quinta-feira, 13 de março de 2008

Quando o sol brilha!


Acordei com o sol a bater-me na cara...soube bem este despertar. Pensei duas vezes "será que adomeci?" a hora estava certa. Tinha sonhado com alguma coisa importante. Não me recordava com seriedade, mas acordei bem disposta.

Depois de uma semana repleta de contra tempos, fazia-me falta um momento só para mim. Deixei que a água quente do duche me lavasse a memória destes últimos dias. Tomei o pequeno almoço com o sol a entrar por entre as brechas da janela. E pensei "adoro a minha casa".

Que egoísta! Penso mais uma vez se fiz a escolha certa, se a racha na parede não vai abrir mais, se o elevador vai ser arranjado em breve, se o silicone não vai saltar. Sei lá. É a minha casa. Com as minhas cores e as minhas texturas.

Enquanto esperava pela assistência técnica da Balay, que em dois tempos pos o forno a funcionar, aproveitei para espreguiçar o corpo. E limpar o pó com cheiro ainda a novo. Lá fora sussurava o ruído do comboio. Já me habituei. E nas escadas do prédio descia a vizinha que sai de casa religiosamenteàs 8h1O.

Quando já reclamava o atraso da assistência, o sr. chegou.
(...)

Ontem perdi o saco das compras. "Deus nosso Senhor castiga", dizia a minha mãe. Fiquei tão trsite e com tantos remorsos. Não devia ter comprado. Eu sabia. Eu e L. corremos tudo. E nada. As pessoas são, de facto, más, pensei. Nos perdidos e achados, nem sinal.

"Area Store, bom dia", diziam do outro lado da linha hoje pela manhã. "Sim, está com sorte, está aqui!".

Parece que a semana começa a recompor-se. Forno arranjado. Saco encontrado.

E um sol imenso a entrar-me pela janela e pelo sorriso adentro.

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