Poderia até ser um título de um romance, escrito a quatro mãos. Escrito ao primeiro raio de Sol da Primavera, enquanto caíam os chuviscos de um Inverno mal acabado. Podia ser uma promessa de amor, escrita entre linhas e dita sobre olhares indiscretos. Quero que sábado seja já amanhã, ou mesmo quando o relógio passar de hora. Quero-te já, neste sábado e no próximo, pedi eu em segredo, enquanto lia nos teus olhos um desejo tão diferente do meu. Quero que sábado chegue depressa, tão depressa como passaram estes anos todos. Quero aquele sábado, em que damos as mãos, em que paramos para saborear gomas e gelados e adormecemos no sofá. Quero sábado e depois. Na manhã de domingo entre uma noite mal dormida e um pequeno-almoço de rei. Porque temos muitos sábados. Juraste sem saber. E eu prometi contigo que, entre nós os dois, iriam sempre haver sábados. Para que possamos rir em segredo, contar histórias sem final e matar saudades dos sábados de antes. Em que chegava de fim-de-semana à espera de te ver da varanda, cabisbaixo, envergonhado por tanta por paixão. Temos muitos sábados. Eu sei. E estou cansada de te encontrar ao sábado, tu sabes. Mas enquanto houverem sábados, não deixarei de acreditar que vai haver um sábado em que pedirás para ficar a semana inteira ou, pelo menos, até ao próximo.
segunda-feira, 29 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
De quê?
Pedes-me um tempo,
Pedes o mundo
[Desculpa a cópia L.]
quinta-feira, 18 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
5000 visitas.
segunda-feira, 8 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
O aniversário da Nês.
Os amigos continuam os mesmos. Os bolos da mãe da Nês também. Aqueles momentos junto à lareira, rodeada de tantas caras conhecidas que vi crescer, são deliciosos. Este ano até houve jantar em família, com os meus, os dela, as amigas e os maridos. E a festa continuou noite dentro. Entre risos, segredos, olhares indiscretos e muita magia. É isso. O aniversário da Nês é mágico. E cada ano é mais um bocadinho.
Porque crescemos juntas. Este ano percebi isso bem. Porque já não partilhámos o tal cobertor eléctrico do costume. Porque o pai da Nês já tem o bigode branco. E porque o meu já gosta de futebol. Porque a L. veio com o C. Porque a N. já tem uma princesa pequenina. Porque o A. está gordo. Porque a P. mudou de namorado. Porque o T. voltou a ligar. Porque a mãe da Nês não fez bolo de crunch. Porque a tia da Nês já não disse asneiras. Porque a prima pequenina passou a noite a trocar sms. Porque dormi na cama do T. Porque a A. não foi. Porque não saímos até de manhã. Porque a minha irmã tinha de ir embora mais cedo. Porque já não havia música no barracão. Porque não houve baba de camelo. Porque a fanta de laranja não se bebeu até ao fim. Porque adormeci no sofá e deixei toda a gente ir embora...Crescemos tanto.
E eu quero continuar a crescer com a Nês e com as amigas. Assim entre um prato de migas e uma fatia de bolo ministro.
Vou voltar a marcar este dia no meu calendário. Mesmo que já seja crescida. E que tenha percebido este ano que o mundo dos crescidos tem pessoas muito más.
Mas depois de dois dias cheia de gente boa, para quê querer mais?