terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Na minha casa...


A minha casa está igual...as pessoas estão no mesmo lugar, as ruas têm o mesmo cheiro, as coisas estão no mesmo sitio...onde as deixei...a minha cama, coberta por um manto da minha ausência estava lá no meu quarto, as minhas recordações estavam lá imóveis, como se nunca tivesse partido, os meus chinelos estavam lá no cantinho, assim como a minha escova do cabelo, o meu perfume de frutos tropicais, o meu pijama e toda a minha casa, com aquele aroma tão caracteristico...tanto tempo longe e quase nada mudou...tudo me pareceu coberto de um encanto que há muito não encontrava..uma magia tão especial que só soube descobrir depois de ter estado separada de tudo isto algum tempo...Barcelona ficou lá, também ela cheia de um toque de natal muito requintado que quis trocar pelo cheiro a terra da Serra, pelo cheiro a arroz doce da cozinha da minha avó, pelo toque seco das mãos da minha mãe, pelos sorrisos de todos os meus amigos, por um tudo que agora dou um valor muito maior...Esperam me mais três meses de prova...longe de todas estas coisas que me deixam inundada de uma felicidade que nunca havia sentido...uma felicidade que só consigo sentir na minha casa....

Soube bem voltar a casa...!


Sim, Lisboa estava linda como sempre. Do alto, como pontos minúsculos e coloridos, e em terra, ilumiada, enfeitada e caracteristicamente portuguesa.
Sim, chorei quando a vi. Sim, chorei quando reconheci os rostos que me esperavam (ansiosos) no aeroporto. Sim, estava feliz, estava verdadeiramente feliz.
Sim, a IC19 tinha trânsito e foi realmente devagar que cheguei ao Cacém, todo modificado, com novas ruas, novas placas, novos ares...sim, a minha Vivenda tinha aquele cheiro tradicional e nostálgico. Sim, vi-me ao espelho quando entrei em casa depois de me descalçar e olhei tudo com olhos abertos, atentos, sorridentes. Estava em casa!
Nas minhas costas, uma experiência de marcos e tatuagens fundas: tudo me vem à cabeça, todos os contornos daquela vilazinha belga estão bem nítidos na minha memória, até mesmo as pequenas tonalidades do céu e do lago. Apropriei-me, talvez demais, daquele pedacinho de terra, de vida.
Mas, recebida de braços abertos, de lágrimas nos olhos, de sorrisos extravasantes, só durante alguns minutos é que Louvain-la-Neuve me assomou o espírito. Aqui, onde sempre vivi, tudo é realmente meu, próprio de mim, do meu percurso...que alívio: tudo está como quando me fui embora! É lindo sentir que estamos no nosso ninho, na raíz do nosso berço.
Reencontrar cheiros, rostos, gestos, palavras que contam a história de vidas, pessoas, lugares especiais, que conhecemos e que nos fazem tanta falta quando deles nos afastamos. Reencontrei-os e... redescobri o que neles sempre encontrei de especial.
Enfim, soube mesmo bem voltar a casa, à minha casa!
Mas Janeiro avizinha-se e com ele...o terminar de todo este sonho...

terça-feira, 20 de dezembro de 2005


"Ultimamente estamos como culo y mierda" (son las palabras de Thais, me parece bien...)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Tempo de mudanças


O novo ano está a chegar e com ele uma série de mudanças importantes.
Será em 2006 que acabarei o curso. Porei fim a uma das melhores fases da minha vida: estudante universitária, ou seja, o tempo das sensações fortes, das experiências mais arrebatadoras, das marcas mais profundas. Um pedacinho de vida que me deu as bases para ser como sou hoje, detalhes que acompanharão toda a minha juventude.
Será em 2006 que começarei uma nova fase: estagiar, trabalhar, lançar-me no mundo real. Aí, onde tudo é mais sério, onde a responsabilidade acresce em cada milésimo de segundo e onde as "tontices" de estudante não são mais permitidas.
Um ano que me trará novos desafios. Novos alentos, motivações, dinâmicas. Espero paciente e ansiosa ao mesmo tempo. Atenta, tento eternizar alguns pormenores que sei que são intemporalmente importantes e necessários para ser feliz. Angustiada, penso nos rostos que quero rever para todo o sempre, que quero guardar numa caixinha para os poder revisitar quando a saudade apertar. Impaciente, vejo que cresci mais um pouco e que o novo ano será um ano de consolidação de sentimentos, de decisões, de projectos pessoais que surgiram este ano ainda. Tudo será um pouco diferente, porque eu sinto-me diferente.
O Erasmus contribuiu imenso para isso. E com ele, tudo o que aqui fui descobrindo sobre mim: as minhas potencialidades e limitações, as superações e as desilusões. Desbravei sozinha um caminho que se impôs no meu percurso académico e, apesar de no início ter sido difícil, sem ele não me sentiria realizada, satisfeita. Foi sempre um sonho fazer Erasmus!
No ano que começará, outros trilhos terei que atravessar. Mas não será nunca com o mesmo entusiasmo com que percorri este tão especial (e curto!)...
Sinto que atingi um nível de felicidade que tenho medo de não voltar a presenciar. Veremos os anos que se seguem...o que virá de melhor? Um tempo de mudanças, certamente...

domingo, 18 de dezembro de 2005

Ao homem da minha vida...


Parabéns papá!!!
Mais um aninho, menos cabelo e o q resta cada vez mais branco né? Deixa lá eu gosto de ti na mesma...;)
Já estou a imaginar a casa hoje... Com a família toda... Eu não vou tar aí hoje, mas pa semana já estou... aliás, já estive ctigo hoje... fui te dar um beijinho enquanto dormias e dar-te os parabéns mto baixinho ao ouvido...
Sim, porque eu tou sempre ctigo... Tá bem pai? Sempre... Mesmo quando te levantas de noite e vais ao meu quarto e não me vês lá... Porque sei que me levas no coração assim como eu te levo no meu...

Bxinhos***

Adoro-te mais que tudo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

O presente perfeito!


Após mais de três meses a conviver com estes novos amigos, estas novas caras, estas novas culturas, já nos conhecemos bem. Sabemos o jeito característico de cada um: o sorriso descontraído da Maya (Suiça), sempre de máquina fotográfica na mão; o gosto por clássicos musicais da Barbara (Alemã), que adora fazer "soirées pouffs"; e os momentos tão especiais de gargalhadas com a Maria (Búlgara/Austríaca), com o seu jeito encantador. As quatro, festejamos, rimos, sorrimos, bebemos, brindamos, partilhamos experências, com a promessa de que esta amizade ficará para sempre. Na troca de prendinhas de ontem, confirmou-se mais uma vez que já entramos no "mundo" de cada uma. As perguntas são feitas com um conhecimento adquirido ao longo destes meses e as respostas podem quase adivinhar-se, pelos marcos de personalidade também já captados. Não é preciso muito para construir relações de circunstância, mas para edificar uma Amizade tem de haver dedicação: tem de se saber ouvir, de saber olhar, de conseguir chegar ao centro do outro, à sua verdadeira essência. Em erasmus isto é possível. No meu erasmus, isto foi possível...E na troca de prendas, cada uma ofereceu o presente perfeito à outra. Porque nos conhecemos, porque já sabemos com o que contar (um sorriso, uma lágrima, um gesto de carinho, um sopro ofegante de saudade)...
O meu mundo ficou mais rico porque as conheci...porque as conheci na sua verdadeira essência!
Vous êtes vraiment importantes pour moi...on se rencontre à Berlin, le 7 avril.
Bisous Maya, Maria et Barbara muuua
La "Duracel"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Reescrevo...




Xoriça...muito especial...
Nes...a culpada de uma boa parte da felicidade na minha vida..nestes ultimos anos fizeste me sorrir e deste me todos os motivos para sorrir!
BettyBoop...demasiado parecida comigo...ainda bem que me cruzei contigo ;)

Estrelinha...a felizarda por ter estas três sempre comigo :)

Juntas, parecemos os Power Rangers (cada uma tem o seu poder) eheheh

...uma Estrela, uma Lua e uma BettyBoop...



...um dia conheci uma Estrela, que brilha muito... uma estrela cadente que veio "cair" na minha vida quando entrei no secundário... Desde aí uma estava com a outra, desde aí iniciaram uma amizade muito grande, desde aí nunca se separaram... Tanto que seguiram juntas para a mesma universidade com a ansiedade de quem não sabe o que lhes espera... Aí chegadas, numas escadas da FCSH encontrei uma Lua, cheia de luz e que ilumina a noite escura... Depois bem perto da esplanada da faculdade encontrei uma BettyBoop, disfarçada de uma loirinha cheia de uma energia contangiante...
Nesse dia pensei que eram dois conhecimentos de circunstância, que iam ser duas colegas de turma... Hoje sei que não... Juntaram-se à Estrela e agora as três são pedaços do meu coração... A Estrela tem um sorriso lindo, a Lua é recheada de jeitos e expressões alentejanos que eu adoro e a BettyBoop tem uma tendência para pequenas "bacoradas", das quais não posso deixar de sorrir com ternura... São coisas que as fazem ser vocês, são coisas que guardo com carinho, tornando-vos um pouco minhas também...

Distância? Sinto-a por não vos ver, por não ver os olhos brilhantes da Estrela, os canudos da Lua ou a BettyBoop a dançar... Uma parte de mim sente-vos longe... Mas a outra nem sabe o que é a Distância... não a conhece, sente-vos tão perto... Essa parte é Amizade, que vos leva para onde quer que eu vá...

Gosto de vocês, muito...

sábado, 10 de dezembro de 2005

Vai saber bem voltar a casa


Faltam menos de duas semanas para voltar a Portugal, para as férias do Natal. Já há um brilhozinho nos olhos, uma ansiedade difícil de controlar.
Vai saber bem sobrevoar o país e ver Lisboa como um puzzle minúsculo. Chegar ao aeroporto (que eu detesto) e sorrir ao ouvir português por todo o lado. Vai saber bem deixar-me contagiar pela energia dos portugueses, de um povo simpático e aberto. Buscar as malas, sozinha, mas alegre por saber que alguém estará à minha espera. Vai saber bem sentir o cheiro de uma cidade cheia, inundada de vida como é Lisboa. Fechar os olhos e ouvir os seus ruídos de depois do almoço. Vai saber bem ver a minha mãe e o meu pai. Tocar no cabelo da minha mãe, sorrir-lhe e dar-lhe a mão sem nunca mais a largar. Abraçar o meu pai, aquele abraço forte. Limpar as lágrimas para ele não me ver a chorar. Vai saber bem ver a placa "Cacém", passar a IC19 devagarinho por causa do trânsito, ver a Serra de Sintra ao fundo, com um ligeiro nevoeiro a pairar-lhe por cima. Os prédios, o Intermarché, a Gama Barros, a casa da minha tia Teresa, o Pãozinho do Bairro, as vivendas. Vai saber bem fechar os olhos e sentir o cheiro tão característico da Vivenda José Maria Marques. Sorrir à minha avó São e dizer-lhe que já comi, que não tenho fome e que não quero comer em breve. Vai saber bem ouvir o barulho do pequeno portão preto. Subir as escadas de duas em duas e tocar à campainha. Entrar e ver-me ao espelho, descalçar os sapatos e sentir a pedra fria do chão nos pés. Vai saber bem ouvir a minha tia Olinda no andar de baixo, o riso da Patrícia. Rever o meu primo Diogo todo giro e dizer à minha prima Raquel que estou mais gorda.
Vai saber bem ver a minha avó Deolinda, dar-lhe uma festinha na cara e sentir as suas suaves ruguinhas. Olhar a Vivi e dizer que estou feliz por ela ter entrado para a faculdade, rir-me do sorriso tão maroto do meu primo Bernardo, ao lado da minha tia Zézinha (com o mesmo sorriso) e do meu tio Carlos. Vai saber bem ouvir a minha madrinha tentar falar francês e tocar-me nas costas enquanto fala comigo, como ela sempre faz. Ouvir as histórias da minha prima Marta, do Ivo, o pássaro a cantar na cozinha (que cheira sempre a comidinha acabada de fazer).
Vai saber bem ir a São Marcos e dar um abraço ao Rui, dos nossos, com as bochechas coladas. Brincar com o spot, mexer-lhe no pelo farfalhudo, não ligar ao Chico ciumento e chamar Caroxinha à João. Vai saber bem ir conduzir (no meu "clito") até Oeiras, até Lisboa, até à faculdade e subir as escadas da torre. Ver a esplanada, as àrvores, o espaço tão agradável que nos é oferecido. Vai saber bem ollhar os olhos castanhos da Ana e os verduscos da Inês. Dizer-lhes que tive saudades nossas. Tocar nos fabulosos canudos da Laura e perguntar-lhe pelas novidades.
Vai saber bem rever rostos, lembrar cheiros, ouvir os sussurros da minha vida.
Vai saber bem chorar por recordar momentos, revisitar lugares mágicos, reabsorver as boas energias de cenários conhecidos...
Sentir saudade, dar valor ao pormenor que nunca antes tinha prestado atenção.
Vai saber bem voltar a casa...

Natal...



Tá a chegar o Natal... Uma época que eu adoro... Passo-o smp em família, ela é indispensável pa mim. Vejo este Natal com outros olhos relativemente aos passados. Este Natal vai ser de reencontro, vai ser com mais emoção, com mais alegria, com mais significado... Todos os anos preparei o Natal com a minha família... Neste não vou preparar nada, não estou lá a tempo disso... Quando chegar já deve estar tudo pronto... À festa de Natal vão-se juntar as festas de anos da minha mãe e do meu pai, que não conceberam fazê-las sem mim... Vai ser uma explosão de sentimentos, vou viver três momentos num só...
Adoro o Natal por esse espírito que ele carrega. O facto de ser a "reunião de família" não me diz mto porque a minha família está smp junta, fazemos da união um hábito e não uma coisa esporadicamente ligada a este ou aquele dia do calendário...
Mas também é verdade, e aqui está patente o espírito consumista, que adoro dar prendas... E este ano está mto complicado... As ideias não ocorrem, o dinheiro é pouco e o espaço no avião pequeno... Enfim, vou vendo coisas e penso "isto era giro para X"... Bom, contenta-me pensar que as passoas a quem dou presentes pensam como eu: as coisas grandes por vezes são pequenas em significado e as pequenas, por sua vez, se forem dadas com carinho, tornam-se enormes ou pelo menos especiais... Não concordam? ;)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Anjo_BCN



dias em que me sinto como uma anjinho, sem asas...aqui no meio da confusao que trouxe o Natal, passo como a voar..passo por aqui, passo por ali...sem asas...porque aqui em Barcelona...quem tem asas nao quer voar daqui, quem nao as tem...sonha em voar para outro lado...(faltam poucos dias para voar para Portugal) (",)....

Encantada...


Rendida aos pés de Dalí...de facto o Museu-Teatro Dalí, em Figueres, vale a pena, saí deslumbrada com tanta loucura...melhor do que contemplar nos livros de arte, é estar ali em fente a uma obra que de certeza é fruto da insanidade...Dalí...um freak..acreditem!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Um país...um mundo novo!


Após alguns meses num país estrangeiro, começamos a compreender as suas tradições, os seus contornos sociais, económicos, políticos, culturais. Adoptamos uma visão menos crítica e mais de aceitação, de apropriação até. Procuramos caminhos nos mapas, monumentos, marcos que nos façam criar uma representação rápida e genuína daquele pedaço de terra que anexamos ao coração. A Bélgica é um país pequeno. Tem muito verde. Chove muito. Tem cidades muito escuras, cinzentas, mas ao mesmo tempo, encantadoras, de contos de fadas, imponentes. Bruxelas diz-se a capital da Europa, já que acolhe a sede do Parlamento Europeu. É um país federalista e com uma família real activa. É principalmente bilingue: fala-se em francês e em flamengo (e ainda tem uma pequena região onde se fala alemão). É assim que posso fazer um rascunho (muito "rascunho") deste curioso país...mas se quiser desenhar um pouco mais direito, com linhas mais perfeitas, direi que descobri muitos outros pormenores interessantes, tradições originais, uma cultura diferente.
Belgique, país conhecido pelos chocolates, a cerveja, a Banda Desenhada e as frites (batatas fritas) . Em cada canto existem chocolateries, bares com mais de 2000 tipos de cerveja diferentes, lojas do Tintin, friteries...
É um país de sabores, de histórias.
Conhecê-lo é/foi, também, entrar no seu espírito, ouvir os seus mitos, compreender as suas contradições, os seus ideais...adoptá-lo como experiência!
É um cantinho bastante acolhedor. Espero cá voltar e por aqui ficar mais um tempinho...há sempre novos pormenores a conhecer. Para mim, será sempre um mundo novo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

BI (l) BOM

Foi bom rever-te..foi bom poder falar contigo, foi bom revisitar os teus lugares, foi bom ouvir te dizer "estou tão cheia", foi bom poder conhecer as tuas coisas, foi bom estar contigo num lugar diferente, foi bom ver coisas novas, foi bom recordar situações, foi bom andar na chuva, sentir o frio do pais basco, foi bom passar por pessoas novas, experimentar pormenores novos, foi bom..estar em Bilbao.. Foi BI (l) BOM :)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Jogo das diferenças...










Diferenças?
A primeira foi tirada em Barcelona, num bar que faz lembrar o Real... A outra em San Sebastian, num comboio turístico... Na primeira tava-se bem, na segunda tava um frio daqueles... Em Barcelona até tava mais magrinha... Eu fui a Barcelona, ela veio a Bilbao...

Mas vejamos as semelhanças... Nas duas estão duas melhores amigas, nas duas sorriem, nos dois momentos havia a amizade de sempre, nas duas ocasiões a saudade de dias passados juntas... Nos dois sitios puderam dizer "boa noite" e "até amanhã", passear, conhecer coisas novas, rir, chamar "chata", dar miminhos... Deu para confirmar mais uma vez que és a minha migalhinha...
Sei que não é tua Barcelona nem Bélgica da caricas mas é o meu País Basco... Gostaste? Eu gostei de te ter cá...

Muah*

"Pensámos em ti..."

Acabada de ir pôr a minha migalhinha ao aeroporto vejo que tenho algo na caixinha do correio... um postal... de Bruxelas!!! Das minhas "mais-que-tudo" em amizade...:)
Adorei amigas...mto... e eu tb penso em vocês... smp...
E realmente é uma pilinha mto pequenina... pobrinho...lol

Muah muah muah

domingo, 4 de dezembro de 2005

"Sentes-te sozinha?"


De repente encontro-me junto de "gente", de pessoas, onde todos falam, riem, tocam, dançam, convivem. Eu estou no meio, aquele lugar que parece o mais rodeado de vida, onde eu posso absorver todas as conversars, olhar todos os sorrisos, agarrar toda a energia que se cruza no ar. E, estranhamente, não ouço nada, não vejo nada, não toco nada de concreto. Os meus sentidos estão desamparados, desligados de um mundo onde os meus pés muito discretamente posam...
Sinto-me invisível. Estou transparente. Solto um grito com todas as minhas forças e só um eco de uma lágrima se denuncia. Os sons que de longe me chegam estão distorcidos agora. Não é música, julgo eu. Chiu... não é voz. Também não são palavras....é o bater do meu coração. Consigo contar os milésimos de segundo entre cada batida. Agora parece chegar-me mais alto. Olho para dentro de mim, e não encontro silêncios. Mas também não encontro vozes. Talvez murmúrios, sussurros. De sonhos que tenho, de poemas que leio, de músicas que ouço, de mundos que imagino, de experiências que me marcaram.
A mente não cessa de viajar. Deixo-me cair num chão frio. Vou além do mar, além da terra, além do céu...
As pessoas continuam lá. Falam comigo, pedem-me respostas. Sorrisos e risos.
Mas a verdade é que ninguém chega a mim. Todos se posicionam longe, distantes, inalcancáveis. É como se só o corpo sentisse o calor dos outros, o seu toque, a sua presença.. Mas eu não. O meu eu não. Não entendo...o coração agora está quase calado e ninguém pergunta porquê. O silêncio incomoda-me naquele momento. A vida que me envolve é intocável, o ambiente de alegria parece uma ilusão.De repente acordo. Alucinações de sonho.
Vou para junto da "gente" e revivo o mesmo.
"Sentes-te sozinha?" Sim, quando estou rodeada de pessoas...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

"À nous, à l'amitié, au Carpe Diem et à moi"


Merci pour tout Jenn et Inès: les sourires, les soirées, l'amitié, l'attention, l'aide, la sympathie...vous etes formidables, super Kokoteuses! J'ai eu de la chance...
Amies pour toujouuuuuuurs!
Vous allez me manquer beaucoup.
Santé!

Há sonhos que se realizam...


Embarcar na viagem Erasmus já foi uma grande aventura...reviver a cidade de Barcelona...uma vontade concretizada, conhecer gente de muitos lugares distintos...um desafio, ingressar na UPF...uma surpresa, viver com gente nova...um teste, aprender o catalao...uma brincadeira, conhecer sitios novos...um privilégio, viajar até à Bélgica e ter alguém à minha espera...um sonho, ir amanha até Bilbao e saber que à noite vou poder dizer..."até manha miga, dorme bem"...um sonho realizado*Estou feliz!!!