quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Boas Festas

(Foto by Betty-Boop)
Espero que 2010 traga mais vida a este blog que termina 2009 sem um post das restantes "B.A.BA's" e sem qualquer referência ao último jantar das amigas no Porto.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Jantar de Natal das Amigas

O melhor do Natal de '09

domingo, 6 de dezembro de 2009

Orgulho FRIEND.



Fotos: Bettyboop

Foi LINDO! :)
love u
mua

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ORA VEJAMOS:

A Betty Boop não escreve nada desde 14 de Outubro.

A Branca de Neve desde 12 de Setembro.

Isto está bom, está!

Convenhamos que os prognósticos para o BABA não são animadores.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Como o tempo.

Hoje oiço toda a gente nos corredores a dizer - "estou como o tempo". Embora a expressão não me assente como uma luva, também eu hoje me sinto assim. Sinto-me cinzenta como o céu e inconstante como o vento. Por dentro, caem pingos de chuva, a saudade. As raízes estão molhadas e não aceito mais água. Começam a aparecer as primeiras cheias deste Inverno, até aqui seco e solarengo. Já não me lembrava como eram estes dias soturnos, escuros e vagos. Já não me lembrava como sabiam bem os pés quentes e o coração aquecido.
(...)
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

(Ornatos Violeta)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Alguém tem razão.

@Golden Porsche Sessions

domingo, 25 de outubro de 2009

As amigas estão crescidas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nova janela


Depois de um período sem escrever, regresso com a última novidade: o meu novo espaço na blogosfera. Pois é, tomei finalmente coragem e decidi criar um cantinho para desvendar alguns instintos relacionados com tendências, moda, design, ideias inovadoras e tudo o que considero cool.
Ao contrário do B.A.BA, esta janela não revelará reflexões pessoais, dissertações sobre o meu interior ou histórias de vida. Será um olhar meu sobre parte da realidade, reflectido numa fotografia, num texto ou num vídeo que me tenha chamado a atenção.
É uma janela para ser visitada, comentada e que quer interacção. Por isso, espero que depois de se inspirarem no B.A.BA, passem por lá e deixem a vossa marca sempre que vos provocar uma emoção!

A minha nova janela mora em http://trendmeup.wordpress.com
Welcome all :)

Mãos dadas.

Acho que ainda não consegui entender bem porque é que as pessoas dão as mãos. Aliás porque é que os namorados dão as mãos. Porque é que dar a mão significa cumplicidade e amor. Porque é que a minha mão na tua pode querer dizer "para sempre". E por isso tenho medo de te dar a mão. Porque há quem diga que "mão na mão" é sinal de paixão. E que os dedos entrelaçados inspiram histórias de romance a poetas e sonhadores. E por isso tenho medo de te abraçar e passar-te a mão pelo rosto. Porque há quem diga que depois de um olhar eterno, há sempre um dar as mãos.

Afinal de contas quando demos a mão pela primeira vez?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ciao Bela

Em Milão a vida é vista em cima de um salto alto.

Lá em cima, no Duomo, podemos ver a cidade inteira.









Lá em baixo, fazem-se compras e mais compras.













À noite escuta-se Tori Amos. A Tori Amos.










E foi tão bom!


Em Florença respira-se história e a beleza de uma cidade pintada a fresco.




















E a companhia foi a melhor de sempre e do costume.














No regresso, Lisboa recebeu-me com um dia cinzento e pensamentos nublados. Devolvi-lhe apenas um sorriso.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Outono.

O Outono chegou ontem. E eu sinto-me como uma árvore de folha caduca. Deixo a areia da praia no chinelo, o cheiro a sol na gaveta e o doce do gelado de chocolate no canto da mesa. Da Primavera, guardo as flores violeta e o aroma a maçã. O Outono traz-me a melodia das folhas a namorar a terra e o sabor a castanhas e vinho do Porto. As folhas caem e com elas as memórias de um Verão pouco quente. Este Outono começou entre os lençóis e com a recordação dos tempos em que o vento enchia de folhas as bermas daquela avenida.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

3Minutos

Não me dê mais
Que três minutos de atenção
Eu fico em sobressalto
Refém da inquietação
Essa velha camarada
Que não deixa passar nada
E me tolda a razão

Ao terceiro minuto
Fico apaixonado
A sonhar como um puto
Por isso tem cuidado
Mantém frio o teu nervo
E conta bem o tempo
Que em pouca água eu fervo

Três minutos de atenção
Não digas sim nem não

[Três minutos de atenção, Rui Veloso]

diferente.

O som é diferente.
A palavra é diferente.
O cheiro é diferente.
O sabor é diferente.
É diferente.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Do Norte ao Sul - ir para fora cá dentro!

Guimarães

Em Viseu, com a Constança
Gerês


Caminha
Viana do Castelo

Serra do Caramulo
Góis
Vilamoura



sábado, 12 de setembro de 2009

hi4


E as amigas juntaram-se outra vez :)
Desta vez sem foto de grupo*, um pouco à pressa (isto de ficar parada no meio da auto-estrada num táxi avariado e perder o comboio foi bonito... ou não). Mas soube tão bem. O di casa foi a nossa casa desta vez.
Continuo com saudades nossas. E espero pelo próximo. Um fds no Porto :)

Um hi4 pa nós.

*Mas com uma foto artística, que só nós percebemos (ou será que não?)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O melhor sítio do mundo.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Hoje apetece-me ser lamechas.

Something always brings me back to you.
It never takes too long.
No matter what I say or do I'll still feel you here 'til the moment I'm gone.

You hold me without touch.
You keep me without chains.
I never wanted anything so much than to drown in your love and not feel your reign.

Set me free, leave me be. I don't want to fall another moment into your gravity.
Here I am and I stand so tall, just the way I'm supposed to be.
But you're on to me and all over me.

You loved me 'cause I'm fragile.
When I thought that I was strong.
But you touch me for a little while and all my fragile strength is gone.

I live here on my knees as I try to make you see that you're everything
I think I need here on
the ground.
But you're neither friend nor foe though I can't seem to let you go.
The one thing that I still know is that you're keeping me down


Something always brings me back to you.
It never takes too long.


[Sarah Barreilles, Gravity]

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Verdade.

A verdade é que as minhas amigas não escrevem. Então eu também não escrevo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Trocar de perfume.

Não sei muito bem o que fazer quando o perfume se acaba. Com o tempo habituamo-nos àquele cheiro e ao aroma na pele. O meu perfume cheira a primavera. A flores do campo e a felicidade. Cheira ao voar das borboletas e ao verde dos malmequeres. Cheira a nuvens. E a sol. E é com ele que começo o dia. A cheirar a sol e a luz. Mas já estou nas últimas gotas desta poção mágica. A força da fragância já não é tão forte e com ela desaparecem as imagens a cores.

Talvez até seja bom mudar de perfume agora. Corta-se pela raiz o aroma que plantou os sonhos em mim. E por detrás da cor de colónia pode haver um arco iris de quimeras. Talvez agora seja a altura certa para mudar de rumo. Talvez seja o momento indicado para trocar as voltas ao olfacto e assumir um novo perfume.

Mas escolher um novo perfume não me parece tarefa fácil. O aroma do anterior permanece entranhado. E com ele as memórias escondidas entre a nuca e o interior do pulso. E no cabelo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Deixa-me dizer-te.

Um dia monto um cenário destes na minha vida.

A liberdade é imparável.

Não tenho dúvidas de que assim é. A liberdade é imparável e destruidora. Com ela chegam as dúvidas e os desatinos. Com ela surgem as inoportunidades e os acasos. E graças à liberdade sou quem nunca fui e apareço onde nunca estive. Não me agarro nem me deixo prender. Posso experimentar diferentes sabores e criar diferentes histórias. Inventar personagens com finais felizes e casinhas de chocolate. Posso dizer que "sim" ou que "não" quando me apetece e, sem mais, deixar fugir por entre os dedos a areia de uma praia só. Posso até construir castelos e fazer-me passar por fada. Posso vestir preto, roxo ou castanho, sem perguntar ao olhar. Assim é bem mais fácil e, graças à liberdade imparável das coisas, deito fora os difíceis e jogo com os impossíveis. E é tão melhor assim.
Foi com a liberdade que aprendi a jogar às escondidas e ao monopólio das paixões. Foi sempre ela a ganhar e a fazer-me perder pontos a favor da loucura. Não tenho dúvidas de que assim é. A liberdade é imparável e apaixonada.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Comporta.

Amigas apoiam L. na "vida a dois"

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A Estrelinha foi à bruxa.

Decidi que tinha de ser. Que tinha de ser ali e porque sim. Queria saber do destino e dos porquês. Estendi a mão à leitura. E quis saber se seria sempre assim. Estendi a mão à senhora das fantasias e dos medos. Dei-lhe a ler os olhos e o olhar perdido. Queria saber o que diziam as cartas e o que significavam todos aqueles sinais. Queria saber o que eram as coincidências e os ditados.
Mas quando me olhou na alma não soube perguntar nada. Deixei-me levar pelo quente da mão na mão. Deixei que me levasse até onde lhe apetecesse. Não fui capaz de verbalizar as vontades e muito menos as perguntas. A vontade de saber de ti era tanta, que não soube articular o quê com o porquê. Acabei por me render à evidência do "para sempre".
Foi isso que a bruxa disse. Que era para sempre e como sempre. Que nada poderia fazer para que o destino mudasse de rumo. Que mais do que eu, havia alguém do outro lado a pensar assim. A bruxa disse ainda que nada ia mudar. Que o mau iria ser sempre mau e que o bom iria sempre melhor. Extravangante. Que o bom iria ser sempre eterno e inesquecível. E que o mau nunca iria ter lugar.
Bruxa! Dizem que algumas são traiçoeiras. Esta não me pareceu. Aliás há muito que a conheço. Que sei onde mora e quais as intenções. Dali nem bons ventos nem bons casamentos. Até eu sei disso.
Confessou que também ela tinha lançado as nossas cartas. Mas não tive medo disso. Voltei a olhá-la nos olhos cor de amendoa.
E perguntei-lhe se sabia onde tinha nascido este sentimento. Ela não hesitou na resposta. Foi o destino que o trouxe, disse.

E toda a gente sabe que acredito mais no destino, do que nas bruxas.

As amigas voltaram!!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

És uma cool quê?

thecoolhunter.net

Peço desculpa pelo facto de este ser um post um pouco maior do que o habitual, mas achei que seria interessante pegar em alguns excertos de um artigo da Rua de Baixo (se não conhecem este site de conteúdos, então estão a perder MUITO! www.ruadebaixo.com) para elucidar, de uma vez por todas, o que é isto que eu quero ser/já sou(?)...



Coolhunters



Uma câmara fotográfica, um caderno de apontamentos, muita curiosidade e extrema sensibilidade: as principais características de quem se dedica a identificar tendências com o objectivo de encontrar, em grupos restritos, elementos que possam ser massificados. São eles que ditam o que vai ser moda amanhã. São Coolhunters.

(…)

Recuando um pouco na história, nos anos 50 surge em Paris o “negócio” das tendências de moda, com o intuito de ajudar a indústria têxtil a ir ao encontro das novas exigências do mercado pós-guerra. Nesta altura, nascem os primeiros observadores de tendências. Eram pessoas muito viajadas, jornalistas de moda, ou influentes na sociedade, que procuravam melhorar o look e a qualidade dos produtos estandardizados. Começaram por fazer apenas pequenas sugestões baseadas em quadros de cores e alguns esboços. Com o passar do tempo as suas recomendações tornaram-se mais elaboradas, surgindo os primeiros gabinetes especializados em tendências.

Actualmente, os métodos de antevisão de tendências são quase idênticos aos que se praticavam nos anos 50: combinação de intuição, viagens frequentes, consciência de styling e fazer shopping fora do país; adicionando os quadros de cores e texturas, que se apresentam hoje em dia mais up-to-date, e em formato de trend books.

(…)

Os Coolhunters são elementos fundamentais para a elaboração destes Trend Books. Sempre acompanhados de uma câmara fotográfica, um caderno de apontamentos, muita curiosidade, extrema sensibilidade, maioritariamente jovens: estas são as principais características da nova vaga de profissionais que andam na estrada sempre atentos a tudo, observando o que se passa em seu redor, com o objectivo de identificar, em grupos restritos, elementos que possam ser massificados.

(…) De modo geral, são analisadas as transformações globais, a convergência de culturas, o aparecimento de novos valores e a importância dada ao consumo pela sociedade contemporânea. No fundo, estes são os factores que as marcas procuram saber e nos quais se baseiam quando são criados os seus produtos e serviços, afim de os individualizar satisfazendo as necessidades, cada vez mais exigentes, do consumidor.

Para atrair mais consumidores, e para além do uso de estratégias de marketing e comunicação, as empresas recorrem muitas vezes aos Coolhunters. Este recurso tem como objectivo construir um imaginário e uma imagem exclusiva e única: elementos fundamentais para qualquer empresa de sucesso. Esta é uma nova figura que tem como função trabalhar todos os sectores etiquetados de lifestyle, um conjunto de símbolos provenientes do design, da moda, da tecnologia, arte… A tarefa dos Coolhunters está em partilhar os valores, as linguagens e os estilos de vida próprios das tribos de consumo. São pessoas com forte vocação criativa para captar sinais de renovamento proveniente das sub–culturas mundiais. São observadores atentos aos comportamentos e necessidades da sociedade, estão em constante actualização, localizam tendências aplicadas a todas as áreas. São pessoas de sensibilidade extrema, observam e analisam tudo o que lhes desperta os sentidos (por ser diferente e interessante), anotam opiniões de desconhecidos que influenciam as atitudes de um grupo (designados por trendsetters), navegam em blogs, websites e comunidades virtuais, andam pela estrada e viajam frequentemente, analisam as montras (com visão crítica), frequentam locais novos para perceber as suas influências e inspirações, discotecas, transportes públicos, mercados, recolhem fotografias, prospectos, programas de concertos, frequentam teatros e galerias, interessam-se por arte, passam tudo a pente fino sempre à procura de criatividade.

A última tarefa a fazer, após todo o intensivo trabalho de campo realizado pelos Coolhunters (designado por Coolhunting), é reunir e compilar todo o material adquirido até então, para posteriormente ser analisado no interior das empresas por especialistas ligados a vários sectores, nomeadamente Marketing, Consumo, Sociologia, entre outros.

Com a importante ajuda dos Coolhunters consegue-se, actualmente, antever o mercado de consumo futuro. Assim, é com base na pesquisa efectuada por estes profissionais de “última geração” que as marcas podem ter uma visão mais real e actualizada do percurso que devem seguir para alcançar o sucesso.



Por Bruno Brazão, in Rua de Baixo

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Outro som II

"O barulho dos teus pensamentos irrita-me", pensei enquanto sentia os meus passos incertos graças ao ruído dos murmurios. Ousei pensar que se tratava apenas de mais um episódio, desenhado ao som do encanto da serpente. Mas o doce das palavras, o cheiro a Lisboa e desamparo dos olhares tomaram conta de mais um capítulo. Apeteceu-me apaixonar-me outra vez, depois de contemplar a genialidade que não se perdeu. E que para além disso regressou muito mais amadurecida e audaz. Capaz de apreciar um bom vinho e dizer que não a um concerto ao largo. Capaz de ignorar a beleza da cidade e deixar para trás o vício do retrato a preto e branco. A certeza veio quando repeti o cenário e as deixas. Quando de repente a rua se calou e voltei a ouvir aquele som. Um outro som.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Perdida...(en Lisboa)

Sobrevivi a mais uma despedida...

Hasta pronto Madrid!!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Damas de Honor

20/06/2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Tempo.

O tempo passou mais que rápido. Da troca de olhares à troca de alianças vou um contra-relógio. Dei-me conta que se tinham apaixonado, quando de olhar envergonhado ela confessou: "ah..é ele". Ele de manifesto olhar timido e voz clara conquistou-a com a sabedoria e transparência das palavras. Ou talvez pelo olhar fundo do mar. Ela encantou-o com aqueles caracóis de trigueirinha, dourados pelo sol do Alentejo. Conquistou pela doçura dos gestos e pelas flores que traz no cabelo. Ele gosta de ler história, ela gosta de ler histórias. E foi assim que nasceu a história deles.
(...)
Quando o tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo deles tem, o tempo respondeu: tem o tempo que a L. e o C. quiserem. E é por este tempo que eles amanhã vão dizer "sim". Pelo tempo das papoilas, dos bilhetes debaixo da almofada, dos sonhos e da Lezíria. Com o amor na voz e a destreza de quem conhece os trilhos a dois.
(...)
A mim tremem-me os pensamentos. Os pensamentos de quem viu esta história crescer. De quem viu esta história construir castelos e casinhas de bonecas. De quem não acredita no amor. Mas de quem acredita e confia na dedicação, na conquista e no ceder. De quem acredita na diferença e na paixão.
(...)
Quase que me esquecia de dizer que estou muito feliz com o vosso "sim" para o amanhã.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mar em Sesimbra é azul


...é feito de azul e de transparência. De areia marcada a passo de gente apaixonada e coberto de conchas quebradas pela força das ondas da inconsciência. O mar em Sesimbra é azul e o fundo das águas é feito de tesouros escondidos, escombros de histórias esquecidas e desejos despejados à água. O mar de lá é azul, para lá da Ponte, do ruído ensudecedor do comboio e do latejar das gentes. É azul praia, azul céu. Abraço aquele mar com uma mão cheia de nada, lançando sonhos ao naufrágio e memórias ao desaparecimento. O mar azul vai levá-los para longe. Na concha do passado, no coral das esperanças. Mergulho nas águas daquele mar azul prata e vou até mim. E deixo que a areia passe por entre os dedos e que a água gelada me trave os desatinos. Afinal aquele mar é azul e transparente.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pré-depressão-de-já-ver-o-fim-demasiado-próximo

Foto: Parque del Retiro/CA
8.Junho.09

...é inevitável. Sou assim. Sofro de um mal de sofrer por antecipação. Por mais que tente, por muitos esforços que faça, não consigo. Por mais que me digam, me aconselhem, me ralhem para não ser assim... é impossível mudar! Já vejo o fim. O fim de um pequeno sonho. O terminar de mais um momento de ouro. E custa tanto...
Já não falta nada para o dia 29 de Junho...já está ali na primeira página do calendário do telemóvel, da agenda. "Ainda faltam 21 dias", diziam-me hoje, para me animar. "Tens de aproveitar ao máximo!". E o mal deste mal (de sofrer por antecipação) é esse: o "ainda" parece que foge no meu vocabulário e das conversas do dia-a-dia, para dar lugar a muitos "já". 

14.Junho.09

A despedida já está marcada. Já me dizem "até Domingo, na tua despedida". 
Passou tudo a correr. O tempo voou, como gosta de fazer nestas situações. Quatro meses de um só sôfrego...
A (dura) realidade espera-me, logo ali ao lado das pessoas que me fazem feliz e que tenho vontade de ver. Mas voltar à minha vida é como andar para trás...descer de novo ao pequeno buraco onde estava antes de vir para Madrid...cair outra vez naquela dormência de dias...viver com as prioridades mal ordenadas...
Sim. É verdade que agora levo mais bagagem às costas. Levo mais um pedaço de conhecimento cujo rasto não quero perder. É a essa força que vou agarrar-me para também fazer como que o tempo voe até que a magia bata à minha porta. E, sim, ela vai bater porque vou procurá-la até ao fim...

domingo, 7 de junho de 2009