segunda-feira, 29 de março de 2010

Temos muitos sábados.

Poderia até ser um título de um romance, escrito a quatro mãos. Escrito ao primeiro raio de Sol da Primavera, enquanto caíam os chuviscos de um Inverno mal acabado. Podia ser uma promessa de amor, escrita entre linhas e dita sobre olhares indiscretos. Quero que sábado seja já amanhã, ou mesmo quando o relógio passar de hora. Quero-te já, neste sábado e no próximo, pedi eu em segredo, enquanto lia nos teus olhos um desejo tão diferente do meu. Quero que sábado chegue depressa, tão depressa como passaram estes anos todos. Quero aquele sábado, em que damos as mãos, em que paramos para saborear gomas e gelados e adormecemos no sofá. Quero sábado e depois. Na manhã de domingo entre uma noite mal dormida e um pequeno-almoço de rei. Porque temos muitos sábados. Juraste sem saber. E eu prometi contigo que, entre nós os dois, iriam sempre haver sábados. Para que possamos rir em segredo, contar histórias sem final e matar saudades dos sábados de antes. Em que chegava de fim-de-semana à espera de te ver da varanda, cabisbaixo, envergonhado por tanta por paixão. Temos muitos sábados. Eu sei. E estou cansada de te encontrar ao sábado, tu sabes. Mas enquanto houverem sábados, não deixarei de acreditar que vai haver um sábado em que pedirás para ficar a semana inteira ou, pelo menos, até ao próximo.

1 comentário:

Diogo Gabriel disse...

Gomas saborosas? Só podem ser compradas num sítio, por isso vê lá se fazes uma visita já que estás aqui tão perto. Beijinhos