segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Precisava de um "ti"

Foto: CA/Timor-Leste


Hoje deveria ser o dia de fazer um post sobre as férias, como estava combinado. Falar dos destinos de sonho que tive oportunidade de conhecer. Contudo, hoje é daqueles dias que não consigo falar com optimismo, com felicidade e com alegria, como manda um post sobre férias na Ásia.


Hoje sinto-me triste. A cair num escorrega em direcção a um pequeno poço escuro. O pior é que não encontro as escadas. Mas como vou devagar, vou tentado descobrir ao que é que me posso agarrar. Hoje não existem apoios para mim. Apenas espinhos enrolados às coisas do quotidiano: no sono, no trabalho, na estação, no passeio das avenidas tortas da motivação.


Hoje precisava de dizer "preciso de ti" a alguém. De dar ao mão a um destino, encostar a cabeça num muro sólido e ficar à espera de um sussurro discreto de alento. Gostava de dar uma caminhada para chegar mais rápido ao amanhã, ao amanhã deste ano, desta época, desta humanidade. Hoje era um bom dia para deixar cair uma lágrima visível e não recolhe-la com a mão. Deixá-la rolar até que perdesse o sabor salgado. Só uma...


Apetecia-me ter a liberdade para voar até ao sonho que me faz sorrir. Correr para outras paragens e gritar a plenos pulmões "SOU". Apontar o dedo a quem o merece e rir-me da pequenez da sua importância. Ou talvez o que eu queira mesmo era arrancar este dedo que me persegue e sair da sombra de gigantes que (ainda) condicionam os meus (des)equilíbrios interiores.





Hoje estou assim, quieta. Precisava de ter um "ti" para um "mim" diferente...

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