quinta-feira, 27 de março de 2008
Quando se quer dizer "nada"
terça-feira, 25 de março de 2008
Um outro som.
segunda-feira, 17 de março de 2008
Egoísta.
Sem querer lanço os pensamentos pela janela e sem dar por isso recosto-me no teu colo. Penso vezes sem conta se é o mais certo Se estou a desenhar com o lápis adequado ou até se o desenho ficará bem pendurado na minha parede. Penso nas cores que quero. E os tons pastel parecem-me os melhores. Nem sim, nem não. Pastel. Há muito que deixei as cores choque. Prefiro as cores egoístas, que não ficam bem nem mal. Que, sem querer, transformam o agitado em calmaria.
Os pensamentos continuam no teu colo. Nem me atrevo a sussurar-te o que penso. Guardo, sem memória, os pensamentos. Os meus. Não quero partilhar contigo o que não sei. Não quero construir contigo o que não tenho. Um desabafo, como tantos outros.
Penso a medo e com o rótulo de egoísta a travar-me os sonhos. Custa-me acreditar que a vida me trocou as voltas, sem pedir licença. E que me rouba o sorriso sem pedir, "por favor".
De tempos a tempos, reinvento-me. Ora fico triste, ora rio à gargalhada, ora me escondo, ora te dou a mão. Ainda não encontrei o sítio e a maneira certos. Não sei se me sento ao teu lado, ou em frente. Não sei vou sózinha ou se te convido. Não sei se telefono, ou mando uma mensagem. Não sei se apago a mensagem ou se guardo paracomo lida. Aprendi a não guardar recordações. Com facilidade se deita fora uma paixão. Aprendi. "Não vale deitar no ecoponto", pensava eu na brincadeira. Não sei se escolho o vestido ou as calças de ganga que me dão o tal ar selvagem. Nem se ponho o risco preto nos olhos ou não. Olho me ao espelho e é cada vez mais dificil perceber se gosto ou não.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Quando o sol brilha!
Depois de uma semana repleta de contra tempos, fazia-me falta um momento só para mim. Deixei que a água quente do duche me lavasse a memória destes últimos dias. Tomei o pequeno almoço com o sol a entrar por entre as brechas da janela. E pensei "adoro a minha casa".
Que egoísta! Penso mais uma vez se fiz a escolha certa, se a racha na parede não vai abrir mais, se o elevador vai ser arranjado em breve, se o silicone não vai saltar. Sei lá. É a minha casa. Com as minhas cores e as minhas texturas.
Enquanto esperava pela assistência técnica da Balay, que em dois tempos pos o forno a funcionar, aproveitei para espreguiçar o corpo. E limpar o pó com cheiro ainda a novo. Lá fora sussurava o ruído do comboio. Já me habituei. E nas escadas do prédio descia a vizinha que sai de casa religiosamenteàs 8h1O.
Quando já reclamava o atraso da assistência, o sr. chegou.
Ontem perdi o saco das compras. "Deus nosso Senhor castiga", dizia a minha mãe. Fiquei tão trsite e com tantos remorsos. Não devia ter comprado. Eu sabia. Eu e L. corremos tudo. E nada. As pessoas são, de facto, más, pensei. Nos perdidos e achados, nem sinal.
"Area Store, bom dia", diziam do outro lado da linha hoje pela manhã. "Sim, está com sorte, está aqui!".
Parece que a semana começa a recompor-se. Forno arranjado. Saco encontrado.
E um sol imenso a entrar-me pela janela e pelo sorriso adentro.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Longe daqui. Contigo.
A mente é a única que consegue libertar-se do mofo que empesta as tarefas do dia-a-dia e sai sorrateiramente para longe. Um voo alto e certeiro, em busca de portas (mais) abertas e arejadas.
Hoje apetecia-me ir buscar-te de carro e, de vidros abertos, seguir para o Algarve. Sim, o Algarve. Acho que hoje está um dia de Algarve. Absolutamente. Metíamo-nos na A2 a só parávamos se a fome apertasse. Depois, a casa de Vilamoura receber-nos-ia de varanda aberta.
Imagino uma toalha de praia torrada pelo sol, uma mesa de esplanada rodeada de cadeiras com almofadas e um grande chapéu-de-sol. À frente, um prato de caracóis e as bebidas geladinhas. Veríamos o mar de longe, que ainda está frio para mergulhos, e sonharíamos em silêncio os nossos novos desejos. Os medos, esses, por ora não existem. Tanto melhor.
Seriamos um dois-em-um, como tanto gostamos. Perderíamos a noção do tempo (do nosso tempo), daríamos as mãos - quentes - e, de óculos-de-sol na cara, eternizávamos o pôr-do-sol à nossa maneira.
Ali juraríamos que a história não se haverá de repetir. Pelo menos não como antigamente. E, de olhos postos um no outro, sorriríamos por saber que assim será. Se nós quisermos (muito).
terça-feira, 11 de março de 2008
Fiz anos... Fiz anos e dei uma festa, como sempre... E, como todos os anos, quis juntar amigos e família.
E poucas vezes esta festa fez tanto sentido.
Almoços de família, estarmos juntos todos os fds, partilhar coisas da vida, vivências, experiências, rir e aproveitar o mais possível juntos... Isto é "pão nosso de cada dia" na minha família. Almoços e jantares das amigas, saídas para abanar o corpo, possibilidade de estar com elas quase todos os dias. Juntar-me com o pessoal. Rir e esparvalhar, ter momentos (mais) sérios.
Agora vejo me tão pouco nestes momentos. Os fds são sempre a correr e passam sempre a correr. Estar com os amigos tornou-se um luxo que eu achava adquirido, mas que já se mostrou bem escorregadio. As oportunidades são poucas e escapam-se das mãos se não tiver o pulso firme.
E eis que chega a oportunidade. O Marco enfrentou cmigo a viagem de duas horas, os meus pais prepararam as coisas como lhes pedi, embora a mãe se tenha excedido, como quase sempre.
A família foi chegando primeiro, as amigas chegaram pouco depois. Os amigos vieram a seguir. Não estavam todos é certo, senti a falta de pessoas mto importantes, mas soube bem. Conseguir reunir tanta gente cmigo nos dias que correm não é tarefa fácil. E talvez por isso, esta festa tenha tido um sabor especial. Tive (quase) todos aqueles de quem mais gosto cmigo. Pensei nos que não estavam e achei cm seria bom estarem. Mas logo alguém me arranca um sorriso. O dia era de festa.
As prendas (lindas) foram pa mim aplicadas na casa.
"Vida de grande", digo eu vezes sem conta, "é o que temos agora". Adoro receber o meu dinheiro, ter a minha casa (alugada mas vale na mesma), ser (um bocadinho) dona do meu nariz e, quem sabe, "assentar" na vida. Mas lamento a distância, a falta de diálogo e de confidências que ela gera, os fds pequenos demais para alguma coisa coisa, quanto mais para tudo.
E por isso, esta festa de 24 aninhos teve um sabor especial. Porque vos tive, de uma forma ou de outra.
Não separe o homem o que Deus uniu.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Ele há coisas que me enervam...
E também já ia apanhando uns quantos ataques à conta dos outros, os desembestados.
Pronto, apeteceu-me partilhar convosco que ele há coisas que em enervam...