sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
"Mas porque é que tens má circulação?"
Ora aí está uma pergunta que eu também gostaria de ver respondida...
Fui a França!! Sim, ver o mano, conhecer os novos lugares dele, ver o anel de noivado que ele deu à minha futura cunhada, ver lojas novas e fazer compras nos últimos saldos, conhecer a Disney!!!
Foi lindo, cansativo mas lindo. Foi bom voltar a ver o meu irmão, o seu sorriso na cara de marato (não tanto ouvi-lo a falar francês, mete-me cá uma certa espécie...:p), rever os novos membros da família, foi bom passear naquelas estradas com paisagens que mais faziam lembrar as encostas alentejanas. E foi lindo ver a Disney com eles, entrar por ali adentro como uma criança, olhar para tudo completamente maravilhada. Já não foi tão bom o frio que rapei por lá. É justo dizer que conheci o Frio, um senhor nada bem humorado, que ora nos salpicava com água fria ou nos soprava gelidamente com toda a força.
Mas foi lindo lindo. Voltava a enfrentar o Frio, as viagens de avião (não consigo gostar de voar) e mais o que fosse para poder ir.
Depois tive o magnífico Encontro Anual da Siemens. Trabalhar até às 2 da manhã num Casino foi a loucura. Tudo acabou por ser a loucura. Nomeadamente o calçado escolhido... Quem, mas quem Inês Filipa te disse que ir de sapatos altos era boa ideia? "Parece uma princesa." Agradeci o elogio e os outros que acabaram por vir e foi a única consolação para o dia seguinte, em que parecia uma pata a andar...
E pronto, não percam o próximo episódio. :)
Finalmente.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
A Nês fez anos
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Sol com cheiro a morangos
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Dia dos amantes
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
O Z.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Tonta.
Preciso de lutar por aquilo que vale a pena. Por mim. Para mim. No outro dia dei comigo a pensar, de nariz encostado ao vidro do 727, que há muito deixei de pensar no objectivo que me faz acordar todos os dias de manhã e querer aproveitar todos os minutos com sede de experimentar, observar, aprender e saborear, como acontecia num antes que agora não sei precisar. Preciso questionar o significado desta vida adulta, no OJE, e da profissão de jornalista. Às tantas pergunto: onde estou? para onde vou? e, sobretudo, para quê?
Afinal, o que estou eu a dar de mim naquilo que faço todos os dias? Nada, concluo. E as razões fazem fila, lideradas pela motivação. A mais fácil de ir resgatar ao molho. Falta-me paixão. Aquela que nos faz mover nos mais duros trilhos e encruzilhadas. É a maior força de um profissional, julgo. A paixão. É essa a mais-valia.
Já pensei que estou na área errada. Que não fui feita para o jornalismo. Ou que o jornalismo não foi feito para mim. Já pensei que sou má jornalista. E que nem sequer sou uma peça importante no jogo. Deve ser isto a que chamam desilusão. Custa-me sempre dizer esta palavra, porque a verdade é que não sou pessoa de criar grandes expectativas. Até levei bastante a sério o que disse o professor Nelson Traquina na primeira aula de Teoria da Notícias: "o jornalismo não é o que vocês pensam. Não é cor-de-rosa. Esqueçam esse romantismo", ou algo deste género. Foi a esta ideia que me agarrei. Mas parece que não bastou. Ou então, iludi-me a mim mesma. Falta-me encontrar o tal significado. A ignição está algures aí. Eu sei. Sinto que não pode ser apenas isto. Há algo mais. Tem de haver.
Em tom de desabafo, fazia eu hoje este mesmo discurso à pessoa que mais me tem inspirado na profissão, e de repente percebi. Estava a fazer tudo mal. Procurava no sítio errado. Entrei numa cegueira tal que me impediu de ver o óbvio e me fez esquecer o que já nascemos a aprender.
A busca é interior. Tem de partir de dentro. De mim. Para mim. Como pude arquivar este trunfo que é tão valioso e instintivo ao mesmo tempo? Agora que me lembro, aconselhei vários amigos e amigas a fazer sempre isto, a seguir sempre esta via: a interior. Como no budismo. Tudo o que queremos alcançar, está dentro de nós - nós somos a chave, o caminho e a solução.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
... e o meu MP3 sussurrava:
I've crossed the deserts for miles, swam water for time
Searching places to find
A piece of something to call mine
(I'm comin', I'm comin')
A piece of something to call mine
(I'm comin', comin' closer to you)
Ran along many moors, walked through many doors
The place where I wanna be
Is the place I can call mine
(I'm comin', I'm comin')
Is the place I can call mine
(I'm comin', comin' closer to you)
I'm movin', I'm comin'
Can you hear what I hear?
It's calling you my dear, out of reach
(Take me to the beach)
I can hear it calling you
I'm comin', not drowning, swimming closer to you
Never been here before
I'm intrigued, I'm unsure
I'm searching for more
I've got something that's all mine
I've got something that's all mine
Take me somewhere I can breathe, I've got so much to see
This is where I wanna be
In a place I can call mine
In a place I can call mine
I'm movin', I'm comin'
Can you hear what I hear?
It's calling you my dear, out of reach
(Take me to the beach)
I can hear it calling you
'm comin', not drowning, swimming closer to you
Movin', comin', can you hear what I hear?
(Hear it out of reach)
I hear it calling you
Swimming closer to you
Many faces I have seen
Many places I have been
Walked deserts, swam shores (coming closer to you)
Many faces I have known
Many ways in which I've grown
Moving closer on my own (coming closer to you)
All Saints - Pure Shores
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Este blog
Hoje o meu rádio tocava...
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem
Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer
Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena
(Rui Veloso)