terça-feira, 13 de maio de 2008

Tempo.Tiempo.Temps.Time.

"Tudo o que pedimos é tempo". Assim dizia Meredith no último episódio da Anatomia de Grey, na RTP2. No final, é esse o objectivo latente do dia-a-dia...queremos sempre ter tempo. Mais tempo. Tempo.
Para crescer. Para nos erguermos depois da queda. Para entendermos. Melhor. Para não sofrer, para viver, para aprender, para amar. Para ser amada. Ou tão simplesmente, tempo para termos de sobra.
É uma ausência constante. Um termo sempre presente pela não presença. Perdemos tanto tempo a dizer que não temos tempo e a pedir tempo, que perdemos a noção do tempo e entramos num círculo vicioso. Nunca ninguém tem tempo a mais.
Vivemos em contra-relógio, em contagem decrescente. As horas, os minutos, os segundos, são cadências que marcam um ritmo. O ritmo da vida. Aquela que queremos encher de tempo.
Os momentos não crescem. Não esticam. Não se multiplicam. A maior parte das vezes são efémeros, alguns irrepetíveis, outros são apenas instantes de tempo, partículas ocas que ocupam tempo. Tempo denso.
"Nunca morras", foi o pedido que a outra personagem da série, Cristina, fez. Afinal, não é mesmo isso que todos queremos pedir?

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