quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A primeira vez.

Sim há uma primeira vez para tudo. Como também há solução para tudo. Aqui a solução foi a declaração amigável. Pela primeira vez bati no/com o Quovadis. A dor foi muito maior, não porque bati no Sr. R., natural dos Açores e não da Ucrânia como previ, mas sim porque estraguei o "meu" Quovadis. Toda a gente sabe da estima que tenho por ele, que tem estado nos rankings anuais como o meu melhor amigo. E agora, pronto, sou oficialmente a pior condutora que ele teve até hoje. A verdade é que também tem feito das suas - o deposito da água do motor tem tidos úlceras atrás de úlceras, o relé também já teve melhores dias, as pastilhas são piores que as gorila e os cintos sofrem de uma pequena lesão na mola de suspensão. O diagnóstico não é favorável. Mas cá nos temos aguentado. Juntos já superámos um assalto mal feito, com uma espécie de buraco-ponto negro, uma pequena infiltração no tecto (porque não tirei a antena aquando a lavagem automática), perdas constantes de peças nas saídas de ar, um furo na Marginal e agora o nosso primeiro acidente. É certo que no outro dia já tinha dado um beijinho no carro da frente a caminho de Lisboa. Mas foi um beijinho ligeiro. Sem danos colaterais. Desta vez a coisa foi mais forte. Tivémos de vestir-nos a preceito e colocar o triângulo, como alerta. Mas até nisto o QV é parecido comigo, não se deixou afectar. Depressa limpou as lágrimas e os restos do Astra que nele ficaram. Não se lamentou e hoje já se fez à estrada, muito independente com os seus dois lugares apenas.
Talvez seja este o mundo dos crescidos. Seguros, carros, policia e consciência. A primeira vez foi assim. Desculpa Quovadis.

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