segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não se pode ter tudo...


...mas eu estive lá perto. Todos os que me conhecem sabem que sou hiper-mega-consumista e que, por isso, gosto de prendas. Sim, é verdade, gosto de malas, roupa e carteiras, cremes, maquilhagem e sapatos. Não posso dizer que não.
Mas juro que este ano a única coisa que pedi foi - não me importando com o quão cliché isto pareça - estar perto das pessoas importantes. Porque, afinal, este seria o meu primeiro aniversário fora de casa, do meu ambiente natural. 25 anos depois...
E se a crise - ou outro obstáculo mais injusto - me prende nesta cidade-adoptada no dia dos anos, outras forças mais poderosas se levantam para que a felicidade chegue por outras vias. Fazendo jus ao ditado, a montanha veio mesmo até Maomé. A montanha de 10 cumes - cada um com o seu grau de parentesco - chegou a Madrid por partes, mas bem. E o fim-de-semana, que me parecia tão curto, transformou-se num eterno conto de fadas onde tudo acaba bem demais para ser verdade. 
Entre passeios pelas largas avenidas desta capital, cafés em esplanadas caras mas perfeitas, fotografias de todos os ângulos e risos, gargalhadas e abraços, o tempo parou e deixou-me saborear cada minuto com profundidade para matar as saudades. Mostrar-lhes Madrid, guiá-los pelas ruas que tantas vezes cruzei sozinha nestes últimos dois meses, comentar-lhes os detalhes que descobri por aqui, apontar os recantos que me fazem sorrir e contar-lhes as histórias que já vivi foi o melhor de tudo. Poder partilhar com todos a vida daqui era algo que queria muito fazer...que tantas vezes imaginei.
E sem saber se havia de sorrir ou chorar por tanta emoção junta, por estar quem estava e por quem não estava, devia estar, mas não podia estar, deixei-me levar pelo espírito que tão bem nos caracteriza, fiz força para não pensar que estava quase a acabar quando ainda nem sequer tinha começado e desejei, baixinho, que estas pessoas - as que pude abraçar e as que abracei em pensamento - nunca me faltassem ao longo da vida. Porque sei que, assim, serei sempre feliz. 

Obrigado a todos os que, com abraços, beijos, palavras, mensagens e emails, fizeram com que me sentisse tão próxima e preenchida neste dia, e com que o meu primeiro aniversário fora de casa fosse tão especial. 

PS: A segunda melhor prenda foi a Constança, que depois de tanto eu dizer que nasceria no mesmo dia em que eu nasci, quis realmente que assim fosse. Parabéns Sofia e Diogo!

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