murmurar para ninguém ouvir. O bom é caminhar pelas ruas, voando...
Lisboa é uma menina (moça), que oferece um mundo que pode ser só meu, só teu, só nosso...tão linda!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Um apontamento...

Falta só acrescentar a estes último relato..que fez falta a nossa Xoriçita...que apesar de não estar fisicamente esteve sempre connosco...estava a trabalhar na altura. Meia atrapalhada com o fim do estágio, é verdade. Meia calada, bastante até.
Mas a boa notícia chegou depressa e a nossa xoriça lá arranjou um trabalhito à maneira!Barcos?! sim..parece me bem, muito bem até...
Foi pena ela não ter ido connosco, é pena não estarmos mais vezes juntas...para partilhar os nossos segredos, que nesta altura devem ser mais que nunca (não é meninas?)...parece que estamos a cair na rotina..não pode ser de maneira nenhuma! A vida está a dar as voltas que tem que dar, não nos podemos deixar arrastar por ela e deixar que o tempo apague o que temos de bom!
Toca a marcar mais um jantar, melhor e mais animado que o último! Destino: Nepalês?
Kikas marca - Xoriça dá noticias - Nês, 'bora!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Pah (migas), é pa smp!



Cá estamos nós, juntas novamente... Desta vez no Porto...
Esta viagem deu-me um pouco da magia desta cidade que mistura o antigo com o moderno, com gente simpática e aberta e sem qualquer cerimónia nas palavras. :) Deu-me também (mais uma) confirmação da grande amizade que partilham estas três turistas...
A viagem de ida foi uma animação total, com cantoria desenfreada pa confirmar o espírito de turistas alegres cheias de vontade de conhecer mais e de muita diversão.
Uma trocas no caminho e lá fomos parar ao Freixo... Umas indicações manhosas: "ri tinto", tá a ver aquele biaduto menina? é smp em frente, num vira!", "segue pa circunbalação"... =p
Chega o nosso guia =) e seguimos pa nossa casa de fim de semana...
Sábado foi dia de passear e conhecer o coração do Porto, as ruas que lembram a Baixa, onde se vê de tudo, as ruelas estreitinhas onde os prédios têm as fachadas envelhecidas, a Praça da Liberdade, a livraria antiga, o tabuleiro da ponte de onde se vê o tradicional do Porto e o moderno de Gaia... A tardinha foi de compras produtivas...
Tive direito a música só pa mim e a um dançarino pequenino mas cheio de energia...=)
À noite o Porto tem um encanto ainda maior, as luzes no rio são uma imagem pa recordar... E a nossa noite foi de francesinha (um abuso) e de saída... Lá fomos pa Vogue, onde entrámos à grande (ter bons conhecimentos é o que dá... eheh), onde dançámos até n poder mais, em boa companhia, e onde vimos um live act cheio de significado...
Domingo foi dia de jardins bonitos e lanche com direito a brownie...=)
Despedidas feitas iniciou-se mais uma viagem das amigas... Fica a vontade de voltar e (mais uma vez) vi que "pah, é pa smp!" =D

AMIGAS?!?


Amigas...isto é uma chamada de atenção...não me digam que vão deixar este blog entregue nas mãos de uma estrelinha dita funcionária pública e deixar que os demais pensem que este blog morreu...?

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Por (to) das (amigas!!!)


Sim...finalmente fomos ao Porto, numa sexta-feira, dita calma para uns e dificil para outros...Desde o SEF até ao OJE foi uma jornada só...fila na paragem do autocarro, o telefone a tocar sem parar (ainda o trabalho), um trânsito interminável e como se não bastasse o saco para arrumar. Do outro lado da linha, a Caricas estava despaxada...no fundo da rua, a Branca de Neve com as coisas a meio gás e a Estrelinha a querer pelo menos chegar a casa...
Malas à porta de casa, expulsas pela vontade de conhecer uma cidade nova, pegamos no "boguinhas" da Caricas e fomos apanhá-la. Trocamos os assentos e pusémo-nos em marcha. O Rádio tocava por entre o ruido dos demais, e o som soava por entre as luzes dos carros que teimavam em não avançar...A Ms. DJ ia trocando as voltas ao cantorio das meninas...entre desabafos e teorias, o tempo is passando...PORTO 196 KM...a meio caminho quase...Próxima paragem, já depois de os Da Weasel e a Gloria Stephan nos terem feito companhia: Mealhada...Hora do PANADO!!! Foi uma pausa necessária...a estrada parecia não mais acabar, e os traços no asfalto eram como uma linha a seguir...PORTO...finalmente...O Rio, as luzes de uma cidade que não é nossa...o sotaque estranho das gentes...o frio...um toque para dizer que já chegámos :)
O ambiente estava bom :) afinal os ânimos tinham-se levantado e as teorias, que já julgamos ultrapassadas, voltam a aplicar-se...Uma cama improvisada foi o melhor final de noite. O dia tinha sido cansativo e a mudança de ares exigia um período de adaptação.
Sábado pela manhã...depois de o trânsito nos passar à frente...estacionámos no centro da cidade...As montras da Rua Catarina reflectiam os nossos rostos contentes e vencidos por aquele sol que teimava romper pelas paredes frias. As ruas, trilhos citadinos, cobriam-se de gente estranha, por entoações vibrantes e gestos repentinos. Os azulejos a cobrir as fachadas, azuis, verdes, nas janelas daquele sitio outrora habitado. Torre dos Clérigos, escondida pelas marcas do moderno, a Livraria Lello & Irmão, entre livros e aroma a passado...e toda uma cidade onde as memórias emergem da negra calçada...
Ao cair da noite, a francesinha, numa amálgama de sabores, de segredo bem mantido, com um tango e em boa companhia...O Hélder juntou-se às turistas...
Depois de um pequeno passeio pela zona ribeirinha, a paragem foi: Vogue. A noite prolongou-se...o música subiu de tom e às memórias (de um segredo)...ao ritmo do DJ fomos recordando "coreografias" que temos vindo a criar nos tempos de euforia...Lembrá-mos a Xoriça (fizeste falta).
O amanhecer chegou com a maresia envolta de sono e pensamentos infortúnios...os momentos entre a almofada e os sonhos foram breves...serralves...esperava-nos. Dia bonito, gente bonita...a viagem estava a chegar ao fim. Almoço tranquilo...entre uma curta visita à pepe jeans lá do sitio ;)
VCI, VCI, VCI...foi o nosso último passo...de regresso a Lisboa...Balanço?!? mais que positivo. Eu e a Caricas recuperamos as energias e a Branca de Neve estava feliz da vida. Cumprimos a nossa missão: onde quer que vamos, para o que formos, o mais importante sempre é fazer-nos sorrir e rir..rir...muito..Por (to) das amigas!!!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006


"Não há nada como deixar o tempo passar e ouvir que murmúrios da saudade nos sussurra o coração. A vida é surpreendentemente corajosa. Tenho a certeza..."
(em jeito de conselho a alguém que viu mudar o rumo de um sonho)

Então é assim...

(Por Daweasel)


Tás a sentir
Uma página de história
Um pedaço da tua glória
Que vai passar breve memória
Tamos no pico do verão mas chove
Por todo o lado
Levo uma de cada
Já tou bem aviado
Cuspo directo no caderno
Rimas saídas do inferno
Que passei à tua pala
Num tempo que pareceu eterno
Tou de cara lavada
Tenho a casa arrumada
Lembrança apagada
Duma vida quase lixada
Passeio na praia
Atacado pelos clones
São tantos iguais
Sem contar com os silicones
Olho para o céu
Mas toda a gente foi de férias
Apetece-me gritar
Até rebentar as artérias



(Respiro fundo)
E lembro-me da força
(Guardo dentro do meu corpo)
Espero que ela ouça
Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
Até que um dia acordei
E vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
A vontade de gritar bem alto:
"O MEU AMOR MORREU"
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir
Flashback instantâneo
Prazer momentâneo
Penso e digo até
Que bate duro
No meu crânio
Toda a dor
Toda a raiva
Todo o ciúme
Toda a luta
Toda a mágoa e pesar
Toda a lágrima enxuga
Odiando como posso
Não posso encher a cabeça
Não há dinheiro
Nem vontade
Ou amor que o mereça
Não vou pensar de novo,
Vou-me pôr novo
Neste dia novo
Estreio um coração novo
Visto-me de branco
Bem alegre no meu luto
Saio para a rua
Mais contente que um puto
Acredita que custou
Mas finalmente passou
No final do dia
Foi só isto que restou

Todo o amor deste mundo
Perdido num segundo
Todo o riso transformado
Num olhar apagado
Toda a fúria de viver
Afastada do meu ser
Até que um dia acordei
E vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
A vontade de gritar bem alto:
"O MEU AMOR MORREU"
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há de vir


Vai haver um outro alguém
Que me ame e trate bem
Vai haver um outro alguém
Que me ouça também
Vai haver um outro alguém
Que faça valer a pena
Vai haver um outro alguém
Que me cante este poema"

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Nova etapa...

Ausentei me... mas voltei.
As aulas já acabaram... e com elas inevitavelmente se foi a vida académica... Se sinto falta da faculdade? Do que lá construí e vivi sim, sem dúvida... Já n há aulas malucas em q n se percebe metade, coisa que se na altura me irritava e que hoje até lembro com um sorriso, já n temos os lanches e as aulas passadas no bar, já n há horário cm se quer... e (o que mais me faz falta) já n estamos todos juntos com a msm facilidade... Mas é msm assim... as ligações tornam se mais complicadas de manter da msm forma... mas as verdadeiras subsistem e continuam a ser aprofundadas...qto mais não seja com um "olaaa" no messenger, uma msg ou um telefonema... um almoço de vez em qdo ou (pas migas) um jantar mais especial todos os meses...
Estou numa nova etapa da vida... o estágio. Aqueles meses de trabalho não remunerado necessários para acabar o curso e onde esperamos sempre (pelo menos) aprender a fazer as coisas para as quais estudámos mas em que não temos prática alguma...
Estou numa agência de comunicação. Lembro me dos primeiros dias... nervosa e "deslocada" era cm me sentia, apesar de ter sido recebida com enorme simpatia... com o passar dos dias fui conhecendo um bocadinho de cada uma delas e hoje, passados quase dois meses de estágio, sinto me bastante bem lá... O trabalho nem sempre é aliciante mas é trabalho... O ambiente é (quase) sempre óptimo, o que faz com q n se perca a vontade de ir todos os dias direita ao marquês de pombal.
Com o tempo de estágio ganhei estabilidade, sinto me mais tranquila e mais integrada na agência... Mas por outro lado, à medida q o estágio se vai aproximando do fim, aumenta a incerteza daquilo q será o pós-estágio...
Brevemente o veremos...

Nobody said it was easy...

Come up to meet you, Tell you I’m sorry, You don’t know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you, Tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions,
Aww let’s go back to the start
Runnin’ in circles, [sounds like] Comin’ our tails, Heads on the science apart

Nobody said it was easy
It’s such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Aww take me back to the start

I was just guessin’, At numbers and figures, Pullin’ the puzzles apart
Questions of science, Science and progress, Do not speak as loud as my heart
Tell me you love me, Come back to haunt me, Oh when I rush to the start
Runnin’ in circles, [sounds like] Chasin’ our tails,
Comin’ back as we are said it was easy

Aww It’s such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I’m goin’ back to the start

Coldplay, The Scientist

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

10 Apontamentos


1. Sinto-me a meias comigo mesma, sinto-me aqui como se estivesse aí, sinto-me atrás como quem está à frente...sinto-me vazia.plena de saudade.vazia.
2. O trabalho dignifica, dizem. Trabalho. Das 9h00 às 5h30,6h30,7h30.São raras as vezes.Se gosto?talvez.
3. A faculdade.Pessoas interessantes?Sim.Parece-me um cenário novo.Os mesmos locais a serem ocupados por gente que não é a minha.O curso de francês?não quero,mas tem de ser.
4. Em casa. A familia vai bem.A 2ª familia melhor ainda.Gostamos muito uns dos outros."Como te correu o dia hoje?", "Jantas connosco?", "Onde foste?"...
5. Os amigos. São muitos e mantêm-se.Os laços afrouxaram, claro. Os tempos e as prioridades são outros. Mas continuamos a pisar os mesmos trilhos. É bom saber.
6. Amores. Sem eles. Melhor assim. Melhor para ti, melhor para mim, melhor para o coração.
7. Desamores. Existem. Existe(s).
8. Desafios.Sim.Depois das fronteiras da minha imaginação. Quero estar bem longe, quero sair daqui e de ti. A longo ou a curto prazo? agora.
9. Saudade. Sobretudo, de mim.
10. Mãos cerradas, pensamentos entre a almofada. Se somos um ou dois, já não faz sentido essa pergunta. Eu já não sou eu. Sou eu, menos tu...hhuuumm...Não sei se isso significa eu pela metade ou eu só comigo mesma.